Publicado em 27/12/2021 as 11:00am
Contrabandistas alugam crianças mineiras por US $ 3.000 para cruzar a fronteira dos EUA
Contrabandistas que trabalham para promover a imigração ilegal do México para os Estados...
Contrabandistas que trabalham para promover a imigração ilegal do México para os Estados Unidos lucraram com o aluguel de crianças brasileiras. De acordo com as informações, por US $ 3.000, eles entregam um menor de idade aos clientes para garantir que eles atravessem a fronteira.
Com o esquema conhecido por “cai-cai”, os brasileiros começaram a adotar a estratégia. Quando um imigrante pisando em solo norte-americano acompanhado por um parente de primeiro grau menor de idade e se entrega para os agentes de imigração, tem o direito de responder ao processo em liberdade.
A medida ocorre porque a criança não pode ficar sozinha durante os procedimentos de repatriação para o Brasil. Contrabandistas e coiotes viram a regra como uma oportunidade de negócio.
No leste de Minas Gerais, onde fica Governador Valadares, que historicamente concentra o maior número de imigrantes para os Estados Unidos, o esquema cresceu.
De acordo com a Polícia Federal do Brasil, o aluguel de crianças ganhou força em 2019, meses depois que o ex-presidente Donald Trump determinou o fim da separação das famílias de imigrantes. Como resultado, existem tutores para menores que recebem dinheiro e existem aqueles que emprestam uma criança em troca de uma passagem gratuita dos pais.
Um casal com dois filhos, por exemplo, só precisa de um para entrar no país. Então os pais pegam um filho e deixam o outro para alugar. “Tem gente que empresta a criança ou aluga para o parente ir. Existem muitas pessoas infelizes que doam seus filhos. Tem crianças que já foram usadas até cinco vezes”, disse Daniel Ottoni, delegado da PF em Governador Valadares.
Anteriormente, os tutores de crianças pegavam voos comerciais para cidades na fronteira entre o México e os Estados Unidos e se entregavam às autoridades norte-americanas em busca de asilo. Depois de um tempo, os agentes começaram a exigir que os imigrantes esperassem a decisão em solo mexicano.
Por conta disso, os menores também precisavam cruzar a fronteira, em uma travessia extremamente perigosa. Houve pressão da opinião pública diante desta decisão.
“Uma vez dentro dos EUA, acompanhados por um menor, eles não podem ser presos e também não podem ser devolvidos ao México”, disse o delegado da PF, Cristiano Campidelli.
As autoridades dos EUA colocam pulseiras com sistema de monitoramento eletrônico nos imigrantes e pedem que aguardem o processo em organizações não governamentais ou igrejas. No entanto, os contrabandistas os aconselham a retirar a vigilânica e “sumir no interior do país”.
Nesse contexto, foram criadas duas modalidades de travessia: o “cai cai real”, em que a criança acompanha os pais; e “cai cai montado”, quando há falsificação de documento para falsificação de prova de parentesco.
Segundo Campidelli, há relatos dramáticos. “Aconteceu um caso como esse e o outro homem foi solto e abandonou a criança e demorou um pouco até descobrir os verdadeiros pais da criança”, disse.
De acordo com a PF, o processo de falsificação ocorre antes da emissão do passaporte. Os contrabandistas conseguem emitir documentos verdadeiros, mas ideologicamente falsos.
Um exemplo disso é assumir a paternidade do menor. Um imigrante que quer ir para os EUA vai com a mãe da criança ao cartório e se declara pai.
A Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores da Pessoa Física), disse que o reconhecimento voluntário da paternidade pode ser feito em qualquer cartório de registro civil, independentemente de onde foi registrado o nascimento da criança. A PF descobriu, em uma de suas operações, a Ca Cai II, que uma mãe de três filhos sem registro do pai na certidão de nascimento foi com dois homens ao cartório para que eles fossem registrados como pais dos de duas de suas crianças com o objetivo de imigrar para os EUA.
Os investigadores disseram que a mulher foi recrutada por um homem que mora nos Estados Unidos e que lhe ofereceu US $ 3.000 por filho, além do pagamento das despesas com a travessia. Nesse caso, a PF conseguiu intervir antes de eles saírem do Brasil. Outro esquema usado é quando um dos pais vai a um cartório para solicitar autorização de viagem para o filho, sem que o outro pai saiba.
Morador de Itanhomi, município mineiro próximo a Governador Valadares, o pedreiro Valdir Gomes Lomeu, 50, por exemplo, disse não se lembrar de ter assinado autorização para que a ex-mulher viajasse aos Estados Unidos com o filho de 9 anos.
Separado por dois anos, ele descobriu que seu filho está no exterior quando foi tentar visitá-lo. No portão da casa da ex, ele foi abordado por um vizinho que perguntou se o menino havia viajado.
Ao questionar seu ex-sogro, recebeu uma resposta positiva. “Depois do culto fui lá ver meu filho, isso em junho deste ano. Perguntei ao pai dela: ‘Onde está o Samuel e a resposta foi ‘nos EUA’”, explicou.
Lomeu ficou surpreso, pois de acordo com ele, o combinado era que ambos, pai e mãe, fariam a travessia, também pelo esquema “cai cai”. O pedreiro já viveu ilegalmente nos Estados Unidos durante cinco anos, de 2003 a 2008.
Agora ele fala com o filho por meio de uma videochamada e sabe que o menino está bem. No entanto, Lomeu não tem ideia de quando o verá novamente. “Eles estão morando na casa da irmã dela. Ele está bem e estudando, isso é o que importa ”, disse.
De acordo com a PF, em Governador Valadares e região, quem presta serviços de migração irregular tem procurado cartórios em cidades menores para falsificar documentos. Isso porque, caso sejam descobertos, existe a possibilidade de fuga devido ao baixo número de Policiais Militares.
O caso de Lomeu não é isolado. Muitos outros foram registrados pelas autoridades brasileiras.
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