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Publicado em 18/04/2018 as 2:00pm

Polícia estadual de Massachusetts desmente cabeleireiro brasileiro sobre “ação do ICE”

A Tenente Fletcher e o oficial Butler, que atuou na ocorrência afirmaram que Batista não foi preso e nem a imigração foi envolvida no caso.

Polícia estadual de Massachusetts desmente cabeleireiro brasileiro sobre “ação do ICE” A Tenente Fletcher seguida pela Mediadora Judicial, Sue O'brien, o repórter Thathyanno Dessa, do Brazilian Globe, e o oficial Butler.

Há algumas semanas a “lives” publicadas pelo cabelereiro Batista GC Ecrasante no Facebook deixou de dar dicas para cuidar dos cabelos para se tornar “supostos alertas” de que a polícia estaria parando imigrantes e entregando-os para o Immigration and Custom Enforcement (ICE). Em duas destas publicações, ele filmou um carro da policial estadual de Massachusetts e disse que “provavelmente o policial estaria chamando a imigração”.

Batista ainda destacou que poderia estar sendo alvo de perseguição e que fez a “live” para mostrar que a polícia está parando e chamando o ICE. “Eu acho que vocês deveriam ter mais cuidado ao sair de casa”, alerta.

A publicação gerou uma grande polêmica, pois foi a segunda publicação feita por ele afirmando que foi parado pela polícia e entregue ao ICE. Após a publicação onde registrou a viatura policial, ele publicou outro vídeo e disse que tem alguém na comunidade o perseguindo. “A intérprete me disse que a polícia me parou porque recebeu cinco denúncias feita por uma pessoa de que eu estava dirigindo sem carteira”, disse ele.

Diante de tanta polêmica, Sue O'Brien, a mediadora judicial OBTS inc., auxiliou o Brazilian Globe de Thathyianno Dessa a averiguar fatos sobre o envolvimento da polícia estadual, ICE e seus procedimentos. Para isso, organizaram uma reunião com a Tenente Fletcher, chefe de polícia estadual na área de Medford, e o oficial Butler, da Polícia Estadual para esclarecer algumas dúvidas da comunidade e falar sobre o que aconteceu com Batista.

A Tenente desmentiu a publicação de que Batista foi preso e ainda afirmou que ele apenas recebeu uma notificação por infração de trânsito. Sobre ele ter dito que era vítima de perseguição, a oficial deixou claro que um policial não atua desta forma. “Nós paramos veículos apenas se ele tiver a descrição de algum suspeito que estamos procurando, ou se a placa estiver na nossa lista de busca”, disse.

O policial Butler, que estava na reunião e fala português, foi quem fez a abordagem de Batista e garantiu que não houve prisão. De acordo com ele, apenas o carro foi guinchado.

Fletcher afirmou, ainda, que se a pessoa parada tiver apenas um mandado de prisão do ICE, mas não cometer violações sob as leis do estado, ela não é presa. Entre estas violações estão o não pagamento de multas emitidas por um tribunal e dirigir sem uma carteira de motorista do estado. Diante disso o oficial tem a obrigação de comunicar a imigração.

Outro ponto é que se o imigrante for preso por dirigir sem carteira, ele é levado a um departamento de polícia local mais próximo. A partir daí é que inicia-se o processo e, em caso de necessidade, o ICE é comunicado.

A Tenente desafiou, ainda, que alguém apresentasse um relatório que mostrasse que imigrantes foram entregues ao ICE após uma parada feita pela polícia estadual apenas por violação de trânsito ou ter somente a carta de deportação.

Ela explicou que a grande maioria das prisões feitas pelo ICE em Massachusetts não partiu da Polícia Estadual. O que pode acontecer, segundo a oficial, é que o imigrante vai ao tribunal responder pela infração de trânsito e a Corte faz a denúncia para o ICE pelo fato dele ter uma carta de deportação. “Mas Polícia Estadual não faz isso”, garantiu.

Entre as muitas questões levantadas foi sobre a prisão do radialista brasileiros preso em Stoughton (MA), que foi parado pela polícia local e entregue direto para o ICE. Para explicar, a Tenente disse que existe a possibilidade de que o departamento de imigração estava atrás dele e pediu ajuda ao departamento de polícia da cidade. “Mas a polícia não entregue um imigrante sem um motivo”, disse.

A Tenente acrescentou que para que um policial efetue uma prisão e entregue o imigrante ao ICE, é preciso passar por vários processos e isso leva tempo. Não é tão rápido como foi mostrado no vídeo publicado por batista que resolveu tudo em menos de um dia.

O radialista Leandrinho Alves levantou a questão sobre a Carteira Internacional e imediatamente a Tenente disse que a polícia do estado não a aceita. Mas ela afirmou que a carteira de motorista brasileira, devidamente emitida pelo Governo do Brasil, é válida por um ano a contar da data de entrada da pessoa em Massachusetts.

A Tenente finaliza a reunião afirmando que aceitou o convite porque quer que a comunidade brasileira confie na polícia do estado e não tenha medo de procurar ajuda. “Nós juramos proteger a comunidade, independente de uma ordem de deportação ou não”, disse.

Imagem do vídeo onde Batista se defende das acusações.

DEFESA

Após a publicação desta reunião ser publicada nas redes sociais, Batista fez mais um afirmando que as informações da polícia não são verdadeiras. No início do vídeo, ele disse que usaram o nome dele apenas para se promover e ganhar “views” nas redes sociais. “Eles escondem que entregam para o ICE para que a comunidade não se assuste e a polícia continue agindo”, afirmou.

Batista tem passagem comprada para sair do país marcada para 1 de maio e, de acordo com ele, foi isso que o liberou das mãos da imigração. O cabeleireiro ainda afirmou que o ICE o liberou sem entregar nenhum papel e disse-lhe “que não tinha problemas ele”.

Internauta diz que Batista merecia apanhar.

 

Fonte: Redação - Brazilian Times

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