Caravana com 500 imigrantes se aproxima da fronteira

Cerca de 500 homens, mulheres e crianças embarcaram em um trem de carga em Tultitlan, no México, e seguiram para o norte do país. O grupo, todos membros do “Viacrucis Migrante 2018”, é oriundo de países da América Central e tem como objetivo atravessar a fronteira para os Estados Unidos.

Os imigrantes indocumentados ficaram detidos em Tultitlan, por um dia, antes de partirem no trem que transportava lixo reciclável, vidro e metal.

Os membros gritavam "Viva Mexico!" enquanto trem se afastava da região. O grupo foi levado a La Concepción, onde passaram a noite, antes de seguir por mais dois quilômetros para embarcar em outro trem, no sábado, dia 14.

O diretor dos Pueblos Sin Fronteras, Irineo Mujica, disse que a fronteira entre México e Estados Unidos é o destino dos viajantes, que buscam asilo no governo Trump. "Os migrantes pedem para exercer seu direito de asilo nos EUA", explicou Mujica, acrescentando que "não querem ônibus do governo (mexicano), apenas para permitir trânsito livre".

Mujica afirmou ainda que os imigrantes indocumentados estão fugindo da violência e da extrema pobreza em seus países e que o México "sofre muita pressão dos Estados Unidos para deter este grupo de imigrantes... mas todos têm o propósito de chegar à fronteira".

A Caravana, inicialmente, tinha entre 1.500 a 2.000 membros, a maioria com documentos do Ministério do Interior que autorizavam uma estada de 30 dias no México, segundo Mujica. Ela iniciou em Tapachula, cidade na fronteira entre o México e a Guatemala, no dia 25 de março.

Dias depois, o presidente dos EUA, Donald Trump, comentou que “esses grandes fluxos de pessoas” em direção à fronteira dos EUA deveriam ser interrompidos.

A maioria dos viajantes optou por ficar nas regiões do México, Puebla e Toluca.

Após saber da existência desta caravana, Trump determinou que membros da Guarda Nacional fossem deslocados à fronteira para impedir o avanço de imigrantes e tráfico de drogas.

A caravana segue e nos próximos dias chegará à fronteira com intuito de atravessá-la. Ativistas e organizações dosa direitos humanos espera que não haja confronto físico.

Fonte: Redação - Brazilian Times