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Publicado em 24/01/2020 as 6:00pm

Antes de chegar ao Brasil Goiano enfrenta descaso na Embaixada brasileira no Peru

O jornal Brazilian Times acompanha a viagem do goiano Paulo Henrique, que saiu da Califórnia no...

Antes de chegar ao Brasil Goiano enfrenta descaso na Embaixada brasileira no Peru Visita Cidade Perdida no Peru.

O jornal Brazilian Times acompanha a viagem do goiano Paulo Henrique, que saiu da Califórnia no dia 1º de Dezembro rumo ao Brasil. Com quase dois meses de viagem, ele conheceu alguns países da América Central e do Sul, novas culturas, fez amizades e passou por maus e bons momentos. A aventura já está quase no fim e nos próximos dias, ele estará em território brasileiro.

Mas antes de entrar na América do Sul, Paulo ficou 15 dias parado em Cartagena (Colômbia), a esperar pela entrega do seu carro. Ele explicou à redação deste jornal que precisou embarcar o veículo no Panamá e o processo foi mais difícil e demorado do que o esperado. “A burocracia do setor aduaneiro foi bastante complicado e moroso”, afirma.

Assim que pegou seu veículo, Paulo retornou à sua aventura e seguiu viagem. Passando pela Colômbia, ele destaque que o país tem três cordilheiras e foi o lugar mais difícil para dirigir. “A geografia da região aliada aos maus condutores oferece um grande perigo. Os motoristas não precisam fazer testes para entender a legislação de trânsito”, disse. “Mas as péssimas condições das rodovias são o que mais contribuem para dificultar a nossa direção e tornar a viagem mais demorada”, continua.

Paulo acrescenta que as condições das estradas o obrigou a forçar muito o motor do veículo, o que acabou quebrando-o. “Mais uma vez fiquei parado a espera de resolver o problema”, fala que contou com a ajuda de um “anjo da estrada”, para o salvar.

De acordo com ele, um colombiano deixou de lado o seu caminhão e o trabalho de um dia para se colocar à disposição do goiano. “Eu estava preocupado porque não conhecia a região e ele me ajudou a encontrar uma boa oficina, me ajudou a encontrar as peças de reposição na Venezuela, pois na Colômbia não havia mecânica para o meu tipo de veículo”, fala. “Se ele não tivesse me ajudado, não sei o que faria, pois teria uma tremenda dor de cabeça para encontrar o material que o mecânico precisava para arruma o carro”, seguiu.

Com a ajuda do caminhoneiro, Paulo conseguiu fazer o pedido e alguns dia depois ela chegou. O veículo foi consertado e ele seguiu viagem, rumo ao Equador.

Mas nem tudo foi pedras nesta parte do percurso. Paulo curtiu momentos de descontração em Cartagena, uma cidade portuária na costa caribenha da Colômbia. À beira-mar, fica a murada Cidade Antiga, fundada no século XVI, com praças, ruas de paralelepípedos e coloridos prédios coloniais. Com um clima tropical, a cidade também tem praias muito procuradas. 

Uma região linda e que o goiano fez questão de conhecer durante o tempo que ficou parado, a espera de seu veículo. Depois de sair da Colômbia, Paulo passou pelo deserto no Peru, que acompanha quase toda a Costa do Pacífico. Apesar de ser considerado o mais seco do planeta, ele oferece um dos lugares mais bonitos do mundo.

Paulo também conheceu o Observatório de Linhas e Geoglifos de Nazca, visitou a cidade perdida no Peru e teve  a oportunidade de participar de uma festa tradicional em Puno, uma região andina e um centro de comércio regional considerado a "capital folclórica" do Peru, devido aos festivais tradicionais com música e dança vibrante. 

Durante este percurso Paulo encontrou pessoas que moram em casas feitas de pedras naturais. “Tudo muito simples e primitivo, mas lindo e emocionante”, fala. “Também tive a oportunidade de caminhar pela Cordilheiras dos Andes antes de entrar no Brasil”, continua.

Paulo entrou no território brasileiro através do estado do Acre. Quando ele conversou com a redação do BT, no dia 20, estava na cidade de Rio Branco. Devido a uma incompatibilidade do combustível brasileiro com o veículo fabricado nos Estados Unidos, Paulo foi obrigado a seguir viagem em um ônibus sentido Goiás. “Não entendi direito, mas ocorreu uma falha no funcionamento da camionete”, afirma. “O veículo foi embarcado em um caminhão-cegonha até Goiânia”, segue.

Ele destaca que durante toda a sua aventura encontrou pessoas que se dispuseram a ajudar e deram total apoio para que ele seguisse o seu sonho. “Mas infelizmente fiquei decepcionado com a Embaixada do Brasil no Peru. Eles fizeram um descaso e não forneceram os documentos que eu precisava para entrar em meu país natal. Fui com fé até a fronteira e a receita federal me atendeu e muito bem”. 

Paulo explica que recebeu um atendimento cinco estrelas na Receita, mas na Embaixada foi um descaso. “Acredito que a falta de apoio se deve ao despreparo dos funcionários sobre leis e como proceder no meu tipo de caso”, afirmou. “Agora é curtir as memórias desta aventura que me engrandeceu como ser humano”, finaliza.

Camionete desembarcada após chegar Venezuela
Em frente Embaixada do Brasil no Peru
Momentos de descontração em Cartagena
Paulo na divisa do Peru com o Brasil.

 

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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