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Publicado em 14/05/2018 as 2:00pm

Como um imigrante muçulmano comandou equipe do FBI que caçou terroristas da Al-Qaed

Para os telespectadores da nova série norte-americana "The Looming Tower", ele é o agente do...

Como um imigrante muçulmano comandou equipe do FBI que caçou terroristas da Al-Qaed Ali Soufan, imigrante libanes e ex-agente do FBI, com uma arma que recebeu de presente.

Para os telespectadores da nova série norte-americana "The Looming Tower", ele é o agente do FBI que persegue a Al-Qaeda. Na vida real, Ali Soufan é, assim como tantos outros, um imigrante muçulmano que fugiu da guerra para alcançar seu sonho americano.

Nascido no Líbano, filho da brutal guerra civil desse país do Oriente Médio entre 1975 e 1990, emigrou para os Estados Unidos quando era adolescente, foi presidente de grêmio estudantil na universidade e sonhava com fazer um doutorado em Cambridge, na Inglaterra.

No meio do caminho, porém, candidatou-se a um emprego no FBI como um desafio e foi o único de seus amigos selecionados.

O único fluente em árabe do Grupo Especial Antiterrorismo do FBI em Nova York foi lançado à frente da caçada da Al-Qaeda após os bombardeios das embaixadas americanas na África Oriental, em 1998, e o bombardeio do "USS Cole" no Iêmen, em 2000.

Viajou pelo mundo investigando e interrogando suspeitos, mas a Inteligência americana não conseguiu impedir os ataques do 11 de Setembro de 2001, no qual quase 3.000 pessoas morreram nos Estados Unidos, entre eles o ex-chefe de Soufan.
A amarga rivalidade entre a CIA e o FBI (a polícia federal americana), que inadvertidamente abriu caminho para o 11 de Setembro, é dissecada em "The Looming Tower", disponível no Brasil na plataforma Amazon Prime, adaptada do livro "O Vulto das Torres", de Lawrence Wright, ganhador do Pulitzer e um sucesso de vendas.

Sobre os atentados de 2001, que viu pela televisão quando estava no Iêmen, Soufan comenta que "foram provavelmente o momento mais devastador da minha vida". Depois, entregaram-lhe um envelope com informação de Inteligência que vinha pedindo desde novembro de 2000. Dados que ele acredita que teriam podido, talvez, impedir os ataques.

"Não sei se irritado é a palavra. Destroçado. Não sei o sentimento. Não conheço o termo para descrevê-lo, até hoje", diz à AFP em uma recente entrevista em seu escritório em Nova York, onde uma enorme bandeira americana está pendurada na parede.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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