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Publicado em 3/11/2021 as 6:00pm

Brasileiro que ficou cego em cadeia de imigração e foi deportado vai processar os EUA

“Também fui humilhado, sofri maus-tratos e fiquei sem comer por 48 horas”, diz o professor de música que não teve sua identidade revelada

Brasileiro que ficou cego em cadeia de imigração e foi deportado vai processar os EUA Conselho de Direitos Humanos assumiu processo contra os EUA

O Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba divulgou no início desta semana que recebeu uma denúncia feita por um brasileiro que teria ficado cego durante um período em que ficou preso em uma prisão federal nos Estados Unidos. De acordo com as informações, o órgão foi contatado em outubro e o homem, que não teve sua identidade divulgada, alega que perdeu a visão do olho direito durante a prisão.

Além disso, o brasileiro relatou que sofreu maus-tratos durante a sua transferência para um hospital em New Orleans. “Fiquei mais de 30 horas sem me alimentar, sem tomar banho, sem nenhum tipo de diálogo”, disse. “Fui conduzido e humilhado por vias públicas, com algemas nos braços e pernas”, acrescentou.

A denúncia foi divulgada primeiro pelo site do G1, que tento contato com a Embaixada dos EUA no Brasil, mas não obteve resposta. Uma cópia do documento “Testemunho de Eventos e Possível Tratamento Fora do Protocolo de Imigração e Fiscalização Aduaneira para Transporte e Serviço Médico ao Presidiário” foi divulgado pelo portal de notícias e tramita no Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Nele, o brasileiro dá a sua versão dos fatos às autoridades.

O brasileiro tem 50 anos de idade, é casado e tem dois filhos. Ele é natural de São Paulo, formado em música, e trabalhava como professor de música e também como serralheiro, produzindo portões.

De acordo com a denúncia, em 2016, ele viajou com a família para os Estados Unidos, como turista, e decidiu ficar no país, onde permaneceu em situação ilegal até ser preso, em dezembro de 2019. “O brasileiro ficou dez meses detido, sofreu um grave acidente, perdeu a visão, sofreu humilhações e foi deportado posteriormente”, diz o documento.

Traumatizado com tudo que passou, quando retornou ao Brasil, ele decidiu se mudar para uma cidade mais tranquila do que São Paulo e optou por João Pessoa (Paraíba), onde reside desde outubro do ano passado.

Afetado pela pandemia, abalado com tudo o que viveu, resolveu pesquisar na internet. Foi quando encontrou o site do Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba e resolveu mandar uma mensagem. Ela foi recebida pelo advogado Olímpio Rocha, de Campina Grande, que é o atual presidente do Conselho. Ele promete dialogar com juristas especializados em Direito Internacional para tomar as medidas cabíveis.

De acordo com as informações, já foi realizada uma reunião remota entre Conselho e vítima. O objetivo é analisar as possibilidades de se cobrar algum tipo de indenização, principalmente para mostrar uma posição chamada pelo presidente de “rígida política anti-imigrante do então Governo Trump”.

De acordo com o brasileiro, quando decidiu ficar nos EUA, se estabeleceu em New Orleans (Louisiana). Ele trabalhou na área de construção civil e seus filhos começaram a estudar. Três anos depois, quando tudo parecia bem, ele foi ao Alabama para comprar uma camionete. Mas no caminho foi parado em uma blitz.

Ele e o filho foram presos. Após uma audiência de fiança, o filho foi solto e ele continuou detido. O brasileiro relatou que apesar de uma vida rígida, tudo ia bem na prisão. Mas no dia 10 de fevereiro de 2020, sofreu um acidente “e seu inferno começou”.

O brasileiro estava em uma área de recreação quando foi atingido no rosto por uma bola. Ele sofreu uma lesão na retina e perdeu a visão do olho direito. “Eu saí do presídio antes do café da manhã, sem me alimentar e fui levado para uma cidade próxima. No trajeto, sofri uma série de constrangimentos e fui submetido a um tratamento racista e humilhante. Eles tratam o imigrante como bicho”, denuncia.

Ele conta, ainda, que quando saiu do veículo teve que andar usando a típica roupa laranja de presidiário e com algemas nos braços, nas pernas, no tronco, no pescoço. “Fui obrigado a caminhar em via pública e a atravessar uma avenida larga sob os olhares dos transeuntes. Sendo obrigado a caminhar de forma rápida mesmo com a mobilidade reduzida por causa das correntes”, disse.

Depois de voltar ao presídio, após a meia-noite, o jantar já tinha sido encerrado. Na manhã seguinte ele foi novamente levado ao hospital para novos exames, e novamente não tomou café, ficando 48 horas sem se alimentar.

Ele foi liberado em outubro do ano passado depois de aceitar a deportação. Hoje, com transtornos físicos e psicológicos, ele luta para que o governo dos EUA pague pelo erro que cometeu.


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