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Publicado em 18/10/2019 as 3:30pm

Amigos se unem para ajudar brasileira que morou em NY e agora luta contra câncer no Brasil

Natural do Rio de janeiro, Marianne Ebert ficou conhecida nos Estados Unidos pelo seu dom de...

Amigos se unem para ajudar brasileira que morou em NY e agora luta contra câncer no Brasil Foto de Marianne publicada na página da campanha.

Natural do Rio de janeiro, Marianne Ebert ficou conhecida nos Estados Unidos pelo seu dom de cantar e atuar. Ela residiu em New York por mais de 25 anos, onde se destacou como cantora e atriz. Atualmente ela está em seu estado natal, ao lado da família, e trava uma luta intensa contra um câncer.

Ricardo Gomes, um de seus amigos conquistados durante o tempo em que morou em New York, decidiu abraçar uma campanha para a ajudá-la. Em um e-mail enviado à redação do jornal Brazilian Times ele destaca que no Brasil, músicos não têm seguro desemprego e por isso, muitos ficam desprovidos se são obrigados a parar de trabalhar para tratar alguma doença. “Por isso vamos nos unir e ajudar a Marianne”, afirma.

De acordo com ele, a cantora está nesta luta há aproximadamente seis meses e as reservas de sua família esgotaram-se, além dos tratamentos serem extremamente caros. Em janeiro de 2013, ela sentiu um nódulo na mama esquerda e dois meses depois, em março, fez um exame de mamografia. Segundo o mastologista, o resultado foi ótimo e não havia nada.

Em outubro deste mesmo ano, ao andar de bicicleta em New York, a cantora sentiu uma forte dor nas costas. Ela não se importou muito e “colocou a culpa” no frio que estava chegando, nas aulas de dança. Em tudo, menos no nódulo no peito esquerdo. Marianne foi a vários ortopedistas em NY e no Rio de Janeiro, tomei muitos anti-inflamatórios e a dor só aumentava.

Em março de 2014, ela viajou ao Brasil para visitar sua família e decidi ir a um clínico geral. Ela ficou assustada quando viu o resultado dos exames. Quando A brasileira tinha câncer de mama que já havia se espalhado para os ossos, fígado e pleura. A única notícia boa é que ela estava no Brasil, ao lado da família e amigos. “Sou abençoada porque tenho uma preciosa família e amigos em NY e no Brasil e posso ficar perto de todos”, disse ela.

Após saber do resultado, imediatamente ela procurou um oncologista e iniciou o tratamento com 10 sessões de radioterapia e depois quimioterapia. Foram dois anos de tratamento e neste período ela perdeu todo o seu cabelo. Além disso, sua vida se tornou uma bagunça: seu marido em NY, ela não conseguia trabalhar, não tinha forças, entre outros problemas.

Mas depois das sessões e um novo medicamento, começou a resgatar minimamente sua independência. Conseguiu visitar seu marido e amigos em NY, mas a cada 28 dias tinha que estar no Brasil, injetando remédios na sua veia. Em maio de 2016, enquanto estava em NY, ela sentiu muitas dores de cabeça e seu médico brasileiro me pediu para fazer uma ressonância magnética do crânio ainda nos Estados Unidos.

Um tumor foi encontrado no cérebro dela e um câncer leptomeníngeo. Marianne precisou passar por uma cirurgia de emergência. Novamente a vida dela se tornou uma maratona médica, passando por cinco sessões de radioterapia craniana, juntamente com imunoterapia, quimioterapia e terapia hormonal.

Como ela não conseguia viajar de avião, teve que fazer todo o tratamento nos Estados Unidos e ela destaca o empenho dos médicos, pois normalmente este tipo de câncer dá ao portador apenas 30 dias de vida. Em maio de 2017, quando completou um ano de tratamento, ainda em NY, teve dificuldade para caminhar e conversar, parte do lado esquerdo do corpo formigava e o lado direito descoordenado. Ela ficou assustada e fraca.

Os médicos, oncologista e radiologista não sabiam o que era. Marianne ficou extremamente debilitada e passou por muitos procedimentos dolorosos e desconfortáveis, entre eles transfusões de sangue porque sua imunidade era 49 em um nível normal que deveria ser de 150. Tomou várias injeções diretamente no fígado com medicamentos quimioterápicos e ingeriu uma quantidade absurda de remédios. Enormes despesas foram se acumulando, “mas a vida não tem preço”.

Eles fizeram vários exames e um deles detectou necrose em parte do cerebelo e, portanto, seu equilíbrio ficou comprometido. Ela não tinha mais o câncer leptomeníngeo, mas não falava bem, não andava e ainda estava muito fraca. Nesta época, Marianne se locomovia somente com cadeira de rodas e precisava de ajuda para fazer até pequenas coisas. Foi quando sua família a levou para o Brasil. “Eles pensaram que eu ia morrer e eu também”, disse ela. “Mas estar no Brasil, com família e amigos, me deu muita força”, continuou.

Em junho de 2018, foram encontrados alguns nódulos na perna esquerda, onde ela sentia muita dor, no fígado e na mama esquerda, gerando mais cinco sessões de radioterapia na perna esquerda e mais seis meses de quimioterapia. A cada três meses ela faz uma ressonância magnética de corpo inteiro (Pet Scan) e uma ressonância de crânio específica. “Eu faço fisioterapia, terapia da fala, hidroterapia, terapia ocupacional e psicologia, entre outros procedimentos”, acrescenta.

Com os tratamentos, duas coisas melhoram: a necrose diminuiu e os nervos encontraram outras maneiras para ela reaprender a andar e conversar, “como um bebê”. Desde então, ela convive diariamente com fortes dores nas articulações e músculos, além do desconforto da quimioterapia, falta de equilíbrio, zumbido frequente no ouvido esquerdo, formigamento no lado esquerdo do corpo, um lado direito descoordenado e fraco. “Alguns dias pioram e eu até choro. Mas sabe de uma coisa. Eu nunca pensei em desistir e estou vencendo esta guerra”, finaliza.

AMIGOS NOS ESTADOS UNIDOS

Ricardo Gomes começou um projeto onde está convidando músicos brasileiros e afrodescendentes para participar de um grupo solido, que vai promover um evento musical. A intenção é unificar a comunidade de músicos brasileiros e gerar fundos que serão revertidos para o tratamento da Marianne.

Ele explica que no momento está doando seu tempo integral para tornar este evento uma realidade. “Mas infelizmente não temos fundos suficiente para cobrir as despesas da produção, como exemplo, pagar pelo local do evento, músicos e outros gastos necessários”, fala. “Mas continuamos otimistas, na busca por patrocinadores e outros que estejam disponíveis a nos ajudar com a divulgação”, continua.

O evento programado por ele exibirá o poder do amor e unificação da comunidade brasileira em New York.

Quem quiser ajudar a tornar realidade este evento e manter o sonho de Marianne de continuar viva, entre em contato através do telefone 646-752-4980.

DOAÇÃO

Quem quiser ajudar pode acessar a página que foi aberta no site Go Fund e fazer uma doação de qualquer valor. O objetivo é arrecadar a quantia de US$50 mil e até a tarde desta quinta-feira havia sido doado quase US$7 mil. O link de doação é https://bit.ly/2MNChS3

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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