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Publicado em 18/02/2019 as 12:00pm

Brasileiros investem quase R$ 2 mi por direito de viver nos EUA

Dados do consulado norte-americano apontam para o crescimento de quase 1.200% no número de vistos EB-5 concedidos a brasileiros.

Brasileiros investem quase R$ 2 mi por direito de viver nos EUA Hotel Hilton Dallas Rockwall foi construído com capital de investidores EB-5

Com o interesse de arrumar as malas e emigrar legalmente com a mulher e o filho para viver nos Estados Unidos, o economista Celso Barros (nome fictício), de 49 anos, optou por investir cerca de US$ 500 mil (aproximadamente R$ 1,85 milhão) na construção de um hotel no país norte-americano. A decisão, tomada em 2017, pode possibilitar a ele e à família um "Green Card" (visto de permanência nos EUA) temporário e a tão sonhada a cidadania americana.

"Estamos aguardando a aprovação do nosso pedido de visto, que demora em torno de dois anos. Nós esperamos que, no final deste ano ou no primeiro semestre do ano que vem, a gente já tenha a possibilidade de viabilizar a mudança", afirma Barros.

A escolha feita pelo economista leva em conta a obtenção do modelo de visto EB-5, concedido pelo governo dos Estados Unidos para quem aplica ao menos US$ 500 mil no país norte-americano.

Criado em 1990, o programa EB-5 tem atraído os investidores brasileiros ao longo dos últimos anos. Somente entre 2014 e 2018, a quantidade de vistos concedidos a brasileiros saltou de 30 para 388, crescimento de 1.193%. Segundo os dados do Consulado dos Estados Unidos, a modalidade resultou no "Green Card" para 969 brasileiros desde 2010.

O EB-5 pode ser conquistado de duas formas: com o desenvolvimento de um negócio próprio ou a aplicação dos recursos em um Centro Regional para a construção de um empreendimento.

Passaporte dos EUA pode ser conseguido após 5 anos

 

A advogada especialista em imigração Ana Paula Dias Marques explica que os investimentos para o EB-5 devem ser sobre o risco e avalia os Centros Regionais como uma forma mais segura para conquistar o “Green Card”.

"Você diminui muito os riscos quando efetivamente escolhe um local com boas referências para que possa fazer esse investimento de uma maneira mais tranquila", avalia Ana Paula, que estima a duração do processo entre 15 e 18 meses.

Cinco anos após conquistar o “Green Card”, o investidor poderá dar entrada com o pedido pela cidadania norte-americana, conforme explica Andre Salles, diretor de investimentos da Driftwood, empresa desenvolvedora de hotéis que faz uso de capital de investidores EB-5.

“A partir do momento em que o governo norte-americano aprovou o 'Green Card', você já pode morar, viver e trabalhar nos Estados Unidos. Após cinco anos, ele tem o direito de solicitar a cidadania norte-americana a partir da realização de uma prova”, afirma Salles.

Ana Paula destaca que, diferentemente do processo para a concessão do “Green Card”, o processo para obter a cidadania e poder emitir um passaporte como cidadão dos Estados Unidos exige que o investidor fale inglês. “Para conseguir o EB-5, não tem a necessidade de falar a língua. No caso da cidadania, sim.”

Salles destaca ainda que o EB-5 é considerado como o visto mais barato para acessar a cidadania norte-americana. “Ele requer um aporte inicial, mas esse montante não só retorna para o investidor, como o investidor recebe juros sobre os US$ 500 mil ao longo de cinco anos. No fundo, ele ainda vai ganhar dinheiro com esse tipo de investimento” garante ele.

Geração de empregos

Além do investimento mínimo de US$ 500 mil, a concessão do "Green Card" fica restrita também à geração de pelo menos dez vagas de emprego a trabalhadores norte-americanos.

“Se 40 investidores aplicarem US$ 500 cada, eu tenho um total de US$ 20 milhões, e meu projeto tem que gerar pelo menos 400 empregos”, afirma Salles.

Segundo o diretor da Driftwood, no caso dos investimentos feitos em Centros Regionais, são considerados todos empregos diretos e indiretos criados pelo empreendimento.

“Tudo o que é gerado na cadeia produtiva por conta daquele projeto é levado em consideração e é feita uma contabilização em torno do investimento total”, destaca Salles, que garante já saber o número de empregos que serão gerados antes do início do projeto.

De acordo com Ana Paula, o investidor pode ficar sujeito à perda do ‘Green Card’ caso a geração de empregos não seja comprovada pelo governo norte-americano.

Fonte: Redação Braziliantimes

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