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Publicado em 8/11/2019 as 1:00pm

Quatro brasileiras e um brasileiro vencem as eleições em Massachusetts

O dia 05 de Novembro de 2019 ficará marcado na história da comunidade brasileira que vive em...

O dia 05 de Novembro de 2019 ficará marcado na história da comunidade brasileira que vive em Massachusetts. Isso porque além de ser dia de eleição neste país, quatro brasileiras e um brasileiro conseguiram se eleger para cargos públicas em suas respectivas cidades. Eles ocuparão em 2020 cargos de vereador e membros do Comitê Escolar.

Três das brasileiras foram eleitas para vereadoras e uma para o comitê escolar. Elas são oriundas de Minas Gerais e Goiás e atuarão em cidades importantes no estado, tais como Framingham e Everett. O brasileiro foi reeleito para o comitê escolar.
O Brazilian Times acompanhou toda a campanha eleitoral e destacou o trabalho de cada um dos candidatos brasileiros, bem como foram realizadas as reuniões e eventos de arrecadação de fundos.

RITA MENDES, A MULHER MAIS VOTADA DE BROCKTON

Rita Mendes foi a mulher mais votada em Brockton.

A mineira de Conselheiro Pena, Rita Mendes, tem 35 anos de idade, foi eleita vereadora em Brockton, tendo sido a mulher mais votada na cidade. Com o sonho de construir um futuro para a família, no ano de 2002 seus pais deixaram a cidade com destino aos Estados Unidos.

Na época, Rita tinha 12 anos de idade e além da diferença de cultura, a família encontrou a barreira do idioma. Quando ela chegou aos 18 anos, trabalhou na área imobiliária e tudo parecia estar trilhando no caminho certo. Mas com a crise de 2008, ela perdeu tudo.

Sem desanimar, Rita encontrou emprego em uma loja do Dunkin´ Donuts, mas sempre mantendo vivo o sonho de formar uma carreira de sucesso. Ela conseguiu se formar em Ciência Política e entrou na escola de Direito, passando de primeira no teste do BAR (semelhante ao exame da OAB no Brasil).

Depois disso, Rita Medes iniciou uma carreira de sucesso como advogada de imigração, ajudando milhares de pessoas, principalmente imigrantes.

No início da campanha, Rita disse que foi desacreditada e muitas pessoas diziam que seria impossível ela vencer, primeiro pelo fato de ser brasileira e a região não ter muitos imigrantes de sua terra natal. Mas o pessimismo das pessoas não a desanimou.

Rita seguiu atrás dos votos necessários para se eleger e visitou todas as comunidades imigrantes e até os eleitores norte-americanos. Apresentou seus projetos e ideias e conseguiu conquistar voto a voto através do corpo a corpo. Ela obteve 5570 votos.

MARGARETH SHEPARD, REELEITA PELO BOM TRABALHO

Margareth Shepard foi reeleita para vereadora em Framingham.

Nascida em Goiânia, Margareth Shepard foi reeleita para o seu segundo mandato. Ela garantiu seu retorno ao assento no sétimo distrito da Câmara de Vereadores de Framingham, onde cerca de 10% da população é brasileira.

Ela chegou aos Estados Unidos em 1992, trabalhou como baby-sitter e na área de limpeza de casas. Este último ela mantém até os dias atuais, pois tem uma companhia de limpeza residenciais.

Margareth entrou para a história como a primeira brasileira a ser eleita para um cargo público nos Estados Unidos. Sua reeleição se deve ao bom trabalhou que desempenhou ao longo do seu mandato. Ela conseguiu construir uma plataforma de trabalho voltada para as minorias, principalmente as comunidades imigrantes.

Além disso, Margareth abriu várias portas e se tornou uma política influente na sua região.

STEPHANIE MARTINS, UMA DEFENSORA DO IMIGRANTE

Stephanie Martins possui plataforma em defesa do imigrante.

O pai de Stephanie Martins se mudou de Belo Horizonte, Minas Gerais, para os Estados Unidos quando ela tinha apenas três meses de vida. Depois de 15 anos, ela se juntou a ele. Neste período, ela viu o pai apenas duas vezes, uma quando ela tinha seis anos e ele visitou o Brasil e outra na adolescência quando foi legalizada sua situação para entrar no país.

Quando chegou aos EUA, Stephanie entrou para a faculdade e sempre trabalhou. Em seu currículo consta trabalhos em supermercados, lojas de roupa, banco e agência de venda de carros. Após a sua graduação como Legislação, a mineira conseguiu emprego como assistente legal.

Atualmente, Stephanie é proprietária, ao lado do marido, de uma empresa imobiliária na cidade de Everett, onde se elegeu para vereadora. Ela já tinha concorrido para a vaga em 2017, mas não teve sucesso.

Ela destaca que se eleger não foi fácil, pois os eleitores de Everett, mesmo sendo descendentes de imigrantes, votam com pensamento conservador quando o assunto é imigração. Ela conseguiu 2263 votos.

PRISCILA SOUSA, UMA VOZ BRASILEIRA NA DEFESA DOS ESTUDANTES IMIGRANTES

Priscila Sousa, uma voz brasileira no comitê escolar de Framingham

Nas eleições de 2017, Priscila Sousa concorreu à Prefeitura de Framingham, mas não foi bem sucedida. Agora ela veio decidida a vencer e começar a escrever a sua história na comunidade e na política norte-americana. Ela se elegeu para membro do Comitê Escolar da cidade.

Priscila nasceu em Ipatinga, Minas Gerais, e chegou aos EUA quando tinha apenas sete anos de idade, em 1995. Sua eleição aconteceu baseada na promessa de que vai lutar para oferecer uma melhor educação às crianças com necessidades especiais, principalmente filhos de imigrantes.

MARCONY ALMEIDA, A POLÍTICA NO SANGUE

Marcony Almeida disse que sentiu necessidade da representatividade brasileira no comitê escolar de Everett.

Natural do Alagoas, Marcony Almeida sempre teve destaque na comunidade brasileira, pois desde que chegou aos Estados Unidos, há 20 anos, sempre foi envolvido em ativismo social e comunitário. Ele obteve uma votação surpreendente para membro do comitê escolar de Everett.

Marcony destaca que o português é a terceira língua mais falada nas escolas da cidade e que o comitê escolar não tinha nenhuma representatividade brasileira. De acordo com ele, eram nove americanos que dó falam inglês e desconhecem as reais necessidades dos alunos imigrantes.

Para se eleger, Marcony disse que evitou falar sobre imigração e focou sua campanha nas questões educacionais. Mas agora ele vai apresentar projetos que beneficiem todos os alunos, inclusive os imigrantes.

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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