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Publicado em 14/10/2019 as 10:00am

Morte de brasileirinha em rio na fronteira engrossa dados preocupantes

Dados recém-divulgados revelam uma mudança dramática nas mortes que ocorrem na região ao...

Morte de brasileirinha em rio na fronteira engrossa dados preocupantes Milhares de imigrantes se aventuram a atravessar o rio carregando filhos pequenos.

Dados recém-divulgados revelam uma mudança dramática nas mortes que ocorrem na região ao longo do Rio Grande, no ano passado. As mortes relacionadas por afogamento triplicaram do ano fiscal de 2018 para 2019, conforme relatório da Patrulha de Fronteira de Del Rio.

Os resgates feitos nos rios também aumentaram dramaticamente, subindo mais de 1000%.

O setor, uma importante área do sudoeste do Texas que inclui o Del Rio e Eagle Pass, cobre um trecho de 210 milhas ao longo do Rio Grande.
As estatísticas do governo, muitas vezes divulgadas por funcionários e criticadas por defensores dos direitos dos imigrantes, são apenas um pedaço das realidades complexas da fronteira entre os EUA e México com mais de 1.933 milhas.

"Estes dados ajudam porque nos mostram o que está acontecendo", disse Néstor Rodríguez, professor de sociologia da Universidade do Texas, em Austin, que estuda as mortes na fronteira há décadas.

E, embora funcionários do Governo e ativistas ofereçam explicações diferentes para os dados em 2019, eles concordam que é preocupante.
Os afogamentos na fronteira surgiram sob os holofotes do público durante o verão quando a imagem chocante de um pai e sua filha, mortos afogados no Rio Grande, rodou o mundo.

E no ano passado, houve inúmeros relatos de mortes e resgates dramáticos neste rio, entre eles um adolescente que os agentes de Fronteira encontraram inconsciente nas águas e ajudaram a ressuscitá-lo.

Também está no relatório a busca desesperada, durante uma semana, por uma criança brasileira que teria morrido afogada e restos nunca foram encontrados.

A história de uma mãe e seu filho, hondurenhos, que decidiram se arriscar no rio porque as autoridades dos EUA os obrigaram a permanecer no México e acabaram morrendo ao tentar atravessá-lo.

Com tais ocorrências cada vez mais chamando a atenção pública e política, o CBP foi questionado pelos últimos dados sobre mortes e resgates relacionados a afogamento nos cinco setores da Patrulha de Fronteira que cuidam do rio.

O panorama geral do ano fiscal de 2019, encerrado em 30 de setembro, mostra que o número de mortes relacionadas a afogamento, pelo CBP, nos cinco setores aumentou 4% em relação ao ano anterior, de 46 a 48.

Mas os resgates aumentaram mais de 650%, passando de 65 no ano fiscal de 2018 para 490 no ano fiscal de 2019.

Christina Patiño Houle, da Equal Voice Network do Vale do Rio Grande, disse que questiona a precisão de qualquer estatística, mas não fica surpresa ao ouvir sobre o aumento das mortes relacionadas a afogamento. É sobre isso que ela e outros ativistas têm alertado, pois eles acreditam que isso só vai piorar à medida que mais muros são construídos.

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