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Publicado em 12/11/2018 as 2:00pm

Brasileiros se unem para evitar que casal brasileiro passe necessidades

Desde 2006, Nathaniel Nogueira, mais conhecido como Nathan pela comunidade brasileira da...

Brasileiros se unem para evitar que casal brasileiro passe necessidades O Casalo Nathan e Dani.

Desde 2006, Nathaniel Nogueira, mais conhecido como Nathan pela comunidade brasileira da Flórida, enfrenta uma difícil luta contra a esclerose múltipla. Natural de Niterói (Rio de Janeiro), no início do diagnóstico, ele vivia uma vida normal e não enfrentava grandes problemas como agora.

Em 2008, ele conheceu Daniela Jacobina, “Dani”, que até hoje é sua grande parceira nesta luta. Nathan sempre foi claro com a companheira e relatou sua doença no início do relacionamento.

Eles se conheceram no site de namoro Par Perfeito quando Dani cursava o último ano de Faculdade de Direito. Ela lembra quando o casal se viu pela primeira vez foi “como um lindo conto de fadas” e foi amor à primeira vista.

Desde o primeiro dia em que se conheceram virtualmente, em 27 de dezembro de 2008, demorou quatro dias para os dois se encontrarem pessoalmente. Na época, a rede social forte entre os brasileiros era o Orkut.

Dani conta que, por curiosidade natural, entrou na página dele e encontrou uma comunidade Chamada Esclerose Múltipla. “Pensei que ele ou alguém muito próximo a ele deveria ter essa tal doença”, fala ressaltando que neste momento “correu para o Google e fez uma pesquisa rápida e superficial, vendo os tipos de sequelas que um portador poderia ter”.

No primeiro encontro, ela foi ao apartamento dele e quando lá chegou, o encontrou sentado em um sofá e viu muletas no canto da sala. Nathan não ficou em pé para cumprimentá-la e neste momento Dani percebeu que era ele o portador da esclerose.

Os dois conversaram bastante e em certo momento rolou o beijo e em seguida Nathan contou sobre a doença. Ele achava que Dani iria embora naquele momento, mas ela o surpreendeu dizendo que ficaria.

Em 2009, Nathan passou por tratamentos alternativos a base de vitaminas e alimentação saudável e Dani sempre esteve ao seu lado.

Sua mudança para os Estados Unidos aconteceu após uma viagem à Disney, em 2010, proporcionada pelo companheiro que não parava de trabalhar mesmo doente. Ela lembra que se divertiu muito, mas se sentia sozinha, pois não estava com a pessoa amada.

Dani ficou deslumbrada com tudo que viu, os preços, a beleza, a educação daspssoas e mesmo sem falar nada em Inglês, conseguiu se divertir. Porém, mais do que se divertir sozinha, ela percebia a estrutura do local, portas largas, calçadas planas, portas automáticas ou quando não eram automáticas, alguém rapidamente aparecia para abri-las e segurá-las para que a pessoa pudesse passar em segurança.

O que mais lhe encantou foi a quantidade de PNE (portadores de necessidades especiais) que ela via por todo lado. Cada um mais debilitado que o outro, porém estavam nas ruas, nos parques, nos mercados, nas lojas, eram tantos, e tão felizes, e no entorno deles também havia amigos e familiares interagindo de maneira feliz.

No Brasil, a cultura infelizmente é de esconder o doente, isolá-lo para não ter trabalho.

Durante o ano de 2011 começaram a aparecer sequelas mais persistentes da doença, perda do controle da urina, isso o deixou muito abalado, pois ele até então não havia dito aos amigos, funcionários, parceiros comerciais que tinha essa doença. Então as pessoas não sabiam nem como poderiam ajudar ou apoiar. Ele acabava se urinando nas calças, pois como a "marcha" dele era lenta, não conseguia ir rápido ao banheiro.

Isso foi lhe causando um estado depressivo gigante e foi se isolando de tudo. Mal conseguiu terminar as obras que estavam em andamento.

Em 2013 o casal viajou parta a Flórida e ele se sentiu renovado ao conhecer a nova cultura e ver como as pessoas eram tratadas. Isso os motivaram a fixar residência e eme 2017, eles fizeram a viagem com Visto de Estudante. Desde então o casal vem se incorporando à comunidade brasileira.

Devido ao Visto que o casal consegui, o documento impõe algumas limitações tais como trabalhar, deve comparecer à escola por 40 horas semanais e não tem direito a assistência hospitalar e médica ou qualquer benefício do governo.

Diante das dificuldades, o casal conta com o apoio dos amigos que estão fazendo e a solidariedade das pessoas. Ela tem recebido doações de fraldas, produtos de limpeza e material de higiene pessoal. “Quem não puder ajudar com doações, meu marido precisa apenas deum amigo para conversar”, acrescenta.

Várias campanhas já foram realizadas para ajudar o casal e quem quiser colaborar pode entrar em contato através do telefone 407-449-9577 ou pelo e-mail miolodanijacobina@hotmail.com. O facebook de Dai é https://www.facebook.com/dani.jacobina

Fonte: Redação - Brazilian Times

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