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Publicado em 7/10/2019 as 9:00am

Brasileirinho de 3 anos é encontrado sozinho na fronteira

Há poucos dias, em uma igreja de tijolos, reformada, no Vale do Rio Grande, sul do Texas, um...

Brasileirinho de 3 anos é encontrado sozinho na fronteira Ficou cada vez mais comum crianças imigrantes atravessarem a fronteira.

Há poucos dias, em uma igreja de tijolos, reformada, no Vale do Rio Grande, sul do Texas, um cuidador tentou acalmar um bebê de três anos, oferecendo-lhe um copo com canudinho. O homem não sabia quase nada sobre o bebê que pronunciava poucas palavras, dando a entender que era do Brasil. A equipe do abrigo tentou desesperadamente encontrar sua família, ligando para o consulado brasileiro e pesquisando no Facebook.

Nas proximidades, crianças em carrinhos de bebê circulavam pelo prédio, empurradas por trabalhadores que usavam camisas azuis brilhantes com a inscrição “CHS”, abreviação de Comprehensive Health Services Inc., empresa privada, com fins lucrativos, paga pelo governo dos Estados Unidos para cuidar de algumas crianças imigrantes.

O acolhimento de crianças imigrantes tornou-se um negócio crescente e lucrativo para empresas da Flórida, pois o número de menores sob custódia do governo aumentou para níveis recordes nos últimos dois anos. Mais de 50 bebês, crianças e adolescentes estavam na mesma instalação onde estava o bebê brasileiro.

O abrigo estava limpo, bem iluminado, protegido por cercas de arame.

As crianças, muitas usando calça preta combinado com moletom cinza, estão oficialmente sob a custódia do governo federal. Mas uma investigação conjunta da Associated Press e da FRONTLINE descobriu que o governo Trump começou a transferir parte do cuidado delas para o setor privado e os empresários, em vez de passar para organizações sem fins lucrativos e programas religiosos, que sempre cuidam das crianças.

Até agora, a única empresa privada que cuida de crianças migrantes é a CHS, de propriedade da empresa Caliburn International Corp., com sede em Washington, DC.

Em junho, a CHS detinha mais de 20% de todas as crianças imigrantes que estavam sob custódia do governo. E mesmo com o número de filhos diminuindo, o financiamento do governo para a empresa continua a fluir.

Questionado durante uma visita à Casa Branca na quinta-feira sobre a investigação da AP e da FRONTLINE, o secretário de saúde do presidente Donald Trump, Alex Azar, recuou e disse que as descobertas eram "enganosas".

A CHS não informou se encontrou os familiares do brasileirinho e nem como ele chegou ao abrigo. Mas de acordo com informações coletadas por funcionários, o menino teria sido encontrado perdido na fronteira, sem acompanhante.

O Brazilian Times tentou falar com o Consulado do Brasil em Houston, no Texas, mas não obteve retorno.

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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