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Publicado em 3/12/2018 as 10:00am

Mãe processa os EUA pela morte da filha que foi detida pelo ICE

Yazmin Juarez alega que a filha, Mariee, não recebeu os cuidados médicos adequados,...

Yazmin Juarez alega que a filha, Mariee, não recebeu os cuidados médicos adequados, resultando na sua morte

A política de imigração adotada pelo presidente Donald Trump, chamada de “Tolerância Zero”, além de gerar muita polêmica no país, resultou em danos psicológicos para muitas famílias. Isso porque, crianças foram separadas de seus pais e por meses ficaram presas em “cidades de tendas”, em jaulas.

Na semana passada, a mídia abordou o caso de Yazmin Juarez, que abriu um processo contra o Governo Federal. Ela acusa as autoridades de imigração de serem as responsáveis pela morte de sua filha, de um ano e sete meses, que morreu em maio, seis semanas depois de ser libertada do centro de Detenção em Dilley (Texas).

Ela pede US$60 milhões como indenização em uma ação judicial pela morte da pequena Mariee. A imigrante e os seus advogados alegam que o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês), e a empresa que administra o centro de detenção não forneceram atendimento médico suficiente e adequado para a sua filha. “Ela sofreu uma infecção respiratória durante o período em que ficou detida”, disse.

O processo alega que o governo tinha o dever de fornecer condições sanitárias seguras e cuidados médicos adequados, “mas eles não conseguiram fazer isso”, resultando em consequências trágicas, segundo relatou o advogado R. Stanton Jones em um comunicado.

Ele acrescentou que sua cliente entregou ao centro uma criança saudável e 20 dias depois, ela recebeu uma criança gravemente doente com infecção respiratória e risco de vida. “A Mariee morreu poucos meses antes de seu segundo aniversário porque o ICE e outras pessoas responsáveis pelos seus cuidados médicos negligenciaram atendimento padrão e cuidados básico”, afirmou.

De acordo com informações, os agentes de imigração prenderam mãe e filha em março depois que elas atravessaram, ilegalmente, a fronteira dos EUA. As duas foram levadas para o Centro Residencial Familiar do Sul do Texas, onde foram mantidas por três semanas. A imigrante procurou tratamento médico para a filha no dia 11 de março, seis dias depois de chegarem à instalação de Dilley, segundo informou o advogado.

Na unidade, a criança ficou cada vez mais doente e Juarez repetidamente procurou atendimento de saúde para a filha, mas foi prescrito medicamentos que não melhoraram sua condição, acrescentou o advogado.

Assim que foram libertadas da instalação, Juarez levou Mariee para New Jersey, onde sua mãe mora e procurou atendimento médico no dia seguinte. Mariee foi hospitalizada por insuficiência respiratória por 6 semanas e morreu no Hospital Infantil da Filadélfia, em 10 de maio, de acordo com o advogado de Juarez.

“Depois que ficou claro que Mariee estava gravemente doente, o ICE simplesmente dispensou mãe e filha”, disse Jones. “Yazmin imediatamente procurou atendimento médico para o bebê, mas já era tarde demais”.

Juarez processou várias agências do governo, incluindo o Departamento de Segurança Interna DHS e o ICE. A Patrulha da Fronteira (CBP) se recusou a comentar, citando litígios pendentes.

Uma porta-voz do ICE defendeu o atendimento médico na instalação. “O ICE está comprometido em garantir o bem-estar de todos os que estão sob a custódia do órgão, incluindo o acesso a cuidados médicos necessários e apropriados”, disse Jennifer Elzea. “A equipe inclui enfermeiras e auxiliares de enfermagem licenciados, provedores de saúde mental licenciados, provedores de nível médio que incluem um assistente médico e enfermeiro, um médico, atendimento odontológico e acesso a atendimento de emergência 24 horas”.

Em agosto, o advogado de Juarez apresentou uma queixa contra a cidade de Eloy, Arizona, que era a principal contratada do governo federal para operar a instalação de Dilley. A ação judicial pede US$ 40 milhões por morte culposa.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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