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Publicado em 21/10/2019 as 5:00pm

Senadora de MA desponta como favorita após debate democrata

As primárias democratas para definir quem será o candidato do partido nas eleições...

Senadora de MA desponta como favorita após debate democrata A senadora Elizabeth Warren fala durante o quarte debate das primárias democratas em Westerville, Ohio Foto: Shannon Stapleton / REUTERS.

As primárias democratas para definir quem será o candidato do partido nas eleições presidenciais americanas de 2020 deram uma guinada na noite de terça-feira, com a senadora de Massachusetts Elizabeth Warren emergindo como a candidata mais forte e os demais candidatos procurando desgastá-la.

Após começar o ciclo eleitoral em terceiro nas pesquisas, atrás do ex-vice-presidente Joe Biden e do senador de Vermont Bernie Sanders, Warren, que faz parte da ala à esquerda do Partido Democrata, experimentou um crescimento estável, chegando ao debate em Ohio em um empate virtual com Biden — que, até aqui, não conseguiu empolgar em um só debate e sofre em razão de sua idade avançada (76 anos) e das acusações de Donald Trump contra o seu filho, Hunter Biden, que fez negócios na Ucrânia e na China enquanto o pai era presidente.

O número de ataques durante o debate deixou clara a ascensão de Warren, que também foi, de longe, a candidata que mais tempo falou — 22 minutos e 50 segundos, contra 16 minutos e 40 segundos de Biden, o segundo colocado. Ela foi alvo dos concorrentes 16 vezes, enquanto Biden e Sanders só foram atacados duas vezes cada, e nenhum dos outros candidatos foi criticado mais de uma vez.

O número de ataques também evidencia qual deve ser a próxima tendência da disputa democrata, cujo próximo debate está marcado para o dia 20 de novembro, em Atlanta. Até a noite de terça, Warren quase não enfrentara hostilidade dos concorrentes, o que mudou notavelmente.

As perguntas dos rivais indicam os flancos da senadora que devem ser explorados. A agenda de Warren, sobretudo em assuntos como saúde pública e impostos, foi classificada como inviável financeiramente e demagógica, como se suas promessas fossem impraticáveis e incitassem a luta de classes.

Pete Buttigieg, o mais agressivo dos concorrentes na noite de terça, a pressionou sobre como financiar a proposta de assistência médica universal, e insistentemente perguntou se ela aumentaria os impostos da classe média. A senadora Amy Klobuchar chamou boa parte da plataforma de Warren de “uma quimera inviável”. O ex-deputado Beto O’Rourke, ele próprio à esquerda do centro democrata, disse, em alusão ao plano de Warren de taxar fortunas acima de US$ 50 milhões — medida que, segundo ela, afetaria 0,1% da população, ou 75 mil pessoas, e permitiria universalizar o ensino superior gratuito —, que a prioridade da senadora era “punitiva” e “pôr partes do país umas contras as outras”.

Em relação à saúde pública — tema que dominou os outros três debates, e teve importância menor em Ohio —, Warren evitou responder imediatamente se aumentaria os impostos da classe média, limitando-se a afirmar que “os custos” aumentariam “para os ricos”. Na pergunta sobre os impostos sobre grandes fortunas, a senadora foi mais clara, e afirmou que “os custos subirão para as empresas ricas e grandes, e para as famílias trabalhadoras da classe média, os custos diminuirão”.

A proposta de taxação sobre grandes fortunas ocupou boa parte do primeiro bloco, considerado o mais importante, quando a atenção e o número de espectadores são mais elevados. A participação de Warren fez com que a maioria da imprensa americana a destacasse como vencedora do debate. O conjunto de jornalistas do New York Times a elegeu como a vencedora, com nota 7,3 sobre 10.

“Sua defesa firmemente equilibrada contra ataques implacáveis solidificou a percepção de que agora Warren é a favorita. Recusar-se a dizer que aumentaria os impostos para pagar pela saúde para todos a prejudicou no debate, mas a ajudará na corrida”, disse o repórter Will Wilkinson. O estatístico Nate Silver, do site 538, também fez uma pesquisa após o debate que constatou que Sanders e Warren tiveram melhor recepção.

O debate de três horas foi criticado por não incluir nenhuma pergunta sobre mudanças climáticas. A 15 minutos do final, o moderador da CNN Anderson Cooper pediu aos candidatos que compartilhassem uma "amizade surpreendente que tiveram” e “o impacto que a amizade teve sobre eles”. A questão levantou críticas até de candidatos. “Três horas e nenhuma pergunta hoje à noite sobre clima, moradia ou imigração. A mudança climática é uma ameaça existencial. Os Estados Unidos têm uma crise imobiliária. As crianças ainda estão em celas na nossa fronteira”, tuitou o candidato Julián Castro.

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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