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Publicado em 19/08/2019 as 2:00pm

Jornalistas encontram brasileiros em novo centro de detenção na fronteira

No final do ano passado, cerca de 3.000 crianças estavam abrigadas em fileiras de pequenas...

Jornalistas encontram brasileiros em novo centro de detenção na fronteira Grandes barracas abrigam imigrantes detidos na fronteira.

No final do ano passado, cerca de 3.000 crianças estavam abrigadas em fileiras de pequenas tendas marrons em um acampamento na cidade de Tornillo (Texas), a poucos metros da fronteira sudoeste com o México. O polêmico abrigo temporário para menores desacompanhados, fechado em janeiro, foi o assunto de vários protestos. E a controvérsia não estava confinada a essa única instalação.

Após um número historicamente alto de travessias na fronteira, as autoridades de imigração têm enfrentado fortes críticas por condições miseráveis ​​em instalações superlotadas. Durante meses, os jornalistas procuraram acesso para observar as condições dos detidos, o que raramente era concedido.

Na semana passada, os jornalistas foram autorizados a entrar em uma nova instalação que serviram como abrigo para crianças detidas. É um dos seis construídos para ajudar a acomodar o fluxo de imigrantes que chegaram à fronteira dos EUA com o México neste ano.

A instalação, de 197.000 pés quadrados, no deserto do oeste do Texas, inaugurada na semana passada, tem grandes tendas brancas separadas para presos adultos solteiros e do sexo feminino, que estão a centenas de metros de distância um do outro.

Os meios de comunicação visitaram a instalação em Tornillo na semana passada. Ao contrário da maioria das visitas anteriores, os repórteres puderam filmar o interior. Mas a agência impôs restrições estritas aos jornalistas, não permitindo a filmagem dos rostos dos detentos e proibindo entrevistas.

A instalação tem capacidade para mais de 2.000 detidos, mas quando a mídia entrou, havia apenas quatro mulheres e cerca de 20 homens. Os migrantes eram de vários países, incluindo Guatemala, El Salvador e Brasil. Um punhado de mulheres e mais de uma dúzia de homens sentavam-se em silêncio em esteiras. Alguns detentos usavam suas próprias roupas, enquanto outros usavam blusas azuis com calça de moletom cinza fornecida pela Patrulha da Fronteira.

Os jornalistas tentaram conversar com os detidos, mas foram impedidos pelos guardas, pois a condição para que eles visitassem o local era não entrevistar ninguém. Apesar de o centro parecer estar em condições boas, o olhar dos detentos era de tristeza e parecia pedir ajuda para sair daquele de lá.

Os detidos estavam, em sua maioria, quietos e conversavam entre si. Eles usavam cobertores de tecido, não os cobertores “Mylar” que foram vistos em outros centros de detenção.

Uma mistura de agentes da Guarda Nacional e da Patrulha de Fronteira observava os imigrantes de plataformas de madeira e monitorava imagens de vigilância em salas separadas.

Havia garrafas de água e batatas fritas em todos os cômodos, bem como banheiros portáteis e com grandes aberturas na parte superior e inferior das portas, para que os policiais pudessem ver os detidos o tempo todo.

O secretário interino de Segurança Interna, Kevin McAleenan, que estava visitando a nova instalação, disse novos espaços temporários como esse ajudaria a evitar a superlotação. Ele também disse que o número de prisões na fronteira caiu nas últimas semanas.

Houve quase 72 mil prisões feitas em julho ao longo da fronteira sul, uma queda de 24% em relação a 94.908 em junho, segundo os últimos dados da Patrulha de Fronteira.

Fonte: Redação Braziliantimes

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