Pastor brasileiro que foi acusado de terrorismo em Medford é solto por falta de provas

O Brazilian Times divulgou o caso envolvendo Douglas Gonçalves, que atua como pastor auxiliar na Philadelphia Evangelical Church, na cidade de Framingham (Massachusetts), e foi preso no dia 05 sob a acusação de terrorismo doméstico. De acordo com a denúncia, o supermercado Wegmans, na cidade Medford (MA), foi o autor da denúncia.

Quando a notícia se tornou pública, a redação deste jornal recebeu alguns e-mails que criticavam as acusações e alegavam preconceito e racismo por parte do estabelecimento comercial.

A suposta ameaça teria vindo através de um e-mail, mas como o BT revelou, a própria promotoria disse no tribunal que a única prova da ligação de Gonçalves com a ameaça eram fotos dele fazendo compra na mesma filial do Wegmans. Mas ficou provado que este era o trabalho dele em um aplicativo de compras e entregas.

Ainda de acordo com a direção do supermercado, o brasileiro teria feito ameaças de atirar em seus funcionários na unidade em Medford, a quem ele estaria responsabilizando pela sua demissão. Gonçalves e a família negam todas as acusações.

Ele, que ficou preso no Middlesex House of Correction and Jail, na cidade de Billerica (MA), conseguiu reverter a situação. Por falta de provas, a justiça decidiu soltá-la, mas ele continuou detido até quinta-feira, dia 18, quando teve uma audiência perante um juiz de imigração, no Tribunal Distrital de Somerville.

Um grupo de pastores, missionários e pessoas próximas à Douglas o esperavam do lado de fora do tribunal. A emoção tomou conta de todos quando ele saiu do prédio. “Quero apenas agradecer a todos que oraram neste momento tão difícil e que Deus possa abençoar vocês grandemente. Eu sei que vocês permaneceram ao meu lado. Vamos permanecer em oração para que Deus possa concretizar e tudo dar certo”, afirmou.

Apesar de ter sido solto por falta de provas, o caso criminal continua e Douglas vai responder ao processo em liberdade. De acordo com as informações, amigos e familiares foram orientados a não comentarem o caso até que as investigações sejam concluídas.

 

ENTENDA O CASO

Douglas foi detido por agentes do FBI em sua residência, na cidade de Natick (MA) sob acusação feita pela rede supermercados Wegmans de terrorismo doméstico e que teria sacado uma arma de fogo e a apontado para funcionários dentro do estabelecimento em Medford. Ele também teria enviado um e-mail no qual fez ameaças de que atiraria nos funcionários.

Mas desde o dia da prisão, tanto amigos, quanto familiares, afirmaram que a prisão foi um erro que se tratava de mais um caso de preconceito da rede de supermercado que já tem um histórico de racismo e perseguição a imigrantes em sua história. “Além disso, os investigadores não checaram o endereço de IP do computador que enviou o e-mail. Eles veriam que não foi de Douglas”, afirmou um amigo próximo que pediu para não ser identificado.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.