Publicado em 27/12/2021 as 9:00am
Pedófilo finge ser agente do ICE para abusar sexualmente de menina de 7 anos
Aparentemente, Kenneth Dean Lee agia com impunidade, pois sabia que muitos estrangeiros teriam medo de denunciá-lo à polícia devido ao status migratório irregular
O pedófilo Kenneth Dean Lee, de 65 anosa, foi preso e acusado de abuso sexual contra uma criança e invasão de residencia em 1º grau
Na quarta-feira (10), um indivíduo se identificou como um agente do Departamento de Imigracao (ICE) e apareceu na casa de uma família de imigrantes em Aurora (CO) e exigiu falar com a filha de 7 anos do casal. Antes que a família pudesse notar que o suposto agente federal usava um monitor de tornozelo, o homem forçou a entrada na casa e levou a menina para um quarto sozinha, onde a polícia diz que ele a abusou sexualmente.
Na realidade, o indivíduo não era um agente do ICE, mas um predador sexual em série com o histórico de se passar por agentes ou policiais para atacar crianças em famílias de imigrantes e refugiados, informou a polícia. O réu Kenneth Dean Lee, de 65 anos, estava em liberdade condicional por crimes sexuais anteriores quando apareceu na porta da família da vítima, de acordo com o jornal The Denver Post, que obteve uma declaração juramentada.
Lee disse que sabia o nome da menina quando chegou ao apartamento da família, insistindo com os pais dela que ele estava lá para falar com ela na qualidade de oficial da imigração.
“Durante o curso da investigação, soube-se que Lee tem um histórico criminal preocupante com um padrão de alegações semelhantes. Acredita-se que ele tenha visado especificamente famílias de imigrantes e refugiados para perpetrar seus supostos crimes ”, informou o Departamento de Polícia de Aurora em um comunicado à imprensa.
O pedófilo foi preso em 10 de dezembro e acusado de abuso sexual contra uma criança e invasao de residencia em 1º grau. Não foram disponibilizados mais detalhes sobre a vítima e sua família, mas a polícia disse que a Unidade de Atendimento à Vítimas entrou em contato com eles para "oferecer-lhes apoio e ajudá-los a superar este momento difícil".
Embora a comunidade tenha ficado abalada com o ataque covarde envolvendo a menina de 7 anos, muitos estão se perguntando por que Lee estava nas ruas em primeiro lugar. Ele foi anteriormente condenado por acusações de abuso sexual depois de se passar por médico para atacar uma criança vietnamita em 2010.
Nesse caso, ele ligou várias vezes para os pais da menina de 9 anos e disse-lhes que ele era um médico que trabalhava para uma instituição de imigração e que precisava fazer um exame. Ele então apareceu em casa se passando por médico e, de forma semelhante à última alegada agressão, abusou sexualmente da garota em um quarto antes de fugir.
Em 2014, ele foi condenado de 23 anos a prisão perpétua pela agressão de 2010 e recebeu mais 10 anos depois que uma série de ataques ocorridos em 1996 vieram à tona, resultando em mais duas condenações por abuso sexual.
De alguma forma, entretanto, ele foi posto em liberdade condicional em 2020; fato que foi um choque para os promotores públicos que o colocaram atrás das grades.
“Em 2014, meu escritório processou judicialmente um réu por abusar sexualmente de crianças enquanto ele se disfarçava de oficial da imigração. ... Agora, em 2021, esse mesmo homem é acusado de agredir sexualmente outra menina depois de obter liberdade condicional no início de abril de 2020”, disse o promotor público John Kellner em um comunicado na terça-feira (21).
“Estou extremamente frustrado porque uma pessoa condenada por crimes sexuais violentos foi libertada anos antes e teve a oportunidade de cometer novamente outros crimes. Tenho certeza de que não sou o único a me perguntar como isso pode acontecer”, acrescentou.
Tanto a polícia de Aurora quanto Kellner disseram temer que Lee possa ter feito mais vítimas, pois muitas pessoas têm medo de denunciar.
“No passado, esse réu tinha como alvo os imigrantes, pensando que eles não denunciariam seus crimes. Quero encorajar qualquer pessoa com informações sobre este crime, e quaisquer outras pessoas que possam ter sido vítimas, independentemente do status migratório, que se apresentem e entrem em contato com o Departamento de Polícia de Aurora”, concluiu o promotor público.
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Fonte: Leonardo Ferreira
