Homem é acusado de tentar contratar assassino de aluguel para "eliminar" noivo da ex na Florida

Um homem da Flórida foi preso na semana passada depois de tentar pagar a alguém US $ 10.000 para assassinar o novo noivo de sua ex-namorada, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades.

Ryan Hadeed, 43, foi preso por investigadores federais. Ele é suspeito de tentar organizar o assassinato usando os serviços postais dos Estados Unidos no início deste ano.

A prisão aconteceu no dia 22 deste mês.

Em setembro, uma testemunha não identificada, dona de uma loja de armas em Coral Springs, recebeu uma "carta detalhada" de Ryan enviada através dos correios. No texto, ele teria estabelecido as bases para o esquema de assassinato de aluguel.

Ryan, que usou o nome falso de “Alan Smithee” em seu endereço de retorno, ofereceu ao indivíduo a quantia de US $ 10.000 para executar uma pessoa em Tampa. “Preciso que alguém seja eliminado”, escreveu ele na carta. "Disseram-me que você pode providenciar isso. Pago tudo em dinheiro e adiantado. A pessoa que deve ser assassinada vive em Tampa. Você pode ir lá e voltar no mesmo dia. Te dou a foto, o primeiro nome, o endereço do trabalho e o endereço residencial”.

Os investigadores relataram que Ryan prometeu enviar o pagamento e a identidade do alvo assim que o suposto assassino aceitasse os termos do esquema.

Para confirmar discretamente o acordo, ele solicitou que o assassino fosse a um café em Coral Springs, às 11:00 a.m., no dia 11 de outubro e compre um café.

Ryan também solicitou que o indivíduo colocasse uma “folha de papel em branco” na vitrine de sua loja de armas para indicar que o trabalho estava acontecendo.

O dono da loja de armas entregou a carta ao Departamento de Polícia da Flórida, que iniciou uma investigação.

A pedido da polícia, o proprietário da loja de armas colocou uma folha de papel em branco na vitrine de sua empresa no período especificado para atrair e identificar o remetente da carta. No dia 11 de outubro, um Honda Accord cinza registrado em nome do irmão de Ryan foi visto circulando pelo estacionamento da loja.

Quatro dias depois, o suspeito enviou uma nova carta ao dono da loja de armas. Ele escreveu: “Eu disse que não haveria mais contato se você não estivesse na cafeteria às 11h do dia 11 de outubro. Eu não vi você. Mas havia um papel branco do lado de fora da sua loja”.

Apesar de dizer que não iria seguir com o plano, o remetente disse ao dono da loja de armas para “marcar um grande X” em uma folha de papel e fixá-la na vitrine por uma “semana inteira”.

Ryan escreveu, ainda, que depois de confirmado, o homem receberia o dinheiro integral e os detalhes sobre a pessoa a ser eliminada. "Isso é importante. Você pode pegar o dinheiro e não fazer nada. Eu ficaria sem os dez mil e teria que encontrar outra pessoa”, continuou,

Hadeed encerrou sua correspondência prometendo arranjar um segundo trabalho de assassinato de aluguel para o suposto assassino, na Geórgia, "se o primeiro desse certo".  Ele disse: “Há outro trabalho que vai pagar o dobro ou você escolhe seu preço. Em uma pequena cidade na Geórgia. Mas Tampa primeiro”.

Ele não deu mais detalhes sobre o alvo da Geórgia.

O proprietário da loja de armas novamente seguiu as instruções Ryan, a pedido dos investigadores, e colocou uma folha de papel branca com um "X" preto na vitrine de sua empresa. Posteriormente, equipamentos de radar capturaram imagens do Honda cinza passando em frente à loja de armas, duas vezes, no final de outubro.

Ryan, que mora em três casas diferentes com sua família, em um condomínio fechado, em Coral Springs, sacou US $ 10.000 de uma conta no Wells Fargo Bank no dia 5 de novembro, de acordo com os registros bancários obtidos pelos investigadores.

No dia 08 de novembro 8, ele enviou ao dono da loja um pacote contendo US $ 10.000 em dinheiro e a identidade do alvo. O pacote continha fotos do Instagram de um homem branco identificado apenas como "Ken", incluindo a idade, altura, peso e endereço residencial em Tampa. “O dia e a hora dependem de você”, afirmou Ryan em uma quarta carta. “Você tem o dinheiro, então está com todas as cartas. Saberá quando o assunto for resolvido. Precisa ser feito antes do final de 2021”, continuou.

No mesmo dia em que o dinheiro e as fotos foram entregues, Ryan voou para Trinidad e Tobago com uma passagem só de ida que já tinha comprado duas semanas antes, no que parecia ser uma tentativa elaborada de criar um álibi.

Os investigadores entrevistaram o alvo da suposta conspiração de assassinato, junto com a noiva dele. A vítima, que não tinha ideia de quem o queria morto, disse aos detetives que recebeu uma carta assustadora em maio de 2020 contendo imagens picantes e insultos escritos dirigidos a sua noiva. Ela, identificada apenas como “R.R.” nos documentos de acusação, disse que suspeitava que seu ex-namorado, Ryan, estava por trás do esquema.

Ela acrescentou que Ryan teria dito a ela que estava “apaixonado por ela de um modo doentio” e com ciúme de seu noivado. Ela também afirmou que o suspeito já havia ameaçado feri-la fisicamente quando os dois namoraram.

No dia 15, Ryan foi detido durante uma inspeção secundária do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, sigla em inglês), no Aeroporto Internacional de Miami ao retornar de Trinidad e Tobago. Os agentes apreenderam dois dispositivos móveis, o que o conectou ainda mais ao esquema de assassinato por encomenda.

Se for condenado, Ryan pode pegar até 10 anos de prisão federal e multa de US $ 250.000.

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