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Publicado em 22/05/2019 as 4:00pm

Quadrilha cearense aplicou golpes milionários nos EUA é desarticulada pela polícia brasileira

Uma quadrilha formada por cearenses e desarticulada pela operação denominada Las Vegas, na...

Quadrilha cearense aplicou golpes milionários nos EUA é desarticulada pela polícia brasileira Quadrilha usava cartões clonados para aplicar os golpes.

Uma quadrilha formada por cearenses e desarticulada pela operação denominada Las Vegas, na segunda-feira, dia 20, é acusada de praticar diversos golpes nos Estados Unidos e no Brasil. As investigações foram comandadas pela Polícia Federal brasileira e o esquema criminoso foi praticado durante seis anos e movimentou pelo quase US$ 9 milhões em contas bancárias.

De acordo com as informações, no momento em que as autoridades brasileiras fizeram as prisões, o líder e mais três integrantes da quadrilha, já estavam presos nos Estados Unidos.

A investigação da PF começou em 2016, após uma denúncia feita no Escritório de Segurança Diplomática do Consulado Geral dos EUA no Recife, em Pernambuco. Os órgãos de segurança dos Estados Unidos estranharam a presença e as prisões repetitivas de brasileiros pela mesma prática criminosa.

De acordo com uma reportagem publicada pelo Diário do Nordeste, chefe do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC), delegado Madson Tenório, disse: "cidadãos brasileiros, em especial cearenses, estavam se indo para as cidades de Las Vegas (Nevada) e Atlantic City (New Jersey) munidos de cartões clonados, para efetuarem saques nas máquinas de autoatendimento de cassinos. As máquinas emitiam cheques e, com esses cheques, eles representavam nos caixas dos cassinos para descontar".

No Brasil, o grupo utilizava os cartões clonados para comprar produtos eletrônicos - como aparelhos celulares, televisões e computadores - e passagens de avião, além de alugar veículos. Os produtos adquiridos serviam tanto para uso próprio dos estelionatários como para repassá-los a outras pessoas. A PF investiga se há alguma loja ou empresa por trás do esquema criminoso.

Conforme Tenório, essa estratégia da quadrilha pode ser considerada como lavagem de dinheiro. "É uma forma de tentar esconder a origem ilícita dos recursos. Fica difícil o rastreamento, a partir do momento em que um membro da quadrilha efetua uma compra e repassa esse equipamento eletrônico abaixo do preço", constata.

A Polícia Federal apurou que a associação criminosa cometia golpes desde 2010, mas cresceu em tamanho e lucro dois anos depois. Somente entre 2012 e 2017, os estelionatários movimentaram pelo menos R$ 35 milhões em contas bancárias próprias, de familiares e de "laranjas".

Os 12 mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e 14 de bloqueio de contas e indisponibilidade de bens, expedidos pela 11ª Vara Federal do Ceará, tinham como alvos os membros da cúpula da quadrilha - a qual era bastante numerosa, segundo o delegado. Todos são homens, a maioria cearense e com aproximadamente 30 anos. Os nomes dos investigados não foram revelados pela PF.

Quatro alvos dos mandados de prisão, inclusive a liderança máxima da quadrilha, já estavam detidos nos Estados Unidos, por golpes cometidos no país. A PF informou que eles irão responder pelos crimes e, apenas quando voltarem ao Brasil, as ordens de detenção da Justiça Federal poderão ser concretizadas.

Os mandados foram cumpridos em Fortaleza, Caucaia e Beberibe, no Ceará, além da capital de São Paulo. Os suspeitos se dispersavam geograficamente, mas levavam um alto padrão de vida, inclusive com imóveis e veículos luxuosos. Alguns deles já tinham passagem pela Polícia por estelionato, receptação e tentativa de homicídio. Documentos, mídias, aparelhos celulares e até uma arara foram apreendidos pelos policiais.

Os presos irão responder pelos crimes de furto qualificado pela fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro, de acordo com o nível de participação. O homem que criava a arara ilegalmente, em Beberibe, tentou arremessar o animal para outra propriedade, mas não evitou a apreensão e também foi autuado em flagrante por crime ambiental.

Fonte: Redação Braziliantimes

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