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Publicado em 9/10/2019 as 10:00am

ICE usa entrevistas de casamento para deter imigrantes

Alyse e Elmer Sanchez ficaram emocionados quando "sobreviveram" à entrevista para o Green Card,...

ICE usa entrevistas de casamento para deter imigrantes Casal luta contra deportação.

Alyse e Elmer Sanchez ficaram emocionados quando "sobreviveram" à entrevista para o Green Card, um passo crucial na obtenção do status legal nos Estados Unidos. Ela enviou uma mensagem para a sua família, direto do escritório do escritório do Departamento de Imigração, quando se sentiu aliviada - o oficial concordou que o casamento era legítimo.
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Momentos depois, Elmer estava detido, acorrentado e detido até sua deportação para seu país natal, Honduras. Desta forma ele deixará sua esposa sozinha para cuidar dos dois filhos pequenos. "Isso foi uma armadilha, um truque para nos levar até lá e o prendê-lo", disse a mulher.

Os Sanchez se juntaram a outros cinco casais em uma ação que acusa os agentes federais de atrair famílias para entrevistas de casamento em Baltimore, em Maryland, apenas para deter o cônjuge imigrante e deportá-lo.

As leis federais permitem que cidadãos dos Estados Unidos como Alyse tentem legalizar o status de seus cônjuges, como foi o caso de Elmer que vive ilegalmente no país. Milhares de famílias estão fazendo isso.

Os registros mostram que o Departamento de Serviços de Cidadania e Imigração (USCIS, sigla em inglês) aprovaram 23.253 processos com pedidos de perdão e assinaram todos os documentos legais antes dos cônjuges, filhos ou pais de cidadãos deixarem o país e solicitar a união legal de suas famílias.

Mas a American Civi LIberties Union (ACLU) afirma que um número crescente de oficiais torceu esta regra e estão prendendo cônjuges imigrantes após entrevistas para legalizar o matrimônio em busca do Green Card. A entidade, que assumiu este processo, se baseia em uma queixa semelhante realizada em Massachusetts.

De acordo com a ACLU dezenas de detenções semelhantes também aconteceram em New York, Virgínia, Flórida, Illinois e Califórnia.

O caso de Maryland está com o juiz distrital George J. Hazel, que já reverteu a deportação de um chinês após uma entrevista de casamento bem-sucedida em Baltimore. Em Novembro passado, pouco antes de o imigrante desembarcar em Xangai, o magistrado afirmou que "o governo não pode usar entrevistas de casamento para prender imigrantes indocumentados que procuram se legalizar através de uma lei que existe".

Em uma entrevista à Associated Press, Alyse disse que a vida de sua família parecia "tão perfeita". Ela e Elmer, agora com 31 e 41 anos de idade, começaram a namorar em 2013 depois que ele soube que a mulher estava vendendo o carro dela.

O homem foi até ela para comprar o veículo. E ele comprou, mas também acabaram se casando no mesmo ano. Hoje, o casal tem dois filhos, de 4 e 2 anos, e moram no subúrbio de Kensington, Washington (Maryland), onde ele é dono de uma empresa especializada em reforma de residências. Ela trabalha em uma clínica veterinária em Sandy Spring.

"Todo tem os seus altos e baixos em seus relacionamentos, mas o nosso é bem tranquilo", disse a mulher. "Ele esteve presente em todos os eventos importantes em minha vida. "Ele foi o evento mais importante da minha vida".

Registros mostram que Elmer foi condenado a revelia a ser deportado em setembro de 2005, depois de não comparecer a uma audiência de imigração, da qua ele nunca foi notificado, de acordo com pesquisas feitas pelos advogados.

Alyse enviou a documentação para obter o Green Card para seu marido em setembro de 2018. Ema notificação emitida pelo USCIS em 7 de maio dizia que a entrevista era necessária apenas para confirmar a boa fé do casamento. Eles estavam nervosos, mas esperançosos, enquanto contavam ao oficial de imigração como se conheceram e responderam a todas as perguntas.

A pedido do oficial, Alyse falou com o marido em espanhol, na frente das câmeras. O entrevistador confirmou a veracidade do casamento e disse que eles receberiam a aprovação formal pelo correio no dia seguinte, "mas alegou que seu supervisor tinha que autenticar o caso.

Alyse foi orientada a sair da sala e minutos depois foi informada de que seu marido havia sido detido. Seis semanas se passaram e neste período a mulher procurava aconselhamento e tentava acalmar o filho de quatro anos, que pergunta do pai constantemente.

O homem foi libertado em 19 de junho depois que a ACLU pediu uma ordem de emergência para impedir a deportação. O processo contra estas detenções está em trâmite e espera que casos como este não voltem a acontecer.

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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