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Publicado em 21/08/2019 as 3:00pm

EUA se nega a fornecer vacinas contra gripe para famílias imigrantes em centros de detenção na fronteira

Pelo menos três crianças mantidas em centros de detenção na fronteira dos Estados Unidos com...

EUA se nega a fornecer vacinas contra gripe para famílias imigrantes em centros de detenção na fronteira Dr. Jonathan Winickoff denuncia péssimas condições de saúde para imigrantes na fronteira.

Pelo menos três crianças mantidas em centros de detenção na fronteira dos Estados Unidos com o México morreram vítima de gripe, segundo relatos de um grupo de médicos.

O governo não está vacinando famílias imigrantes e não tem planos de fazê-lo antes da próxima temporada da doença.

O país teve um aumento considerável de pessoas cruzando a fronteira sul no ano passado, buscando fugir de seus respectivos países. De acordo com as informações, os EUA não vacinarão famílias imigrantes em centros de detenção ao longo da fronteira antes da próxima temporada de gripe, apesar dos pedidos feitos pelos médicos.

O grupo de profissionais de saúde solicitou que as vacinas fossem aplicadas para combater a infecção que matou pelo menos três crianças imigrantes no ano passado. “Em geral, devido à natureza de curto prazo que os imigrantes ficam sob a custódia da Patrulha de fronteira (CBP, sigla em inglês) e às complexidades dos programas de vacinação, nem a CBP nem seus prestadores de serviços médicos administram vacinas aos que estão sob nossa custódia”, disse um porta-voz da CBP.

A morte das crianças e a negação dos EUA em fornecer a vacina foram citadas em uma carta enviada para as deputadas Rosa DeLauro (D-Conn), e Lucille Roybal-Allard (D-Calif). Vários médicos assinaram o documento pedindo ao Congresso para investigar as condições de saúde nos centros.

Os EUA haviam passado quase uma década sem que nenhuma criança morresse enquanto estava sob a custódia do Departamento de Imigração.

"Eu posso dizer por experiência pessoal que as mortes de crianças são eventos raros", disse o professor de pediatria de Harvard, Dr. Jonathan Winickoff, em um e-mail. Ele assinou a carta de 1º de agosto com a patologista forense Judy Melinek e os professores de saúde pública Dr. Joshua Sharfstein e Dr. Paul Spiegel.

Eles disseram que a taxa de mortalidade nos EUA em crianças afetadas pela gripe é de cerca de 1 em 600.000. “Até agora, três crianças morreram entre 200 mil pessoas mantidas em centros de detenção ao longo da fronteira”, escreveram.

“Quando soube que crianças haviam morrido na prisão por causas doenças que poderiam ter sido evitadas, isso realmente me perturbou”, disse Winickoff. “O país precisa de respostas urgentes para essa pergunta, para que as crianças parem de morrer em detenção”.

Ele disse que as atuais condições, como ser colocado próximo a outros imigrantes, facilitam a disseminação de doenças infecciosas de pessoa para pessoa. Ele acrescentou que contrair a gripe enfraquece o sistema imunológico de uma criança, tornando mais difícil combater outras doenças. "Uma criança pode começar com a gripe, mas depois morrer por outra infecção", acrescentou.

Se as condições não melhorarem, Dra. Julie Linton, presidente do Conselho da Academia Americana de Pediatria sobre Saúde da Criança e da Família Imigrante, disse que mais crianças morrerão desnecessariamente.

"Há várias coisas que podemos fazer para evitar mortes e infecções e isso não incluem deter crianças em instalações e armazéns semelhantes a gaiolas”, disse.

Fonte: Redação Braziliantimes

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