Acusado de furto, brasileiro diz que foi vítima de racismo e preconceito em Walmart de Orlando

No dia 29 de dezembro, o brasileiro Rafael Pinson, 32 anos, estava a comprar no Walmart da Turkey Lane, em Orlando (Flórida) quando foi acusado por uma funcionária de tentar furtar uma bandeja de carne moída. De acordo com as informações do seu noive, Erik Gomes, o suspeito comprou em torno de US $200, mas quando a caixa foi registrar o produto citado, deu erro.

Rafael é natural de Indaiatuba, estado de São Paulo, e reside nos Estados Unidos há dois anos.

Ela desconfiou que se tratava de uma tentativa de furto e acionou a polícia. Mas de acordo com Erik e algumas testemunhas, o problema não foi pelo erro de registro e sim um provável caso de racismo. Ele disse que duas mulheres brancas o abordaram e o levaram para uma sala.

“O erro de registro foi porque a caixa fez a leitura do código de barras muito rápido e mesmo o Rafael se oferecendo para pagar, a mulher disse que ele era um imigrante que só vem para os Estados Unidos para roubar”, explicou Erik. “Depois ela chamou a polícia”, continuou.

Os policiais chagaram e efetuaram a prisão. O brasileiro foi levado para a cadeia do Departamento de Correção do Condado de Orange. Após uma audiência, foi determinado uma fiança de US $250.00, a qual foi paga. Mas devido ao fato de Rafael estar com a situação imigratória ilegal nos Estados Unidos, os agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) já o aguardavam quando ele deixou a prisão.

Agora, ele se encontra detido no Centro de Detenção Broward, em Pompano Beach. Erik disse que fez de tudo para pagar a fiança o mais rápido possível, mas depois que pagou e estava tudo certo para Rafael deixar a cadeia, os agentes do ICE apareceram.

Uma suposta falsa acusação de roubo e racismo de uma mulher mudou totalmente a vida deste brasileiro. Agora ele precisa de ajuda para arcar com as despesas de advogado e taxas judiciais. Para conseguir o dinheiro, alguns amigos se uniram e iniciaram uma campanha. De acordo com as informações, somente os custos advocatícios ficaram em torno de US $8,000.

No dia 4 de fevereiro acontecerá a primeira audiência perante um juiz de imigração e Rafael espera estar com o dinheiro até lá. “Precisamos tirá-lo de lá. Ele está sofrendo. O lugar é frio. É horrível”, disse Erik.

Para conseguir o dinheiro ele abriu uma conta no site GoFundMe com o objetivo de arrecadar a quantia de US $15 mil. Até a tarde desta quinta-feira, dia 14, havia sido doado pouco mais de US $2,300. Quem quiser ajudar, pode acessar o link http://bit.ly/39y4qYC e fazer uma doação de qualquer valor.

 

 

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Fonte: Da redação