Donos de estúdio de dança em CT afirmam que leis de imigração prejudica o setor

Quando nenhum norte-americano respondeu a seus vários anúncios para contratar um instrutor de dança, a proprietária de estúdio de Connecticut, Chris Sabourin, procurou no exterior um candidato qualificado. Mas, novamente, ela ficou frustrada devido ao aperto federal das regras para a solicitação de vistos. “Isso está prejudicando a indústria da dança de salão”, afirmou ela e outros que atuam na mesma área.

Sabourin acabou desistindo de contratar um funcionário em potencial depois de tentar durante todo o ano de 2018 e gastar milhares de dólares. Ela tentou assinar com uma dançarina de salão da Grécia para ensinar em seu estúdio o Fred Astaire, na cidade de Orange (CT). Mas a mulher foi detida no Aeroporto Internacional JFK, em New York City, e enviada de volta para casa.

"Seria bom saber por que estamos passando por este momento tão difícil", disse Sabourin. "Isso afeta nossos negócios, definitivamente", continuou.

Com um interesse constante em aprender danças icônicas como o foxtrot e o tango, alimentados em parte por programas populares de televisão como "Dancing with the Stars", proprietários de estúdios como o de Sabourin dizem que seus esforços para contratar instrutores profissionais são dificultados pela rigorosos aperto nas leis de imigração.

Os proprietários, representantes das cadeias de estúdios de dança Arthur Murray e Fred Astaire e advogados descrevem que os causadores dos atrasos para pedidos de visto e um aumento geral de solicitações de provas, incluem informações redundantes e outros documentos.

Eles afirmam que a administração do presidente Donald Trump ergueu um “muro invisível” de numerosos obstáculos que tornou difícil para todos os tipos de indústrias dos Estados Unidos, desde a dança de salão aos campos educacionais, contratar trabalhadores estrangeiros para vagas em que eles tiveram dificuldade para preencher com candidatos norte-americanos qualificados.

Uma revisão dos dados dos Serviços de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS, sigla em inglês), divulgados em janeiro pela Associação Americana de Advogados de Imigração, constatou que o tempo médio de processamento de casos aumentou 46% entre o ano fiscal de 2016, o último ano completo da administração anterior e o ano fiscal de 2018 - de 6,5 meses a 9,48 meses.

Em seu depoimento para o Congresso, em julho, a presidente da associação, Marketa Lindt, disse que o total de casos em atraso no USCIS ultrapassou 5,69 milhões no último ano fiscal, um aumento de 69% em relação ao ano fiscal de 2014.

Enquanto isso, registros federais revisados pela Associated Press mostram que houve um ligeiro aumento desde 2017 nas recusas de pedidos visto de indivíduos com “habilidade ou qualificações extraordinárias”.

Fonte: Redação - Brazilian Times.