Acusado de estuprar brasileira e outras mulheres pode pegar prisão perpétua

“Ele ganhou a confiança delas e as estuprou”. Com esta frase um Promotor iniciou a acusação em um Tribunal de San Diego, Califórnia, na terça-feira, dia 10. Seth Roberts, tinha 18 anos quando supostamente agrediu sexualmente sua namorada em um acampamento na cidade de Bonita e, um mês depois, estuprou uma au pair brasileira que estava em férias em La Jolla. Além delas, ele teria agredido sexualmente uma mulher de Otay Mesa que conheceu em um ponto de ônibus. Todas estas acusações foram feitas pelo Ministério Público.

Durante a audiência de terça-feira, todas as três mulheres testemunharam no Tribunal Superior de San Diego. Elas afirmaram que no outono de 2018, o acusado as agrediu sexualmente e ameaçou dois estranhos com uma faca.

Depois de ouvir as vítimas e vários investigadores policiais, a juíza Maureen Hallahan ordenou que Roberts, agora com 19 anos, fosse julgado por oito acusações de estupro e outras acusações de crimes sexuais, além das acusações de que ele usava uma faca durante os ataques.

Ele poderá pegar 190 anos ou prisão perpétua se for condenado por todas as acusações, de acordo com a vice-promotora Judy Taschner. "O que vemos nessas mulheres é quanta culpa e vergonha elas carregam pelo fato de confiar neste réu", disse Taschner ao juiz no final da audiência preliminar.

Cada uma das mulheres foi citada no tribunal apenas pelas suas iniciais. A ex-namorada do acusado testemunhou que o conheceu em Oklahoma, através das mídias sociais, quando tinha 17 anos e eles namoraram um pouco mais de dois meses antes de ela fugir de casa com ele.

Eles pegaram carona para Los Angeles com um caminhoneiro, em outubro de 2018, e chegaram a San Diego cerca de uma semana depois.

De acordo com o testemunho dela, os dois estavam acampando em Bonita, no dia 18 de outubro, quando iniciaram uma discussão, na barraca deles. “Roberts me jogou ao chão várias vezes, depois segurou minhas mãos sobre a cabeça e me estuprou enquanto dizia que a amava e queria "começar uma família", afirmou ela.

Segundo a jovem, depois do estupro, Roberts se vestiu e foi trabalhar. Ela contratou um motorista do Uber para levá-la a uma parada de caminhões no Arizona. O motorista percebeu que algo estava errado e chamou a polícia quando chegou ao destino. Esses policiais encaminharam um relatório para a polícia de San Diego.

A brasileira, com a ajuda de um intérprete, disse que 17 de novembro de 2018, Roberts começou a conversar com ela enquanto caminhava pela praia em Pacific Beach.

Ela disse que veio do Brasil para os Estados Unidos para trabalhar como au pair, cuidando de crianças em troca de alojamento e alimentação. “A família anfitriã me levou de férias para La Jolla”, afirmou.

A vítima disse que o acusado afirmou que tinha uma namorada brasileira e a convidou para conhecê-la. Os dois foram até uma casa na Reed Avenue. “Mas ao chegar, entramos em um pátio lateral e ele me pediu um beijo”, disse acrescentando que depois o acusado colocou uma faca na garganta dela e ameaçou matá-la se ela não fizesse o que ele queria.

A brasileira afirmou que Roberts a estuprou e depois "saiu o mais rápido que pôde". “Eu não contei à família anfitriã imediatamente porque tive medo do que eles pensariam ou fariam e que eu poderia perder o emprego”, continuou.

Um detetive confirmou que Roberts não morava no endereço onde ele cometeu o estupro. O acusado foi preso em 5 de dezembro de 2018, em uma casa na cidade de Chula Vista, depois de ter sido acusado de um terceiro estupro.

Fonte: Redação - Brazilian Times.