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Publicado em 20/04/2018 as 3:00pm

Entrevista com Frilei Brás

Radialista brasileiro ainda continua sob custódia do ICE.

Entrevista com Frilei Brás Frilei apresenta evento para milhares de pessoas.

A notícia sobre a prisão do radialista Frilei Brás pelo Immigration and Customs Enforcement (ICE) provocou comoção na comunidade, pois ele era um dos profissionais mais conhecidos e queridos em Massachusetts. Por causa disto, muita gente quis saber quem é Frilei e nesta entrevista ele conta da sua vida, dos seus ideais e da sua profissão.

Quem é Frilei Brás

Sou um homem tranquilo e temente a Deus, sonhador, visionário, empreendedor, filho, esposo e pai. Um homem que não mede esforços para ajudar quem precisa. Sou exigente, determinado e sensato, pois penso muito antes de tomar qualquer decisão, seja ela importante ou não, pois cada ato não afeta somente minha vida, mas a de outras pessoas, por isso busco agir com sabedoria.

Quando você começou sua carreira no rádio?

A minha história no rádio começou em agosto de 2000, em Central de Minas, Minas Gerais, minha cidade natal de forma casual. Sempre tive o desejo de ser um radialista e tudo foi providencial. Meu pai é pedreiro e me levava junto para ajudá-lo, embora não gostasse muito (risos). Em julho de 2000, inaugurou a Rádio Alternativa FM, uma emissora de rádio comunitária e meus amigos começaram trabalhar lá como voluntários e surgiu a possibilidade de fazer um teste. O Edimar Vicente que é meu amigo até hoje e presidente da rádio, me deu uma oportunidade e então tive a certeza de que era aquilo que eu queria ser e fazer. Da turma de mais de 20 amigos, fui o único que continuou exercendo a profissão até os dias de hoje.

O que o rádio significa para você?

Significa tudo para mim e é mais do que uma simples profissão. O rádio me levou a lugares que jamais imaginei chegar. O rádio me abriu e continua abrindo portas que provavelmente jamais seriam abertas. Através do rádio posso levar alegria, informação, notícias, entretenimento para gente que não conheço mas que são meus amigos. Quando estou no ‘ar’, sou a companhia de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro. Sou a companhia de pessoas que muitas vezes estão solitárias e tenho a oportunidade de ir junto com o rico e o pobre, o empregado e o desempregado, o patrão e o chefe, o doente, o presidiário, o policial, o dependente químico, o padre e o pastor, a dona de casa e a prostituta, enfim tantas pessoas que sequer consigo imaginar quem são. Ser radialista para mim é mais do que uma profissão. É uma missão.

Como repórter esportivo, Frilei entrevista jogador do Botafogo.

Além de ser um radialista de sucesso, você apresenta shows e eventos. Fale sobre isto.

Para chegar até aqui foi preciso muito trabalho e persistência. Comecei a trabalhar como apresentador em 2002 em Central de Minas a convite do meu amigo Veriato Junior, já falecido, apresentando um evento escolar. Nos Estados Unidos comecei a apresentar shows e eventos tão logo cheguei em 2005, em uma tradicional casa de shows em Massachusetts com o evento ‘Trem Bão’. Logo depois apresentei um evento de pessoas da minha cidade. Em 2007, conheci a empresária Rita Mondardo, proprietária da Floripa Produções, que me deu a oportunidade de apresentar o primeiro grande evento na América, que foi a turnê da banda ‘Jota Quest’. A partir daí não parei mais e foram mais de 100 grandes eventos com artistas brasileiros. Tornei-me o apresentador oficial da maior produtora de shows e eventos brasileiros nos Estados Unidos e isto é muito gratificante, pois mostra que a minha persistência e determinação me permitiram chegar até onde cheguei.

Notadamente você é um homem religioso. Como isto te ajuda no dia a dia?

Em tudo o que eu faço, busco enfatizar o caráter, pois este não se compra e a religião é algo muito forte na minha vida. Sou de família católica e busco viver o máximo a minha fé católica. Sem a fé em Cristo eu não conseguiria absolutamente nada na minha vida. Gosto muito de me comunicar, estudar e ensinar e em 2012 tive a confirmação da vocação muito forte para o ministério de pregação e desde então por onde tenho andado nos Estados Unidos, prego o Evangelho e ensino a fé católica. Apresentei por cinco anos o programa ‘Cidadão do Infinito’ na WSRO 650 AM, que é a maior emissora brasileira no exterior e este período ajudou muito na minha formação. Em 2016, fundei o Canal Católico no Facebook, que hoje conta com mais de 50 mil seguidores que recebem mensagens todos os dias e são evangelizadas através da internet.

Frilei é um dos mais cotados apresentadores de eventos brasileiros em Massachusetts.

Você gosta muito de futebol e fundou um time. Como é isto?

O futebol está no meu sangue e depois da minha religião, da minha família é a minha paixão. Junto com meu querido amigo Faghyner Ribeiro decidimos tirar do papel um projeto ambicioso chamado Juve-Pro Soccer, que é um time semi-profissional que atualmente disputa o equivalente à quarta divisão nos Estados Unidos na United Premier Soccer League (UPSL) e também joga a Open Cup, que é uma competição que envolve todas as divisões dos Estados Unidos. Estamos muito felizes pois estamos realizando um sonho infantil.

Que prêmios você ganhou pelo seu trabalho no rádio?

No meu trabalho na WSRO 650 AM faço um acompanhamento com os locutores que chegam. É muito mais que um curso e um processo de formação do profissional. Fico a disposição de todos os locutores diariamente para ajuda-los nas suas necessidades de aprimoramento profissional. Isto me dá visibilidade e graças a Deus, tive a oportunidade de receber alguns prêmios e reconhecimentos. Na WSRO 650 AM fui eleito o melhor locutor do ano e também o melhor programa e o programa destaque do ano, nas três edições do ‘Prêmio Rede Abr de Comunicação, Negócios e Comunidade’, o mais concorrido na área de comunicação. Em 2013, tive a honra de ser agraciado com o Press Awards de melhor locutor pelo Focus Brasil, entre radialistas brasileiros de todo o país.

O que diferencia o seu trabalho de outros radialistas?

Cada um tem o seu jeito de ser e eu sou o que sou, não sou um personagem e não existe falsidade no que faço. Muito pelo contrário, existe entrega, profissionalismo e dedicação. Exerço a humidade, carisma, caráter, fé, autenticidade e ética no que faço sem jamais perder a esperança, mesmo que aos olhos dos homens as coisas estejam perdidas, tenho que ir até o fim, sem medo, pois o fim pode ser o começo e este é o meu diferencial. Vai muito mais além de ser uma simples profissão ou mais que um profissional. Para mim, é uma missão que tenho que cumprir.

Fonte: Frilei Brás/Jehozadak Pereira | Fotos: Paulo Lopes Photography

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