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Publicado em 23/10/2020 as 11:00am

Pete Souza: Trump não tem um "pingo de empatia ou compaixão"

O ex-fotógrafo oficial da Casa Branca participou do documentário "The Way I See It", dirigido por Dawn Porter

Pete Souza: Trump não tem um Souza começou a chamar a atenção nas redes sociais quando usou suas imagens de Obama para comparar os dois presidentes no Instagram

Poucos dias antes da eleição presidencial dos EUA, em 3 de novembro, o documentário "The Way I See It" (A forma com que eu vejo isso, em tradução livre) destaca o ex-fotógrafo-chefe da Casa Branca Pete Souza, natural de New Bedford (MA), enquanto ele reflete sobre as presidências de Barack Obama e Ronald Reagan e como elas diferem de Donald Trump.

A obra dirigida por Dawn Porter, que participou do 2020 Toronto International Film Festival (TIFF), é como o respeito pelo cargo de presidente e a empatia pelo povo dos EUA são extremamente importantes para qualquer pessoa na função de liderança do país.

A mensagem é transmitida ao relembrarmos algumas das fotos mais impressionantes e interessantes tiradas ao longo da carreira de Souza na Casa Branca, em Washington (DC).

“Quero que as pessoas pensem sobre que tipo de pessoa, que tipo de ser humano queremos no escritório do presidente ”, disse Souza ao Yahoo Canada. “Queremos alguém que seja confiante, respeitoso, digno, ético, moral ou queremos alguém que seja um mentiroso, que intimida as pessoas, que pense que a presidência é (somente) sobre ele”.

“Essas são as duas escolhas entre o atual presidente (Trump) e Joe Biden , porque Joe Biden tem as mesmas qualidades de liderança e qualidades humanas de Barack Obama, entretanto, Donald Trump não tem nenhuma delas”, comentou Souza sobre Trump.

Souza fotografou os presidentes democratas e republicanos mais notáveis da história dos EUA (embora ele tivesse significativamente mais acesso a Obama), nunca procurou ser destaque em um documentário.

Ele chamou a atenção de Laura Dern e da equipe de sua produtora, que acabou participando de uma das palestras do livro de Souza e acabou convencendo-o a participar. O lendário fotógrafo manteve suas opiniões políticas para si mesmo, mas quando Trump se tornou presidente dos EUA, ele se viu na obrigação de falar e destacar o comportamento e a retórica com os quais discorda.

Souza começou a chamar a atenção nas redes sociais quando usou suas imagens de Obama para comparar os dois presidentes no Instagram, eventualmente reunindo-as em um livro chamado “Sombra: Um Conto de Dois Presidentes”.

Enquanto a “sombra” é abordada em todo o filme, ele também mostra o forte contraste entre as fotos tiradas de Trump e Obama. Momentos autênticos, emocionais e humanizadores que puderam ser captados por Souza aparentemente não existem do presidente Trump.

“Não sei se eles (sentimentos) existem”, disse Souza. “A única vez em que o vimos supostamente consolando famílias foi depois daqueles dois tiroteios em massa em Ohio e no Texas, e eles praticamente mostraram todas as filmagens dos bastidores, que era sobre ele querer ser tratado como um astro de rock, ele não Ele realmente não consolou ninguém.

Ele simplesmente não tem um pingo de empatia ou compaixão dentro dele, isso não é quem ele é, tudo se trata de si mesmo, não é sobre as outras pessoas", disse o fotógrafo.

"Não sei se essas imagens existem porque esse não é o tipo de ser humano que ele é”, acrescentou.

A importância da imagem estática para a história, "The Way I See It" revela a importância incontestável dessas imagens. As fotografias de Souza, de momentos alegres e perturbadores, podem impactar instantaneamente as emoções.

Algumas das muitas imagens notáveis de Obama incluem o ex-presidente dos EUA e autoridades na "sala de situação" durante o ataque a Bin Laden, o menino Jacob Philadelphia, de 5 anos, sendo tocado nos cabelos por Obama no Salão Oval e várias imagens emocionantes de Obama com suas filhas e esposa, Michelle.

Souza lançou outro livro intitulado “Obama: Um Retrato Íntimo”, uma biografia visual da presidência de Obama. “A imagem pode evocar emoção de uma forma mais visceral do que o vídeo”, explica Souza.

“Todo mundo revela seus próprios antecedentes e preconceitos quando olha para uma imagem estática, mas ao mesmo tempo é uma linguagem universal e acho que as pessoas podem se relacionar com uma imagem e saber que ela é autêntica, assim que a vêem", comentou.

”Essas imagens não são apenas belas, mas também moldam a história, capturando momentos para as gerações futuras verem, se informarem e aprenderem. Seguindo em frente, se Biden se tornar o próximo presidente dos EUA após a eleição de novembro", acrescentou.

Souza planeja telefonar para Biden e “lembrá-lo de que o trabalho de fotógrafo oficial da Casa Branca é documentar a presidência para a história. Para fazer isso, ele precisa dar ao fotógrafo o tipo de acesso que eu tive com o presidente Obama”, disse ele.

“O governo Biden pode determinar se essas imagens serão tornadas públicas ou não, mas, para a história, ele precisa garantir que seu fotógrafo tenha acesso, e não tenho dúvidas de que Biden entenderá isso”.

Pete Souza fotografou os presidentes democratas e republicanos mais notáveis da história dos EUA

 

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