Procuradora de Massachusetts acusa empresa de explorar e aplicar golpes financeiros em famílias de imigrantes detidos

A Procuradora-geral de Massachusetts, Maura Healey, abriu um processo contra a Libre by Nexus e a Nexus Services, alegando que a empresa ataca imigrantes detidos em centros de detenção federais, oferecendo-se para pagar as taxas de imigração para garantir a libertação, enquanto oculta ou deturpa a verdadeira natureza e custos de seus serviços.

A Libre tem centenas de clientes atuais e antigos em Massachusetts.

De acordo com o processo - apresentada no Tribunal Distrital dos EUA no Distrito Ocidental da Virgínia – a empresa vende seus serviços para detidos e seus amigos e familiares que estão desesperados para garantir a liberdade de entes queridos. A Libre anuncia o que chama de “serviços de securitização de títulos de imigração”, cobrando altas taxas iniciais e pesados ​​pagamentos mensais para providenciar a libertação dos detidos sob fiança e exigindo que eles usem dispositivos de rastreamento por GPS até que o processo seja resolvido.

A acusação afirma que a Libre leva os consumidores a acreditar que estão fazendo um empréstimo e que seus serviços são aprovados pelas autoridades federais de imigração. Mais tarde, os consumidores descobrem que as taxas mensais pagas à empresa não foram creditadas em seus títulos para pagamento de fiança e não são reembolsáveis.

“Libre construiu um negócio que caça os imigrantes e suas famílias”, disse Healey. “A empresa aproveita momentos de desespero, medo e confusão para lucrar com detidos oferecendo contratos enganosos, taxas exorbitantes, rastreamento forçado por GPS e ameaças de ação legal e deportação. Tomamos medidas, com nossos parceiros estaduais e federais, para pôr fim a essas práticas ilegais e proteger nossas comunidades de imigrantes vulneráveis”, afirmou.

Juntando-se a Procuradora na ação conjunta estão os Procuradores-gerais de New York e Virgínia, bem como o Consumer Financial Protection Bureau (CFPB).

“Muitos desses imigrantes vieram para os Estados Unidos em busca do sonho americano. Em vez disso, eles caíram na armadilha de um pesadelo financeiro”, disse David Uejio, Diretor Interino do CFPB. “Ao atacar imigrantes que possuem dificuldade em falar o idioma inglês, a Libre visou e explorou uma comunidade distinta, diversa e vulnerável. O processo deve servir como alerta de que golpes financeiros visando comunidades de cor não serão tolerados.

A queixa alega que os réus violaram e continuam a violar várias leis, incluindo a Lei de Proteção ao Consumidor.  Se você ou alguém que você conhece em Massachusetts foi vítima das práticas desleais e enganosas desta empresa, ligue para a linha direta de direitos civis da Procuradoria no telefone (617) 963-2917.

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