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Publicado em 5/02/2020 as 10:00am

Advogado brasileiro afirma que “diretor do ICE é contra operações que visam prender trabalhadores imigrantes”

O advogado Ludo Gardini, especializado em imigração, publicou uma nota nas suas redes sociais...

Advogado brasileiro afirma que “diretor do ICE é contra operações que visam prender trabalhadores imigrantes” David Marin afirma que sua equipe não aceita grandes operações que visam trabalhador imigrante.

O advogado Ludo Gardini, especializado em imigração, publicou uma nota nas suas redes sociais onde afirmou que um diretor do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) são contra as grandes operações que visam prender imigrantes indocumentados que não são criminosos. De acordo com a publicação, no verão passado, o presidente Donald Trump lançou ameaças de ataques em massa focados em registros criminais de imigrantes, em dez cidades santuário. 

Los Angeles, na Califórnia, estava entre elas, mas nada aconteceu. Embora houvesse poucas operações na época, o pânico prevaleceu nas comunidades estrangeiras. O diretor do escritório do ICE na cidade, David Marin, explicou por que, nos últimos anos, nenhuma incursão em larga escala foi vista na região, habitada por um milhão de pessoas indocumentadas.

"Não sou favorável a isso", disse o funcionário, acrescentando que a estratégia gera medo nos locais hispânicos e acaba afetando as ações de equipes envolvidas na busca de fugitivos. Não acho que seja necessário fazer operações massivas. A única coisa que gera é que todos na comunidade se preocupam e dizem que há ataques. Iríamos a um lugar, cercaríamos a área, prenderíamos muitas pessoas e as deportariam. Porque é mais eficaz fazê-lo todos os dias”, disse o diretor.

O ponto de vista de Marin não mudou desde que ele começou a deter imigrantes indocumentados durante o governo de Barack Obama. Suas opiniões ainda não são incendiárias, como as frequentemente ouvidas na Casa Branca e na sede do ICE. Ele até afirma que seus policiais não colocam sob custódia nenhum imigrante indocumentado, sem distinguir se é um assassino condenado ou um homem de família que estava a caminho do trabalho.

“Não prendemos todas as pessoas com quem entramos em contato, com quem estabelecemos uma causa provável, que não deveriam estar aqui. Usamos nossa discrição”, disse o funcionário.

Eles fazem exceções, se verificarem o registro criminal de um detento e perceberem que ele tem um processo de imigração pendente. “Pode não fazer sentido colocá-los sob custódia, a menos que tenham cometido algum outro crime. Mas, se eles já estão passando pelo processo de imigração, têm uma audiência e já viram um juiz de imigração, então pode não fazer sentido detê-los”, disse ele.

As estatísticas, no entanto, mostram que os agentes do ICE não perdoaram tanto na era Trump. Em dezembro, um estudo realizado pela TRAC (Transactional Records Access Clearinghouse) revelou que, desde 2017, a agência detém menos pessoas com um histórico criminal grave e mais do que quem não tem ou apenas cometeu pequenos delitos.

A redução passou de pouco mais de 8 mil prisões de pessoas com crimes graves, em outubro de 2017, para cerca de 6 mil, em abril passado, segundo essa análise. O TRAC observa que as condenações relacionadas ao terrorismo e às quadrilhas "são extraordinariamente raras" em indocumentados.

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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