A igreja Inacabada de Sabará

Sabará é uma cidade mineira, pertencente a região metropolitana de Belo Horizonte. O princípio de sua história está ligado à descoberta de ouro na região, então conhecida como Sabarabuçu, em finais do século XVII.

Embora poucos, Sabará possui alguns trechos históricos preservados, especialmente no centro da cidade. Casarões que já hospedaram imperadores, chafarizes do século XVIII e diversas Igrejas do período barroco, além da peculiar construção inacabada que pertencia a irmandade dos homens negros.

Rodeada de histórias, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, situada na praça Melo Viana, no centro de Sabará, teve sua construção iniciada em 1768 pela Irmandade dos Homens Pretos da Barra do Sabará, revela a fé e força do negro africano. Os escravos decidiram construir sua própria igreja, mas a decadência das minas de ouro não permitiu que fosse concluída.

A obra, iniciada em 1768, foi abandonada com a abolição da escravatura pela Princesa Isabel, em 1888, cuja lenda diz que “com medo da princesa se arrepender e dos senhores não os deixarem ir embora os escravos saíram correndo em busca da tão sonhada liberdade”, deixando a igreja no estado em que se encontra.

A obra inacabada, trata-se de um importante testemunho dos métodos construtivos da época. Sua arquitetura apresenta detalhes das três etapas distintas de sua construção. Possui, em uma das sacristias, o Museu de Arte Sacra com peças dos séculos XVII e XVIII.

Quem vê as ruínas da igreja não imagina o que há escondido por trás das grandes paredes de pedra sem reboco, a céu aberto. A muralha, porém, protege uma antiga capela de taipa, de 1713. Na sacristia funciona o Museu de Arte Sacra, com imagens e crucifixos dos séculos XVIII e XIX.

Curvas e Formas nas Obras de Eliz Machado

Eliz Machado Dias é arquiteta, designer e escultora. De família mineira, nasceu em Dourados. Viveu em Brasília e Belém, onde se graduou em Arquitetura e iniciou sua vida profissional.

Desde 1992 em Belo Horizonte, tornou-se referência na Arquitetura Efêmera, com vários prêmios nacionais pelo design de estandes para importantes empresas nacionais e multinacionais.

Atuou também como produtora de eventos, tendo concebido e produzido cenários, conceitos de decoração, logomarcas, figurinos e mobiliários.

A partir de 2002, tornou realidade seus sonhos passando a atuar como artista plástica dedicada às esculturas. De personalidade sensível, observadora e determinada, Eliz tem como característica marcante de seu trabalho a busca pela excelência, primando-se pelo cuidado no acabamento de suas peças, no esmero pelas formas geométricas e emprego das curvas e no aprimoramento contínuo das técnicas.

Autodidata, observadora e exaustiva na busca de excelência, como o artesão medieval, Eliz procura extrair do ferro toda sua expressão, sem a utilização de técnicas eletrônicas. Como artista contemporânea, vai além da tendência minimalista e conceitual.

Concebe formas que transmitem emoções, mantendo a simplicidade e a leveza do traço e o poder sugestivo característico da escultura moderna. A artista produz também esculturas a partir da modelagem e fundição. Uma grande realização foi o Monumento Clara Ilumina Minas, uma escultura em tamanho real da nossa cantora mineira eternizada no Museu Clara Nunes em Caetanópolis.

Suas esculturas são carregadas de emoção e situações cotidianas, reescrevendo a arte figurativa com formas plenas de poder de sugestão, preservando, assim, a intensidade da escultura clássica.

A artista participa constantemente de salões, inclusive sendo premiada e muito reconhecida. Sua obra além de espalhada por diversos locais e acervos, encontra-se também em exposição permanente em seu atelier em Belo Horizonte. “A oxidação é a expressão de vida no ferro. As alterações nas peças é o que me fazem sentir o pulsar, as veias presentes nas entranhas das chapas transcendem e transformam minha arte”, explica Eliz.

O equilíbrio é o encontro da entrega e do desafio de ser. A obra de arte tem de se identificar com a emoção, ter a força de “ser” presente e interagir com quem a aprecia”, complementa.

“Corpos que se interagem, formas que se completam dando vida ao inerte. São desafios entre o fraco e o forte, o sutil e o denso, o frio do ferro e o calor humano. A paixão no criar é nítida e a sensibilidade é real, palpável. São concepções poderosas, sensíveis ao olhar, ao toque. É o rijo que se movimenta com a força da alma, fonte geradora de energia e amor.

Eliz Machado Dias é um manancial de imaginação e capacidade que nos leva à reflexão e ao devaneio. (Belkiss Diniz - escultora - nov/07.)”

Você Sabia?

O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa é comemorado no dia 03 de maio.

A data celebra o direito de todos nós profissionais da mídia de investigar e publicar informações de forma livre. Informação é poder, e por isso a tentativa de controlar os meios de comunicação sempre existiu e se chama censura. A Censura é o contrário da Liberdade de Imprensa, e é comum nos regimes ditatoriais não democráticos. Mas a luta pela liberdade de imprensa é constante.

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi criado pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura - no ano de 1993.

A data foi criada para alertar sobre as impunidades cometidas contra centenas de jornalistas como consequência de perseguições por informações apuradas e publicadas por estes profissionais.

Esta Coluna parabeniza cada um de nós profissionais da Imprensa, e faz um tributo a cada um daqueles que batalharam por nossa tão almejada Liberdade, nesse que é o mês que se comemora o dia da “Liberdade de Imprensa”.

Para Refletir:

“Certa vez um sultão sonhou que havia perdido todos os seus dentes. Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho.

— Que desgraça, senhor! — Exclamou o sábio. — Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade!

— Mas que insolente! — Gritou o sultão. — Como se atreve a dizer tal coisa?

E ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas. Mandou também que chamassem outro sábio, para interpretar o mesmo sonho. E o outro sábio disse:

— Senhor, uma grande felicidade vos está reservada!!! O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes!

A fisionomia do sultão iluminou-se e ele mandou dar cem moedas ao sábio. Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou:

— Como é possível? A interpretação que você deu foi a mesma do seu colega. No entanto, ele levou chicotadas e você moedas de ouro!

— Lembre-se sempre, amigo, tudo depende da maneira de dizer as coisas”.
(conto árabe)

Nota: Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.

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Fonte: David Faria