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Publicado em 15/08/2018 as 8:34am

Reservista brasileiro é reintegrado às Forças Armadas dos EUA

Numa Audiência no tribunal, na segunda-feira (13), os advogados do Departamento de Justiça (DOJ) disseram que as Forças Armadas decidiram cancelar a dispensa de Lucas e esperam finalizar o processo até quarta-feira (15)

Reservista brasileiro é reintegrado às Forças Armadas dos EUA Lucas Calixto alegou que o Departamento de Defesa não concedeu-lhe a oportunidade de se defender ou apelar quando foi desligado.

As Forças Armadas dos Estados Unidos voltaram atrás na decisão de dispensar um reservista imigrante que as acionou judicialmente depois que foi dispensado em julho, depois que ele se alistou na esperança de conquistar a cidadania americana. O brasileiro Lucas Calixto iniciou o processo contra as autoridades militares no final de junho, alegando que o Departamento de Defesa não concedeu a ele a oportunidade de se defender ou apelar quando foi desligado. As informações são do jornal Army Times.

Calixto, que mora na região metropolitana de Boston (Massachusetts) e que recentemente havia sido promovido a soldado de 2ª classe, é uma das dezenas de recrutas e reservistas imigrantes que os advogados dizem ter tido os contratos cancelados e foram dispensados sem mais explicações. Numa Audiência no tribunal, na segunda-feira (13), os advogados do Departamento de Justiça (DOJ) disseram que as Forças Armadas decidiram cancelar a dispensa de Lucas e esperam finalizar o processo até quarta-feira (15).

“Este é o primeiro passo importante no retorno do Sr. Calixto à unidade dele nas Forças Armadas, onde ele tem servido com honras por dois anos e permitir que ele complete o compromisso de servir por oito anos”, disse Douglas Baruch, advogado de Calixto, num comunicado na terça-feira (14).

Segundo o Brazilian Voice, o Pentágono e o Departamento de Justiça evitaram comentar a decisão, alegando a necessidade de proteger interesses de segurança nacional. A reintegração de Lucas ocorreu depois que o Departamento de Defesa vem tentando tornar mais rígido o processo de inscrição no processo de alistamento, através do qual os imigrantes juram arriscar a própria vida pela oportunidade de conseguir a cidadania americana. O programa “Military Accessions Vital to the National Interest” (MAVNI) foi cancelado.

“Não ha indivíduos tendo seus contratos cancelados ou dispensados das Forças Armadas devido ao status migratório”, disse a porta-voz do Pentágono, a Major da Força Aérea Carla Gleason. “Existem riscos internos significativos como espionagem, terrorismo e outras atividades criminosas ao longo do programa”.

Os advogados de defesa do Governo consideraram o programa de recrutamento de estrangeiros “um risco alto à segurança” citando como exemplo o caso de um recruta estrangeiro de 17 anos que não foi capaz de cumprir os requerimentos adicionais de segurança. Alguns recrutas falsificaram documentos e estavam conectados à agências estatais de segurança, segundo documentos apresentados no tribunal.

Os recrutas elegíveis devem estar legalmente nos EUA antes do alistamento como, por exemplo, a posse de um visto de estudante. Mais de 5 mil imigrantes se alistaram no programa em 2016 e calcula-se que 10 mil estejam servindo. Cerca de 110 mil membros das Forças Armadas conquistaram a cidadania dos EUA desde 11 de setembro de 2001, conforme o Departamento de Defesa. Entretanto, desde 2013, mais de 20 recrutas do MAVNI foram alvo de investigações criminais pelo Departamento de Defesa ou o FBI.

Carla não informou quantos recrutas foram acusados ou condenados de crimes e nem informou os números em contraste com os americanos natos. Até 1 de abril, 1.100 recrutas do MAVNI estavam aguardando o treinamento básico enquanto tinham os antecedentes vistoriados e ela detalhou, baseada em dados históricos, cerca de 1 terço desses recrutas não passaria e, portanto, seriam dispensados ou teriam os contratos cancelados.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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