DHS afirma que reconhecimento facial será aplicado a todos os viajantes dos EUA

O Departamento de Segurança Interna quer usar a tecnologia de reconhecimento facial para identificar todas as pessoas que entram e saem dos Estados Unidos - incluindo cidadãos dos EUA. Em uma declaração recente, o DHS propôs alterar as regulamentações existentes "para estabelecer que todos os viajantes possam ser fotografados na entrada e ou saída do país, como nos aeroportos”.

Michael Hardin, diretor de planejamento e política interna e externa do DHS, disse à CNN Business que a regra está nos "estágios finais da liberação". Mas, como ainda não foi publicado, não entrará em vigor até depois de um período debates públicos.

A tecnologia de reconhecimento facial, que normalmente combina uma imagem de uma pessoa em uma foto ou vídeo com uma imagem estática em um banco de dados, está se tornando cada vez mais comum em aeroportos do mundo todo, à medida que governos e companhias aéreas a usam para fins de segurança e check-in.

O governo dos EUA, em particular, tem usado o reconhecimento facial nos últimos 20 anos, mas intensificou o uso desta tecnologia nos aeroportos recentemente.

Até o momento, qualquer pessoa que não seja cidadão dos EUA, que chega aos Estados Unidos, é fotografado e digitalizado em sua chegada, mas isso não é um requisito para os cidadãos.

Em 2017, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para acelerar a implementação completa da biometria aeroportuária para todos os viajantes domésticos e internacionais.

No entanto, embora o DHS tenha dito que a mudança de regulamento proposta visa ajudar a identificar criminosos e impedir a fraude de documentos de viagem, a União Americana das Liberdades Civis afirmou, nesta segunda-feira (02) que isso poderá ser usado pelo ICE para perseguir imigrantes indocumentados que utilizam voos domésticos no país.

“Os viajantes, incluindo cidadãos dos EUA, não deveriam ter que se submeter a exames biométricos invasivos simplesmente, como uma condição para que possam exercer o seu direito constitucional de viajar", disse o analista sênior de política da ACLU, Jay Stanley, em comunicado. "A insistência do governo em avançar com a implantação em larga escala dessa poderosa tecnologia de vigilância levanta profundas preocupações com a privacidade".

Fonte: Redação - Brazilian Times.