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Publicado em 11/12/2020 as 10:00am

Filhos de imigrantes têm o direito ao ensino da língua inglesa nas escolas

Ansiedade, expectativa, medo, insegurança. Esses são sentimentos comuns entre os imigrantes...

Filhos de imigrantes têm o direito ao ensino da língua inglesa nas escolas Cristiane de Oliveira e Anderson Nunes com os três filhos que participaram do programa ELL, na formatura do mais velho

Ansiedade, expectativa, medo, insegurança. Esses são sentimentos comuns entre os imigrantes brasileiros que chegam à América. A busca por moradia e escola para os filhos estão entre as principais prioridades dos que aportam com suas famílias. E se o desafio de adquirir a nova cultura, língua e hábitos já é imenso para os adultos, imagine para os pequenos que não dominam a língua e precisam encarar um mundo denso de conhecimentos acadêmicos, só que agora em inglês. Os distritos escolares Americanos são responsáveis por fornecer para todas as crianças “internacionais” o ensino necessário do idioma inglês para que possam participar do programa acadêmico referente à sua classe/série junto à escola. Eles também precisam informar aos pais sobre estes programas de forma que eles possam entender.

Cristiane de Oliveira com os três filhos, Guilherme, Nicolas e Giovanni na parada_

 

A coordenadora do programa English Language Learner (ELL) - Aprendizes da Língua Inglesa, do Collegiate Charter School of Lowell (CCSL), Lowell, Massachusetts, Ellen Brady, explica que o objetivo do programa é que os alunos estrangeiros tenham proficiência em inglês de forma que possam alcançar os mesmos níveis desafiadores do conteúdo curricular e rendimento de todos os estudantes. Em seus mais de 25 anos de experiência educacional, Brady ressalta a importância do programa para os alunos e seus familiares, como sendo este um programa de igualdade de oportunidade acima de tudo. “No ato da matrícula, assim que a escola é informada que a língua nativa do estudante é diferente do inglês, um teste de proficiência é realizado. De acordo com as legislações estadual e federal, o distrito escolar é obrigado a avaliar a proficiência em língua inglesa de seus estudantes em termos de fala, escuta, leitura e escrita”, lembra.

Ellen Brady, coordenadora do programa ELL no Collegiate Charter School of Lowell (CCSL)

 

Cristiane de Oliveira é brasileira, mora em Lowell e é mãe de Nícolas (16), Giovanni (13) e Guilherme (11). Em setembro de 2015, recém-chegada do Brasil, ela matriculou os meninos na CCSL. Quando soube do programa aderiu imediatamente. “O ELL ajudou bastante os meus filhos a aprenderem o idioma. Por mais que tentasse ensiná-los, não somos professores, não temos o método, sozinha não conseguiria”, declara. No total, Nicolas e Giovanni ficaram cinco anos no programa, já o mais novo, Guilherme, ficou 4 anos. Todos dominam perfeitamente o idioma, inclusive optam por falar entre si em inglês, deixando o português, sua língua nativa, para as conversas com os pais. “A fluência na língua trouxe segurança para eles. Lembro que quando chegaram na escola e passaram a frequentar o programa, não se sentiam tão sozinhos porque tinham vários alunos nessa situação, ficou mais fácil de enfrentarem”.

Sarah de Melo, em tempos de Covid-90, quando o ensino ainda era presencial_

 

De acordo com Brady, os professores são capacitados pelo método global Sabis Network presente ativamente em mais de 20 países, nos cinco continentes, e já atendeu a milhares de estudantes pelo mundo. O método é mundialmente reconhecido pela não-discriminação de sexo, gênero, raça, cor, origem e incapacidade. No CCSL, as crianças têm aulas de 45 minutos, três vezes por semana, separadamente do grande grupo ou classe. Assim que atingem o nível desejado passam a ter assistência apenas durante os testes, na explicação dos exercícios e interpretação das provas, até finalmente atingirem a média necessária de 4.2, do total máximo da nota, 6.0.

Dos pouco mais de 1.000 alunos da escola em Lowell, 222 estão inscritos no ELL. A maioria são brasileiros seguidos de hispanos e cambórios. Um dos grandes desafios do programa, segundo a coordenadora, é o envolvimento e apoio da família. “Os pais são essenciais porque eles nos ajudam no feedback, principalmente no momento atual (de pandemia e aulas online). Eles maximizam as oportunidades de aprendizado”. A capacitação do corpo docente também é outro grande desafio citado por Brady. “Buscamos professores entusiastas, multi-sensoriais. Eles precisam fazer com que o conteúdo deles seja compreendido por todos os alunos”, ressalta. Afinal, lembra a educadora, aprender conteúdo de ciência, estudos sociais, matemática e espanhol já é desafiador, em outra língua, é ainda mais.

Luciano de Melo é pai de Sarah, do 4º ano do CCSL. Quando iniciou o 3º ano na escola, há dois anos, Sarah não sabia praticamente nada de inglês. Na primeira avaliação atingiu a nota de 1.3 (de 6.0, nota máxima) em proficiência da língua. Após 15 meses no ELL, a menina está bem perto de bater a nota minima para deixar o programa, 3.8 (mínimo necessário 4.2, média geral). “A média dos estudantes é de quatro anos no programa, embora ele seja de até 6 anos. Sarah é um exemplo de aluna e desenvolvimento”, cita a educadora. “O programa foi fundamental para o desenvolvimento da minha filha na escola e a aceitação dela a um país e cultura diferentes. Poder entender e expressar o que pensa foi libertador para ela. Hoje ela sente que faz parte do grupo. Fala, entende e escreve com desenvoltura, somos eternamente gratos ao programa e a senhora Evellin, ela fez a diferença na vida de nossa filha”, reconhece Luciano.

Sarah de Melo, no condomínio onde mora, aguardando o ônibus da escola_

 

Qualquer criança pode aderir ao programa disponível em todas as escolas/distritos. Durante todo o ano escolar os pais têm a oportunidade de acompanhar o progresso de seu filho em seu desenvolvimento acadêmico e aprendizagem de inglês. As escolas costumam montar um grupo de pais e realizar reuniões mensais entre eles, professores e o coordenador do programa para o auxílio do sucesso acadêmico dos filhos. De acordo com o documento “Bem-vindos aos Estados Unidos: Guia para Novos Imigrantes” (U.S. Department of Homeland Security, U.S. Citizenship and Immigration Services, Office of Citizenship, Welcome to the United States: A Guide for New Immigrants, Washington, DC, 2015), atualmente, todos os estados e o Distrito de Columbia têm leis de frequência escolar obrigatória, que determinam que todas as crianças entre certas idades devem frequentar a escola”.

Na maioria dos estados, essas leis abrangem todas as crianças entre 5 e 16 anos. Você pode mandar seu filho para uma escola pública ou particular”. As escolas públicas são gratuitas e não oferecem ensino religioso. O estado decide o que as crianças aprendem na escola pública, mas os distritos escolares locais, diretores de escolas, professores e pais decidem como ensinar.

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Fonte: Liane Cyrene

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