Saúde da Mulher - O Impacto da Violência Doméstica na Saúde da Mulher - Como Podemos Ajudar.

Na coluna, Saúde da Mulher  passada, foi tratado o assunto sobre a importância do autoexame como prevenção do câncer de mama, porém no mês outubro, é também um momento de conscientização e combate a violência doméstica.  Um assunto bastante delicado que dificilmente se encontra no nosso vocabulário, pois a violência carrega uma carga pesada demais para admitirmos que ela existe.

De acordo com os dados da ONU Mulheres Brasil, 35% das mulheres no mundo, sofrem de violência por parte de seus companheiros ou por um estranho ao longo da vida.

Acreditando que, como mulheres, possuímos o direito de amar e de sermos amadas, além de sermos respeitadas de forma a desfrutamos uma vida plena e satisfatória.

Este mês também, pessoalmente é um mês muito significante, pois estou publicando o meu primeiro livro. O livro tem como título, Superando Um Passado Violento, descreve as experiências de violência doméstica vividas por quatro mulheres e como a superação foi possível na vida de cada uma delas. Através desses depoimentos, podemos perceber, como muitas mulheres se tornam presas de seus abusadores, que procuram dominar, controlar, suas vítimas.  

Mas o que é a violência doméstica?

Violência doméstica é qualquer ação ou omissão de natureza criminal, entre pessoas que residam no mesmo espaço doméstico ou, não residindo, sejam ex-cônjuges, ex-companheiro(a), ex-namorado(a), progenitor de descendente comum, ascendente ou descendente, e que inflija sofrimentos, tais como: físicos, sexuas, psicológicos e economicos.

Quais são alguns dos impactos na saúde da mulher que é vítima ou sobrevivente da violência doméstica?

Mulheres que sofrem violência física ou sexual por parte de seus parceiros estão sujeitas a: sofrerem aborto,  contrair o vírus do HIV, desenvolverem depressão duas vezes mais do que as demais mulheres, (OMS, 2013).

Quais são os principais motivos pelos os quais as vítimas de violência doméstica não denunciam os agressores?

Diversos são os motivos pelos os quais as vítimas não fazem denúncia contra os agressores. Os principais motivos são: pressão familiar, medo de não conseguir sustentar os filhos pequenos pela a falta de renda do parceiro, crenças culturais e religiosas, se responsabiliza pela as agressões, medo de colocar a própria vida ou a de seus familiares em risco, falta de informação dos direitos e recursos  disponíveis para as vítimas de violência doméstica.

Como podemos ajudar?

Se você acredita que está vivendo em um relacionamento abusivo ou conhece alguém que é vítima da violência doméstica, você deve buscar orientação e apoio o quanto antes. Você pode ajudar de várias maneiras:

1 - Tenha uma conversa franca com alguém da sua confiança, ou demonstre que você se importa com a situação que a vítima está vivendo.

2 - Jamais acredite que, como vítima você tem culpa. Nada do que você faça ou venha fazer pode dar o direito de alguém te agredir, mesmo que com palavras.

3 - Durante uma consulta médica, compartilhe com um profissional da área de saúde que não se sente segura em sua própria casa ou quando está com o seu companheiro. Procure ajuda com um líder religioso ou até mesmo uma organização que você faz parte.

4 - Procure não viver isolada. Procure estar junto de pessoas que possam te apoiar.

5 - Crie um plano de ação. É necessário que as pessoas que estão vivendo um relacionamento abusivo possuía um plano de ação para o caso de risco de vida imediata. Mantenha seus documentos em um lugar seguro e de fácil acesso. Mantenha uma pessoa de extrema confiança informada do seu plano e como agir em caso dessa, não conseguir fazer contato com você por um determinado tempo.

6 - Principalmente, NÃO SE CALE! Se você é uma vítima de violência, ou sabe de alguém que é vítima, DENUNCIE.

7 - Eu recomendo que você leia o livro Superando Um Passado Violento e até mesmo ofereça como presente à alguém que você ama.

Para maiores informações, ou para adquirir o livro entre em contato através do email: contato@plataformadigitalfeminina ou acesse o website www.plataformadigitalfeminina.com

Fonte: Por Lídia Ferreira