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Publicado em 28/01/2022 as 9:00am

Investigador detalha como brasileiro teria assassinado marido da ex em NH

“Flávia levou assassino marido até estação de trem para ele fugir, deletou e-mails e filho dela pode ter ligação com o crime”, afirmou o detetive Brian O'Leary

A brasileira viúva de um homem assassinado em Manchester (New Hampshire) foi pega excluindo e mails de uma conta conjunta que tinha com o homem acusado de matar o seu marido. Ela estava sendo entrevistada dentro da delegacia de polícia de Lawrence, Massachusetts, de acordo com o depoimento do tribunal.

Flavia de Oliveira, viúva de Zakhia Charabaty, 52, foi entrevistada pela polícia de Lawrence ao mesmo tempo que seu ex-companheiro e acusado de assassinato, Anderson Pereira, 42, estava sob interrogatório.

Anderson, que é acusado de assassinato em primeiro grau e duas acusações de falsificação de provas físicas, busca uma fiança no Tribunal Superior do Condado de Hillsborough. O juiz, N. William Delker, que preside o Distrito Norte do tribunal, considerou a questão da fiança sob aconselhamento.

O advogado de defesa, Richard C. Guerriero Jr., obteve as informações sobre os e-mails deletados. Ele foi informado pelo investigador principal da polícia de Manchester, o detetive Brian O'Leary. No dia 21, aconteceu o quinto dia de depoimento em uma audiência em que o brasileiro buscava ser solto da prisão sob fiança.

Flávia também testemunhou. O’Leary prestou o seu depoimento e disse que enquanto a brasileira estava sendo interrogado, um detetive da polícia de Lawrence, com experiência em TI, examinava simultaneamente o celular de Anderson. “Ao fazê-lo, os e-mails começaram a desaparecer”, disse ele acrescentado que foi até a sala de interrogatório para dizer aos detetives que Flávia, ao ser entrevistada por eles, estava apagando e-mails de uma conta a qual ela tinha acesso e estava no celular de Anderson.

Até agora Flávia não foi indiciada por nenhum crime relacionado ao incidente.

Em seu depoimento, o investigador disse, ainda, após o crime, Anderson chegou a ser entrevistado pela polícia. Mas depois fugiu “só com a roupa do corpo”, cortando a comunicação com familiares e amigos. “Flávia o levou até uma estação de trem. Ela perguntou a ele o que aconteceu com seu marido e ele disse que era melhor ela não saber", disse O'Leary.

Anderson foi preso em outubro de 2021, em Kissimmee, na Flórida.

COMO TUDO ACONTECEU

Os promotores relataram que Flávia e Anderson tiveram um relacionamento amoroso por muitos anos. Em novembro de 2019, ela o deixou e foi morar com Charabaty, com quem se casou em janeiro de 2020. Eles ficaram casados ​​por dois meses quando ele desapareceu, em 12 de março de 2020.

Charabaty expulsou o filho de Flávia, Gabriel, de sua casa e os dois foram ficar com Anderson em Methuen, Massachusetts.

O Procurador-geral assistente, Peter R. Hinckley, disse que Flávia e Charabaty se reconciliaram em 12 de março de 2020, a última vez que alguém teve contato com ele. Os investigadores confirmaram através de cem páginas de textos que eles haviam se reconciliado. Ela e seu filho deveriam voltar para casa no dia seguinte, 13 de março de 2020.

“O último contato com Charabaty ocorreu por volta das 9:30 p.m., em 12 de março de 2020. Ele estava sozinho em casa e em uma mensagem para sua esposa, disse que estava indo para a cama”, disse o investigador.

Seu corpo foi recuperado em 9 de julho de 2020, atrás de um prédio comercial na 145 Milk Street, em Methuen, Massachusetts. Ele estava vestido com uma camiseta e calças de pijama, e envolto em um lençol com cordas enroladas na cintura. Uma autópsia determinou que sua morte foi um homicídio violento por meios desconhecidos devido ao nível de decomposição do corpo.

Os detetives assistiram a vários vídeos, feitos por câmeras de empresas e sistemas de vigilância dos moradores. Em um deles, gravado por volta das11:00 p.m., em 12 de março de 2020, um indivíduo solitário é visto na Donald Street e caminha em direção à residência de Charabaty. Pouco depois da 1:00 a.m., de 13 de março de 2020, uma camionete é registrada saindo da residência. Uma das portas traseiras estava entreaberta.

A 1:20 p.m., a camionete entra no estacionamento do Market Basket, em Bedford. O motorista sai do veículo, caminha até a loja, que está fechada, volta para a traseira da camionete e depois volta ao banco do motorista e sai com o veículo.

O vídeo feito em Methuen às 1:55 a.m., de 13 de março de 2020, registra um indivíduo saindo da camionete, no estacionamento do Home Depot. Essa pessoa vai ao lixo e joga alguma coisa dentro do contêiner. O motorista então joga algo no chão, o esmaga e depois o joga em uma floresta próxima.

Quando os investigadores foram até o local, a lixeira já estava vazia. A polícia recuperou o item que foi arremessado. Era o celular de Charabaty que estava muito danificado.

O Home Depot fica a cerca de 15 minutos de carro do Restaurante Longhorn, onde Anderson trabalhava, e a quatro minutos de carro de seu apartamento. Às 2:30 a.m., do dia 13 de março de 2020, a camionete está estacionada atrás do prédio e uma pessoa é vista se afastando dele.

Uma hora depois, um SUV escuro – consistente com o de Flávia – estaciona ao lado da camionete. Pereira foi gravado dentro da Home Depot comprando uma pá e depois saindo e colocando-a na SUV.

Em 14 de março de 2020, o celular de Charabaty é rastreado até a 29 South Canal Street, em Lawrence, Massachusetts. Uma gravação de vídeo mostra que à 1:30 a.m, em 14 de março de 2020, mostra um indivíduo abrindo a porta traseira de um caminhão baú, tirando itens e jogando coisas em uma lixeira. Depois limpa o chão do veículo.

Mais tarde, ele o mesmo caminhão é visto andando pelas South Union Street e Merrimack Street, em Lawrence, onde entra em um Uber.

Amostras de manchas retiradas da traseira do caminhão, testam positivo para o DNA de Charabaty. As placas do caminhão foram recuperadas no canal.

O corpo de Charabaty foi encontrado enterrado atrás do 96-A Milk Street, a 10 minutos, a pé, de onde Pereira morava.

Um sistema de vigilância do outro lado da rua, gravou Anderson estacionando o SUV, indo até o porta-malas e pegando uma pá e uma bolsa. “Ele ficou fora do alcance das câmeras por vários minutos, mas depois retorna ao veículo sem a bolsa e a pá. Ele volta para o SUV e vai embora”, disse o investigador.

O'Leary disse que identificou Anderson porque quando os investigadores receberam o vídeo, ele já o tinha visto antes.

À 1:06 a.m, a camionete é movida de trás da Home Depot e depois é gravada no local 96A-96B Milk Street.

Antes de ser preso ou identificado nos vídeos, Anderson foi interrogado pela polícia dias vezes. Ele disse que não conhecia a vítima e negou que estivesse em Lawrence nos dias 13 ou 14 de março. Ele também negou que comprou uma pá ou foi apanhado por um Uber. Mais depois, ele disse aos detetives que Charabaty contratou um assassino para matá-lo.

Após a segunda entrevista com a polícia, Anderson deixou o emprego sem avisar, saiu só com as roupas do corpo e interrompeu toda a comunicação com familiares e amigos.

O investigador disse que a esposa de Charabaty identificou Anderson no vídeo feito dentro da Home Depot. Mas o investigador concordou que nenhuma testemunha o identificou nos vídeos feitos ao ar livre.

No entanto, O'Leary disse que identificou o brasileiro como o motorista saindo do SUV em imagens de vídeo feitas na área da Milk Street, onde o corpo de Charabaty foi encontrado.

O detetive Adam Bergeron Rosa, em seu relatório sobre o vídeo do Market Basket, indicou que parecia que havia outra pessoa na camionete. O'Leary disse que era a interpretação de Rosa do vídeo, mas ele disse que o vídeo estava com pouca qualidade e não viu isso. Em 16 de março de 2020, os investigadores revistaram a casa de Charabaty. Sangue foi encontrado na banheira e na pia de um banheiro e nos ralos. Os detetives retornaram em 24 de julho de 2020 para uma segunda busca, dessa vez encontrando sangue no colchão do quarto principal.

O'Leary não tinha explicação sobre por que os investigadores não encontraram o sangue no colchão na busca inicial.

Ele disse que não havia nenhuma evidência de DNA ligada a Anderson encontrada nessa busca - nenhum sangue, impressões digitais, cabelo ou fibras conectando-o ao endereço 245 Pasture Drive.

O'Leary disse ao mesmo tempo que o filho de Flávia, Gabriel, poderia ser um suspeito do assassinato. Perguntado onde ele está agora, o investigador disse que não sabia.

O'Leary disse que o filho ameaçou Charbaty durante uma discussão. “Ele falou que ia esmagar o rosto dele para torná-lo mais torto do que já era”, disse. Esse comentário foi feito cerca de uma semana e meia antes de 12 de março.

O investigador disse que o motivo financeiro também pode ter motivado o crime. Ele testemunhou que Charabaty tinha uma apólice de seguro, mas não sabia o valor nem o beneficiário e também não tinha cópia da apólice.

A polícia apresentou uma declaração de 24 páginas em apoio à prisão de Anderson. Esse documento, no entanto, está lacrado. O Estado quer que continue lacrado até que o brasileiro seja indiciado oficialmente.



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Fonte: Da redação

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