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Publicado em 19/07/2019 as 9:00am

Deputado pede o fim do uso de ‘illegal’ e ‘alien’ do vocábulo do Governo Federal

O Deputado do Texas, Joaquim Castro (D), presidente do grupo hispânico no Congresso e irmão...

Deputado pede o fim do uso de ‘illegal’ e ‘alien’ do vocábulo do Governo Federal Joaquin Castro diz que termos usados são desumanos

O Deputado do Texas, Joaquim Castro (D), presidente do grupo hispânico no Congresso e irmão gêmeo do ex-Secretário de Habitação e presidenciável, Julián Castro, introduziu uma legislação na terça-feira, dia 16. O projeto pede a remoção de termos depreciativos dados a imigrantes e usados em leis federais de imigração nos vocábulos do Governo.

Chamada de Correcting Alienating Names in Government Act, ou CHANGE, o projeto elimina as palavras “alien” e “illegal alien” da Lei de Imigração e Nacionalidade - a lei federal de imigração que rege o país - e outros textos do governo. Os termos “foreign national” “undocumented foreign national” poderiam seriam usados ​​respectivamente em seus devidos lugares.

"Palavras são importantes", disse Castro em um comunicado. “É vital que respeitemos a dignidade dos imigrantes que fogem da violência. As palavras "alien" e "illegal alien" tem como objetivo demonizar e desumanizar a comunidade imigrante”.

O legislador acrescentou que “os imigrantes vêm para os Estados Unidos de boa fé e trabalham duro pela oportunidade de alcançar uma vida melhor para si e para sua família". "Eliminar esta linguagem da expressão do governo nos coloca um passo mais perto de preservar sua dignidade e garantir sua segurança", afirmou.

Os ativistas de imigração há muito criticam o uso que o governo faz da palavra "alien" para se referir aos imigrantes que chegam aos Estados Unidos em busca de uma vida melhor.

"O rótulo de alien não é nada além de alienados", escreveu José Antônio Vargas, ativista indocumentado e escritor em Los Angeles Times. "E quando associado a ‘ilegal’, é especialmente tóxico. As palavras penetram na psique, às vezes até o ponto da paralisia. Eles estão desumanizando os imigrantes”.

Essa linguagem desumana não se limita ao governo federal e suas leis. Está em todo lugar. A jornalista hispano-americana Maria Hinojosa aconselhou os membros da imprensa contra o uso de palavras como “illegal immigrant” ou seus “illegal” para descrever imigrantes indocumentados. Para ela, não só é desumanizante, é também gramaticalmente incorreto.

"Não existe um ser humano ilegal", escreveu Hinojosa no Twitter no começo do ano, depois que Chris Cuomo, da CNN, usou o termo no ar. “Então, por exemplo, não existe motorista ilegal, ciclista ilegal, trabalhador ilegal, imigrante ilegal. O ciclista pode ter cometido um crime, mas ele não é ilegal. Ilegal é uma ação”.

O jornal Brazilian Times há alguns anos explicou esta mesma afirmação, pois um imigrante não é ilegal, mas ele está em situação ilegal no país. Portanto adotamos sempre o termo “imigrante indocumentado”, ou seja uma pessoa que não tem documentos no país.

A Associated Press, em 2013, também atualizou seu livro de redação para não mais sancionar o uso do termo “imigrante ilegal” para descrever alguém que vive nos Estados Unidos sem documentos.

O projeto de Castro é apresentado no momento em que a administração Trump está ameaçando ataques direcionados a comunidades não documentadas e desmantelando a Lei de Asilo dos EUA. Na segunda-feira, dia 15, foi publicada uma regra final provisória que tornaria impossível para qualquer imigrante que não fosse do México ou do Canadá de solicitar asilo.

Fonte: Redação Braziliantimes

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