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Publicado em 21/10/2019 as 2:00pm

Agentes de imigração estão patrulhando hospitais para encontrar imigrantes doentes e deportá-los

Um agente armado da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos (CBP, sigla em inglês) vagou pelos...

Agentes de imigração estão patrulhando hospitais para encontrar imigrantes doentes e deportá-los Agentes escoltam mulher imigrante em hospital no Texas.

Um agente armado da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos (CBP, sigla em inglês) vagou pelos corredores de uma sala de emergência em um hospital na cidade de Miami, na Flórida. Ele fez isso enquanto há poucos dias, enquanto enfermeiras empurravam macas e carrinhos, enquanto famílias esperavam que os médicos atendessem seus entes queridos doentes.

O agente, usando uniforme verde-oliva, entrou em saiu livremente da sala para onde uma mulher foi levada de ambulância após vomitar e desmaiar depois de ter sido detida por violação das leis de imigração. As informações foram divulgadas por ativistas que presenciaram a cena.

A presença de agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) está se tornando cada vez mais comum em instalações de saúde em todo o país e os hospitais estão buscando maneiras de proteger os direitos de seus pacientes em meio a crescente onda de políticas de imigração de Donald Trump.

Alguns médicos dizem que o aumento da presença de agentes de imigração pode prejudicar a saúde pública em cidades com grandes populações de imigrantes, assuntando pacientes que precisam de cuidados.

Normalmente, oficiais do ICE entram nos hospitais quando os detidos precisam de atendimento de emergência ou tratamento especializado. Em muitos casos, eles escoltam os imigrantes doentes para o hospital após detê-los na fronteira.

Em outras situações, os agentes detêm os imigrantes após eles saírem dos hospitais.

Em 2017, os agentes da Patrulha da Fronteira seguiram uma menina imigrante, de 10 anos de idade, com paralisia cerebral até um hospital no Texas. Após ela passar por uma cirurgia, elas a levaram sob custódia. A menina chegou aos EUA, vinda do México, quando ainda era criança.

Médicos, ativistas e familiares reclamam os agentes estão algemando os pacientes imigrantes e causando medo ao circularem pelos hospitais.

O American Medical Association Journal of Ethics dedicou toda a sua edição de janeiro à assistência médica a imigrantes que estão no país ilegalmente, incluindo uma discussão sobre se as instalações médicas devem se declarar "hospitais-santuário", semelhante às “cidades santuários”.

“Nossos pacientes não devem temer que sua entrada em um hospital resulte em prisão ou deportação. Nas instalações médicas, os pacientes e familiares devem se concentrar apenas na recuperação e na saúde, não sobre seu status de imigração”, afirmou a associação em um comunicado.

Elisabeth Poorman, médica da Universidade de Washington, em Seattle, afirma que as instalações precisam treinar constantemente suas equipes sobre como interagir com os policiais e pacientes imigrantes nessas situações.

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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