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Publicado em 17/05/2020 as 12:00pm

Ativistas e legisladores discutem libertação de imigrantes

Carlos Escobar-Mejia, 57 anos, morava nos Estados Unidos há 40 anos, morreu em 06 de maio de...

Ativistas e legisladores discutem libertação de imigrantes Deputada Patricia Montes, Senador Ed Markey e Natalicia Tracy.

Carlos Escobar-Mejia, 57 anos, morava nos Estados Unidos há 40 anos, morreu em 06 de maio de COVID-19 enquanto estava detido em uma instalação de imigração em San Diego, na Califórnia. A morte dele marcou a primeira relacionada ao coronavírus em um centro de detenção do Departamento de Imigração e Alfandega (ICE, sigla em inglês).

O senador Ed Markey (Democrata-MA) juntou-se a ativistas de imigração na sexta-feira, dia 08, em uma conversa on-line para discutir os impactos do COVID-19 na comunidade de imigrantes. "Este é um momento de grandes desafios para o nosso país", disse ele. "O coronavírus ajudou a erguer a rocha para que possamos ver toda a injustiça que existe".

Até sexta-feira, pelo menos 788 pessoas detidas pelo ICE contraíram a COVID-19. Segundo dados divulgados em 8 de maio, a população total detida era de 29.675, mas apenas 1.593 detidos passaram por testes da doença. Quase 50% dos que receberam um teste deram positivos para o coronavírus.

Pesquisas sugerem que as taxas de infecção dos detidos vão disparar. "Um novo modelo estatístico divulgado na semana passada previa que dentro de três meses, a taxa de infecção nas instalações de detenção de imigração, inclusive aqui em Massachusetts, atingirá 70 a 99% dos detentos", disse Fatema Sumar, vice-presidente de Global Programas na Oxfam.

Markey defende a libertação de imigrantes atualmente detidos pelo ICE. "Temos que libertá-lo da detenção, a fim de fornecer a proteção para eles e a qualquer pessoa que eles tenham tido contato", disse.

A Federal Immigration Release for Safety and Security Together, ou FIRST Act, exige essa liberação. O projeto também interromperia a imigração contra indivíduos que não são considerados um risco à segurança. Markey disse que "absolutamente" consideraria co-patrocinar e apoiar o projeto. "É imperativo que adotemos legislação para proteger as pessoas que de outra forma seriam expostas a esta doença", disse ele.

Os senadores Cory Booker (D-NJ) e Pramila Jayapal (D-Wash) divulgaram a FIRST Act em 13 de abril. Booker disse que os centros de detenção são como uma "bomba-relógio".

"Eles estão seriamente em risco de um surto de COVID-19, considerando os próximos trimestres em que os detidos podem enfrentar uma propagação ainda maior e com taxas elevadas de problemas de saúde pré-existentes", afirmou Booker em comunicado à imprensa, acrescentando: "Isso é realmente um problema de vida e morte”.

“Deportar imigrantes só piora os problemas em seu país de origem”, acrescentou Markey. Ele disse que foi o primeiro senador a pedir a suspensão das deportações durante a pandemia, quase dois meses atrás. “Indivíduos indocumentados devem ser tratados como parte de nossa família de saúde", afirmou ele.

Natalicia Tracy, diretora executiva do Centro do Trabalhador Brasileiro (CTB), disse que a pandemia do COVID-19 revelou as grandes desigualdades existentes em todo o país. A Lei de Assistência a Coronavírus, Assistência e Segurança Econômica (CARES), patrocinada pelo senador Mitch McConnell (R-Ky) e aprovada no final de março, forneceu a certos indivíduos de baixa renda um cheque de recuperação no valor de US $ 1.200.

Ela questionou por que a lei não funcionou melhor para incluir todos os contribuintes.

Markey disse que o governo federal deve ajudar imigrantes indocumentados que pagam impostos. "Qualquer pessoa não documentada deve ter o direito de obter assistência financeira se ela contribui para o país declarando seu imposto", disse ele. “Acho que neste momento o que devemos fazer é ajudar as pessoas a sobreviver. É perigoso não ajudá-las”, afirmou.

Markey reconheceu o número de trabalhadores essenciais que são indocumentados. Ele disse que essas pessoas precisam de acesso a cuidados de saúde e "dinheiro em suas mãos".

Patricia Montes, diretora executiva do Centro Presente, disse: "Não queremos voltar ao normal depois do COVID, pois o normal dos Estados Unidos violou sistematicamente os direitos humanos”, disse ela. "O sistema de imigração deste país tem sido historicamente um sistema exclusivo e racista que tratou toda a comunidade de imigrantes, especialmente os de cor, como uma ameaça à segurança nacional", acrescentou.

Natalícia Tracy concordou. "Não podemos voltar aos negócios como de costume", disse ela, "porque negócios como de costume significa que nossa comunidade continuará sendo marginalizada, explorada e criminalizada".

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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