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Publicado em 7/03/2022 as 12:00pm

DIA INTERNACIONAL DA MULHER: A coragem, fé e a força da mulher imigrante brasileira

Conheça a história de mulheres que deixaram sua vida no Brasil, para recomeçarem do zero nos EUA. Novo país, nova profissão, nova vida...

Em 08 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher. É uma data para lembrar as lutas e as conquistas femininas. Nesta matéria vamos contar história de mulheres guerreias que se encorajaram e saíram de sua zona de conforto para enfrentarem novos desafios em suas vidas. São mulheres imigrantes que deixaram uma carreira profissional, as relações de amizade e familiares para começarem do zero em terras estrangeiras.  

Brunna Cabral, 31 anos, vive nos Estados Unidos há cinco anos. Trocou as divertidas viagens em excursões turísticas pelo Brasil por uma loja de roupas brasileiras. Natural de Belo Horizonte, MG. Largou o emprego dos sonhos em uma agência de turismo para emigrar. Confessa que recebeu muitas críticas, na época. Como iria deixar um emprego tão bom para ir fazer faxina nos EUA? Amigos e familiares questionavam. Ao chegar na América trabalhou com limpeza, sim, mas foi por um tempo limitado até abrir o próprio business. Hoje Brunna é consultora de modas e dona de uma boutique de roupas brasileiras, a Charm Cape Cod. Brunna se sente muito realizada, não só com a loja, mas com o reconhecimento de seu trabalho nos Estados Unidos. Foi premiada com o troféu Focus Brasil Nova York, em 2020, e está concorrendo ao prêmio Focus Brasil 2021.

Talita Resende, 34 anos, há 7 mora nos EUA. Trocou o terninho e salto pelo avental e toca, o escritório pela cozinha, deixou de ser empregada e tornou-se empreendedora. Formada em Relações Internacionais, pós-graduada em logística. Trabalhou com comércio exterior por 10 anos em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Vim estudar em Massachusetts e fiz help de tudo um pouco, lavanderia, limpeza, motorista e bartender, mas foi através de um trabalho com um chef de cozinha, americano, que eu me aprofundei nas técnicas utilizadas aqui. Eu fazia doces e bolos para os amigos e daí surgiu a ideia de gerar renda através da minha paixão pela cozinha”. Talita criou o seu busness, Tata Candy, que virou uma empresa de família, hoje a mãe a irmã, o marido e o cunhado fazem parte de sua equipe de trabalho. O empreendimento surgiu no início do isolamento social, quando Talita começou a fazer kits de festa e entregar na casa do cliente. Talita se orgulha em dizer que tem o seu trabalho reconhecido aqui na América: “Ganhei em 2020 o prêmio do Focus Brasil e em 2021 o prêmio de Mulheres em Excelência na AME. Sou muito grata por todas as dificuldades e conquistas”.

Márcia Borges, 57 anos vive nos EUA há 24. Deixou o trabalho como auxiliar de dentista no Brasil, para atuar como faxineira nos EUA. Ao chegar aqui entrou no ramo da limpeza. Márcia fala que veio preparada para trabalhar na faxina, já que não sabia falar inglês. Ela emigrou primeiro, na sequência veio o marido e depois voltou ao Brasil para buscar os filhos. É uma mãe com uma fé inabalável. Apesar de na época não estar legalizada para realizar viagens ao exterior, mesmo assim, Márcia foi ao Brasil buscar os filhos. Os amigos a advertiam dizendo que isso era perigoso e que ela poderia não entrar novamente nos EUA. Já que na América tem uma regra que, dependendo do status emigratório, a pessoa que sair do país pode não ter a chance de entrar novamente. Porém, a destemida mãe confiou em Deus, preparou as malas e foi para o Brasil, sua missão era trazer os filhos para junto dos pais. Márcia conta emocionada: “Em 30 dias eu estava com meus filhos aqui comigo, meu menino tinha 2 aninhos e a menina 6”. A mãe revela que não foi fácil conciliar a vida profissional com o cuidado da família. Conseguiu uma babá para cuidar das crianças. “Eu não vi os meninos crescerem foi tudo muito rápido”. No início ela não dirigia por isso enfrentava dias frios e chuvosos caminhando a pé por duas horas para ir ao trabalho. Portanto, aprender a dirigir foi uma questão de necessidade. Hoje os filhos estão criados, Márcia dirige, fala inglês e tem um schedule de limpeza construído há 20 anos, fez uma amizade tão intensa com as clientes que trabalha nas mesmas casas desde que chegou aqui, até hoje.

Jana Suarez, 38 anos, vive nos EUA há 17. Trocou o cargo de assistente administrativo para a profissão de eletricista. Natural de Curitiba, saiu do Brasil com 21 anos, veio por um programa de intercâmbio, AuPairs. Trabalhou como babá para uma escritora americana, com quem conheceu os EUA. Casou-se.  Montou a empresa de elétrica com o marido. “Eu cheguei com 180 dólares no bolso e uma mala com roupas usadas”. Relembra com detalhes o processo de emigração. Quando decidiu emigrar, economizou dinheiro durante três anos para fazer o intercâmbio, fez trabalho voluntário para preparar o seu currículo. Como eletricista, começou a trabalhar de assistente do esposo eletricista. Com a vinda da sua mãe, ela pode entrar na escola para se qualificar. A presença da mãe tornou viável a realização do curso técnico.

Jana fala sobre as barreiras em trabalhar em um ramo profissional com pouca atuação feminina. “Na construção, os homens   falam muitos palavrões fazem piadinhas do ambiente masculino, só tem banheiro masculino. Essa é a realidade da mulher que trabalha em construção”. Quanto ao machismo, Jana declara que: “Os americanos são mais abertos a receberem ordens de uma mulher do que o homem latino. O latino em geral, não é só o homem brasileiro é mais resistente à presença feminina”. Outras situações que revelam a face do machismo é: “Quando tem inspeções nas obras, ou quando encontro o cliente eles perguntam: quem é o licenciado? Quando eu respondo – eu sou a licenciada, eles fazem cara de surpresa. Quando chega a inspeção e o inspetor pergunta: cadê o responsável e eu digo, sou eu. Mas quem é que tem a licença? Daí tenho de mostrar a minha licença, então eles mudam a atitude e falam que legal”. Conta. Jana se orgulha em dizer que é a 1ª mulher brasileira licenciada em MA, como eletricista. Além de atuar como eletricista, Jana também é instrutora na escola técnica Assabet em Marlborough, também dá aula particular para quem quer tirar a licença de eletricista no estado de Massachusetts. Jana é uma das diretoras da AME- Associação de Mulheres Empreendedoras de Massachusetts.

Márcia Brito,42 anos, vive nos EUA há 4. Trocou o trabalho de Especialista Tributário/Fiscal em empresas de grande porte no ramo de mineração com metais preciosos para a área da limpeza.  Márcia tem uma empresa de limpeza em sociedade com o marido, a BR Cleaning. “Pegamos as oportunidades que apareceram, limpeza de residências, comerciais e construção civil”. Márcia conta que planejou muito para o processo de emigração, mas nem tudo aconteceu como o esperado. O marido sofreu um acidente, ela com duas crianças, não foi nada fácil. “Tive que descobrir habilidades que estavam escondidas. No Brasil a gente tinha uma rede de apoio muito grande. Vivemos em uma gangorra, altos e baixos, às vezes olhamos para trás e achamos que valeu a pena. A gente abandona uma vida acadêmica, de networking consolidado para começar do zero. A maior mudança em minha vida foi o autoconhecimento, às vezes é preciso recuar um passo para trás para dar dois passos adiante”.

Dayane Pacheco, 34 anos, vive nos EUA há 22. Há um ano atua como terapeuta, em Malden, MA. Após passar por um processo de depressão e ansiedade, Dayane sentia-se no fundo do poço, por isso começou a fazer terapia integrativa, e a terapia foi responsável pelo controle da ansiedade e da depressão. Durante o processo de terapia ela começou a admirar a profissão a qual julga muito relevante socialmente, se identificou com essa profissão, por isso durante a pandemia, começou a fazer cursos para aperfeiçoamento na área de Terapia Integrativa. Dayane esclarece que, “existem diferentes técnicas que podem ser utilizadas – a terapia trabalha com energias, cada técnica é indicada de acordo com a necessidade do cliente. A terapia floral, por exemplo, atua com as essências das flores, para ansiedade, insônia e depressão”. Dayane chama a atenção das mulheres para o autocuidado, diz que a terapia é importante para a pessoa enfrentar os problemas com mais leveza e evitar carregar traumas do passado. “Eu só consigo cuidar do outro se eu estiver bem”. Conclui a sua fala de maneira otimista.

Ao serem perguntadas sobre a mensagem que deixariam para as mulheres que pensam em emigrar, cada uma deixou o seu recado: Brunna fala com muita convicção: “Realmente acredito que a zona de conforto não é o lugar onde as coisas acontecem. Qualquer mudança sacode você, isso te deixa em estado de alerta e você descobre novas habilidades. Um conselho que dou é para as pessoas se prepararem antes, na língua, procurar saber o local onde irá morar, para evitar passar por situações humilhantes e desconfortos e não oferecer trauma para os filhos que são o nosso principal tesouro”.

Talita diz: “Tenham coragem, determinação e escutem o coração. Quando damos os primeiros passos e vemos os resultados, você percebe que vale a pena. Quando a pessoa está na zona de conforto ela não consegue perceber a mudança. Eu preciso me reinventar, preciso me redescobrir para ir em busca da felicidade. Mulheres tenham determinação. Vale a pena!”.

Márcia Borges fala: “Não desista dos seus sonhos, tenha Deus como alicerce, tudo você conseguirá. Coloque Deus na frente e segue!”.

A sugestão de Jana é: “pesquise sobre o que você quer fazer, faça contatos. A Associação de Mulheres Empreendedoras é um ótimo canal para as mulheres. A mulher precisa se preparar para a emigração, começar do zero, entender as regras do local onde vai emigrar, saber lidar com os medos, aprender a ter autoconfiança”.

A terapeuta Dayane chama a atenção para o autocuidado: “As mulheres precisam olhar mais para si, não abandonar seus sonhos. Se você não fizer por você, ninguém mais pode fazer. Se você não cuidar de você mesma, como é que vai cuidar do próximo?

Márcia Brito, destaca a relevância do planejamento e do preparo emocional: “Estar preparado que nem tudo planejado pode dar certo. É importante conhecer a região para onde vai se imigrar. O processo de emigração é de muita renúncia, principalmente a saudade da família, mas é importante ter fé em Deus que tudo vai dar certo”.

Essas são mulheres brasileiras que expressam a sua fé, força e raça, sempre.      



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Fonte: Eliana Marcolino

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