Brasileiro relata desespero em prisão de imigração

A travessia ilegal de brasileiros que chegam aos Estados Unidos bateu recordes nos últimos meses. Com isso também aumentou o número em centros de detenção para imigrantes. As mais diversas histórias são contadas e denúncias de maus-tratos chegam à mídia sempre que acontece uma deportação.

O jornal Brazilian Times já relatou vários casos de brasileiros que passaram fome, foram humilhados e até agredido nas cadeias. Nos dias 03, 04 e 05 um grupo com mais de 380 brasileiros chegaram ao Brasil em três voos fretados pelo governo dos Estados Unidos. Junto com eles, várias histórias foram contadas.

Uma das histórias relatadas neste final de semana é sobre um capixaba de 29 anos que teria vivido a pior experiência da sua vida. Ele disse que durante o tempo de sua detenção, viveu momentos de desespero e só pensava em sair dali”. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha Vitória.

A identidade do rapaz não foi revelada, pois ele pediu sigilo. Ele contou que saiu do Brasil com direção ao México e quando chegou lá, recebeu auxílio de uma pessoa, a qual lhe orientou sobre o que fazer e que caminho seguir. O capixaba ficou em um hotel e depois colocado em uma van onde estavam algumas pessoas.

O veículo foi até a fronteira e os deixou. O coiote disse que eles deveriam andar até encontrar um buraco. O grupo caminhou e uma hora depois encontrou o local indicado. Eles entraram e se entregaram aos agentes de imigração. A esperança era que as autoridades os liberassem para responder ao processo em liberdade.

Mas o jovem disse que passou quatro meses e que ficou abalado emocionalmente. “Sentia muita saudade da família e um forte desespero e vontade de sair logo”, afirmou.

Essa é a realidade de muitos brasileiros. De acordo com os dados divulgados pelas autoridades de imigração dos EUA, quase 80 mil brasileiros foram detidos depois de tentar entrar ilegalmente no país. Mesmo sabendo do perigo, estas pessoas gastam até US $25 mil para fazer a travessia.

O superintendente da Polícia Federal do Brasil, no Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas, disse que, com o dinheiro, os criminosos contratam pessoas para fazer a imigração ilegal e falsificar os passaportes.

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Fonte: Da redação