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Publicado em 23/12/2021 as 8:00am

Estados Unidos começam a tributar vídeos online de brasileiros publicados no YouTube

Fonte: Unsplash O Brasil é um dos países com mais canais no YouTube, além de possuir também...

Fonte: Unsplash

O Brasil é um dos países com mais canais no YouTube, além de possuir também algumas das contas com mais inscritos no mundo, como é o caso do canal KondZilla. Todo esse sucesso chama a atenção de fãs morando fora do país, e os Estados Unidos começaram a focar nisso para ampliar a tributação desses vídeos online. A ideia é buscar os conteúdos com muita audiência entre os espectadores norte-americanos, e tributar em até 30%. Uma mudança que pode prejudicar a criação de conteúdo, mas que é completamente legal na plataforma.

Essa mudança foi anunciada no início deste ano, e começou a valer desde maio. Os criadores de conteúdo precisam informar para a receita norte-americana, a Internal Revenue Service (IRS), sobre todos os rendimentos que conseguiram com audiência do exterior, inclusive o AdSense. Por não ter acordo com os Estados Unidos, os brasileiros podem ser tributados em até 30%, como explica o site Tecnoblog. O objetivo é impedir que conteúdos publicados por lá façam dinheiro sem render nada ao governo.

A iniciativa tem toda a colaboração da própria plataforma, que disponibiliza algumas etapas simples para ajudar os criadores de conteúdo. Ou seja, a Google sabe que o movimento dos Estados Unidos é completamente legal. Isso também mostra que o país está atento ao recente sucesso dos vídeos online, principalmente de criadores de conteúdo brasileiros. O Brasil viu um crescimento de 165% em cinco anos no consumo desse formato, e isso ampliou também o número de pessoas que criam e publicam no YouTube, ou até mesmo em outras redes sociais.

Todo esse sucesso pode ser visto pelos números que alguns canais brasileiros conseguiram nos últimos anos. Por exemplo, o canal KondZilla possui mais de 65 milhões de inscritos e cerca de 35 bilhões de visualizações. Ele pode ser considerado um dos maiores do mundo, e isso significa audiência em todas as partes do mundo. Até mesmo pessoas famosas, como é o caso do jogador de futebol Neymar que desde 2018 mantém um canal no YouTube com 3 milhões de inscritos. A ideia dos Estados Unidos é tributar exatamente esses canais que conseguem chegar ao público norte-americano.

Mercado mais aberto

Essa tributação pode representar menos ganhos financeiros para os youtubers brasileiros, mas também é um reconhecimento do alcance dos vídeos online criados aqui. Atualmente, criar e editar vídeos se transformou em uma tarefa mais fácil e acessível, seja aprendendo na internet ou utilizando ferramentas gratuitas online. Muitas pessoas estão focando no YouTube em busca de uma independência financeira, algo que é possível com a plataforma da Google.

Uma prova disso foi o impacto da plataforma de vídeo no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Segundo informações do Canaltech, a rede social gerou uma receita de R$ 3,4 bilhões na economia brasileira e causou um impacto equivalente à criação de 122 mil postos de trabalho. Ou seja, o YouTube está entre as plataformas mais usadas entre os brasileiros, e isso fica transparente na economia do país. A projeção é que esse número fique ainda maior em 2021, e continue a crescer nos anos seguintes.

A tributação dos Estados Unidos não é uma surpresa, pois era algo esperado com o crescimento dos criadores de conteúdo daqui. Entretanto, um acordo entre os dois países poderia diminuir essa taxa de 30% para 15%. Isso só pode ser feito com algumas negociações, algo importante para os criadores de conteúdo. Afinal, a ideia de muitos youtubers é conseguir quebrar a barreira da língua e chamar a atenção de espectadores de vários países, inclusive do nosso vizinho norte-americano.

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