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Publicado em 12/05/2021 as 10:00am

Brasileiro foi o primeiro negro a lutar contra a segregação racial em Massachusetts, em 1833

O segregacionismo ficou mais forte após a abolição da escravidão em 1865 e só foi proibido pelo Congresso um século depois, em 1964, após intensa luta por direitos civis dos negros.

Brasileiro foi o primeiro negro a lutar contra a segregação racial em Massachusetts, em 1833 Pintura em homenagem a Mundrucu feita em 2020 pelo artista Moisés Patrício para o livro Enciclopédia Negra

A BBC News destacou nesta semana a história de um brasileiro que lutou contra a segregação nos Estados Unidos em 1833. A publicação afirma que em um dia frio e chuvoso de novembro de 1832, Emiliano Mundrucu entrou no barco a vapor Telegraph com sua esposa Harriet e sua filha Emiliana, de apenas um ano.

A família acompanhava o brasileiro em uma viagem a trabalho da região costeira de Massachusetts até a ilha de Nantucket. Durante esta travessia, a esposa se sentiu mal e tentou buscar abrigo com sua filha numa área do navio exclusiva para mulheres. Mas elas foram barradas pelo simples motivo de serem negras e a "cabine de senhoras", um ambiente confortável com beliches privativos, só permitia mulheres brancas.

Naquela época, práticas segregacionistas separando brancos das pessoas "de cor" cresciam no norte do país, onde a escravidão já não era mais permitida como ocorria no sul. Com isso, os brancos queriam mostrar a inferioridade dos negros, mesmo após a libertação.

O segregacionismo ficou mais forte após a abolição da escravidão em 1865 e só foi proibido pelo Congresso um século depois, em 1964, após intensa luta por direitos civis dos negros.

Mas os registros mostram que muito antes disso, a família Mundrucu não aceitou passivamente ser barrada e o episódio acabou dando origem a um processo judicial pioneiro contra a segregação racial nos Estados Unidos.

A ação impetrada em nome do brasileiro repercutiu amplamente na época, mas depois caiu no esquecimento. Mas nos últimos anos ela foi redescoberta por historiadores.  Os registros mostram que o caso foi parar na Justiça depois que a mulher do brasileiro insistiu em entrar no local com sua bebê, enquanto Emiliano discutia com o capitão do barco, Edward Barker.

"Sua mulher não é uma senhora. Ela é uma N*", disse o capitão ao brasileiro, usando uma expressão extremamente ofensiva para denominar pessoas negras.

A discussão teve uma interrupção porque a tempestade obrigou o barco a voltar para a costa. Mas no dia seguinte, o brasileiro e sua família retornaram à embarcação e ele tentou, mais uma vez, fazer com que ela ficasse na “cabine das senhoras” e mais uma vez a foi impedido.

O brasileiro argumentou que elas tinham direito de ficar em um local mais confortável pois ele pagou a tarifa mais cara para a viagem. Mas o capitão permaneceu firme em sua posição e mandou a família descer do barco. Neste momento, Emiliano anunciou que levaria o caso à Justiça.

Ele disse: "go and get a writ out immediately" — expressão traduzida na linguagem atual para "Nos vemos no tribunal". E foi depois disso que começou em Boston o processo contra o capitão Edward Barker. O caso recebeu cobertura na primeira página de jornais de estados como New York, Pensilvânia, Maryland, Carolina do Norte e até na Europa.

Embora pouco conhecido atualmente, o historiador sul-africano Lloyd Belton disse que o processo movido pelo brasileiro é a ação mais antiga contra segregação racial que se tem informação nos Estados Unidos.

Belton estudou a vida de Hemiliano em seu mestrado na Universidade de Columbia, em New York, e agora aprofunda sua pesquisa em um doutorado na Universidade de Leeds, no Reino Unido.

"É incrível que um imigrante negro brasileiro tenha sido a primeira pessoa na história dos Estados Unidos a desafiar a segregação em um tribunal. E é ainda mais incrível que ninguém saiba quem ele é", disse Belton em entrevista à BBC News Brasil.

Para ler o desfecho do processo e como o brasileiro se tornou um marco importante na luta contra o racismo nos EUA acesse o link https://bbc.in/2R9rGac

Reportagem publicada na época sobre o caso

 

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