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Publicado em 14/12/2019 as 12:00pm

Filha de brasileira é candidata ao Senado da Califórnia

Ann M. Ravel foi Comissária Democrática da Comissão Federal de Eleições, uma agência...

Filha de brasileira é candidata ao Senado da Califórnia Ann Ravel lembra sofrimento vivido pela mãe e avó, no Brasil, para levantar bandeira a favor das mulheres nos EUA

Ann M. Ravel foi Comissária Democrática da Comissão Federal de Eleições, uma agência reguladora independente criada pelo Congresso para administrar e fazer cumprir a lei de financiamento de campanhas. Ela também é ex-advogada do Condado de Santa Clara e ex-presidente da Comissão de Práticas Políticas Justas na Califórnia.

Agora ela é candidata a senadora pelo 15º Distrito da Califórnia.

Apesar do nome, ela é filha de uma brasileira que emigrou para os Estados Unidos na década de 80. Ann lembra que quando jovem, em San José, acordou com sua mãe gritando, durante à noite, assombrada por suas memórias de infância. “Minha mãe era imigrante que ficou órfã aos 11 anos de idade, no Brasil. Ela viu minha avó, a mãe dela, morrer após um aborto auto-induzido”, fala.

Ela destaca que sua mãe foi moldada ao testemunhar o que acontece quando legisladores desumanos desrespeitaram e privaram as mulheres do acesso a cuidados de saúde. “A indiferença matou minha avó, que vivia na pobreza e tentou melhorar a vida de suas quatro filhas”, continua.
Ann fala que isso foi em 1936, no Brasil. “Outro país em outra época”, disse.

Com este mesmo pensamento, agora em 1987, Ann já começava a fazer a diferença em sua comunidade. Ela atuou como parte da equipe jurídica no caso Johnson v. Transportation Agency, na Suprema Corte dos Estados Unidos.

Como advogada no escritório do Conselho do Condado de Santa Clara, ela já havia julgado o caso, defendendo uma mulher que os supervisores da agência não queriam contratar porque ela era vista como uma “encrenqueira”.

Hoje, quase 30 anos depois, ela continua lutando pelas mulheres no local de trabalho e os abusos sofridos por elas. “Apesar de um crescente padrão nacional de desrespeito e indiferença em relação às mulheres, estamos progredindo”, destaca. “Mas ainda não é o suficiente. Aqui no condado de Santa Clara, demorou até 2018 para o Conselho de Supervisores garantir que os kits de estupro fossem testados - apesar do fato de que os casos de agressão sexual estavam aumentando”, continuou.

Ela celebra que Conselho finalmente deu um passo a frente, mas lamenta que dezenas de milhares de sobreviventes e vítimas provavelmente ficaram sem justiça.

Entre suas propostas e trabalho para 2020, Ann afirma que continuará lutando por:

• Cobertura garantida para uma gama completa de serviços de saúde reprodutiva, para que nenhuma mulher tenha que fazer a escolha que sua avó fez.

• Aplicação de leis de igualdade de remuneração, para que todo californiano receba o que é devido.

• Leis reforçadas contra o assédio, para que ninguém se sinta insegura no local de trabalho ou online.

• O fim da discriminação da gravidez no local de trabalho.

• Licença parental expandida e acesso a cuidados infantis de qualidade a preços acessíveis, para que as famílias tenham uma chance justa.

• Maior representação feminina no governo, em conselhos, em cargos de nível C.

“Peço a todos, homens e mulheres, que se juntem à luta pela equidade. Espero que você se junte a nós”, finaliza.

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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