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Publicado em 18/03/2022 as 4:00pm

Próteses de silicone: Culpadas ou inocentes? Qual o preço da beleza?

“Olha, preste atenção! Algo está errado aqui e você não está vendo”, diz a Doutora Fabiana Catherino

Próteses de silicone: Culpadas ou inocentes? Qual o preço da beleza? Advogada Elisangela Viana, pós explantes de próteses de silicone_

O mês de março é dedicado às mulheres e, por isso, a médica cirurgiã plástica, doutora Fabiana Catherino aperta o botão amarelo para acender o sinal de alerta de um tema delicado, mas extremamente necessário. Ela tem autoridade para falar do assunto porque já vivenciou os dois lados da questão, por um lado, como médica cirurgiã plástica que trata das mulheres acometidas pelo problema, inclusive realizando o explante das próteses, por outro, como paciente que experimentou o sofrimento provocado pela doença do silicone/Síndrome Asia.

A doutora Fabiana Catherino é de Taubaté, São Paulo, médica especialista em Cirurgia Plástica e Reparadora. É considerada referência em pacientes com Síndrome Asia e Doença do Silicone.

Doutora Fabiana Catherino,médica especialista em Cirurgia Plástica e Reparadora. É considerada referência em pacientes com Síndrome Asia e Doença

 

De acordo com a médica, a doença do silicone ocorre devido ao vazamento do gel da prótese, gerando um processo inflamatório crônico e resultando numa série de efeitos colaterais, tais como: dor no corpo, perda da memória, queda de cabelo, podendo evoluir ao linfoma que é um câncer do sistema imunológico. Doutora Catherino explica: “As próteses de mama são preenchidas por um gel de silicone que vaza como se a prótese suasse, podendo migrar pelo corpo causando toxidade e danos aos tecidos”.

 Além disso, os implantes podem também possibilitar o desenvolvimento de outro quadro, que se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas denominado Síndrome Asia. Nessa, ocorre uma ativação de um quadro autoimune, para quem tem base genética, gerando um quadro clínico semelhante.  A médica esclarece que, ASIA é a sigla para Autoimmune/Auto-inflammatory Syndrome Induced by Adjuvants na qual o corpo desencadeia um gatilho e, então, começa a “atacar” ele mesmo. A Asia pode ser causada por qualquer prótese de silicone (mama, glúteo, panturrilha), ou por vacinas, prótese ortopédica, dispositivo de contracepção, preenchedores faciais e corporais.

Catherino lembra que a doença do silicone e a Síndrome Asia apresentam quadros clínicos similares. Para ambas o tratamento proposto é explantar as próteses, mesmo com fatores desencadeadores diferentes. O que dificulta o diagnóstico é o fato de apresentarem sintomas vagos e inespecíficos, que são comuns a outras doenças (intolerância alimentar, infecção de vias urinárias, fadiga, fenômenos vasculares, choques em membros do corpo, dor nas articulações, boca seca, lapsos de memória, perda de concentração, dentre outros).

Explante em bloco, próteses retiradas em peça única com as cápsulas

 

Por ter vivenciado esse quadro clínico, com a doença do silicone e a Síndrome Asia, a doutora Fabiana que tinha próteses mamárias, só conseguiu se recuperar depois de fazer o explante em bloco, ou seja, a retirada das próteses juntamente com as cápsulas que as revestem. Relata que até chegar ao diagnóstico fez uma peregrinação por vários hospitais e especialistas que não chegavam a uma conclusão, até que ela mesma decidiu se dar diagnóstico e ir adiante com o procedimento na tentativa de melhorar. “O nosso corpo, inteligente que é, fala o tempo todo! Cada dor, cada coceira, cada alteração da pele é um alerta de que algo precisa ser visto!”.  Após 10 dias do explante já referia ser outra pessoa: “voltei e enxergar, pois, parte da minha visão estava acometida pela doença, tive minha vida de volta”, diz Catherino.

Outra pessoa que vem contribuir com este alerta é a advogada, de São Paulo, Elisangela Viana que passou pela mesma experiência.  Usou prótese mamária por 11 anos, sendo 9 anos de sofrimento. “Passei a sentir dores insuportáveis por todo o corpo, principalmente dor de cabeça, falta de ar, taquicardia, cansaço, paralisia e formigamentos nas mãos e pernas, insônia, mãos e pés gelados. Também desenvolvi uma doença autoimune grave chamada Espondilite Anquilosante e acredito que as próteses de silicone podem ter sido o gatilho para desencadear essa doença.

Estive em consultas com vários médicos de diversas especialidades e nenhum foi capaz de descobrir a causa das minhas dores. Vale salientar que, nunca senti dores nos seios.  Foram muitos anos de sofrimento, minha vida parou, pois não conseguia fazer absolutamente nada por causa das dores”.

Elisangela é paciente da doutora Fabiana e declara: “Se não fosse a Dra. Fabiana eu não estaria aqui hoje para dar o meu testemunho e ajudar outras mulheres. Infelizmente existem profissionais que visam apenas o lucro, e esquecem de oferecer tratamento humanizado, ou seja, acompanhamento do início ao fim. Com a Dra. Fabiana recebi acolhimento, pois como ela teve a doença, sabe bem o que sentimos. É uma profissional competente, dedicada, atenciosa e se preocupa com a qualidade de vida do paciente”.

“Mesmo sendo explantada com a técnica preconizada, fiz seromas de repetição do pós-operatório, que é a junção de líquido dentro das mamas, formando nova cápsula e precisando fazer outra cirurgia. Complicação esperada, mas que é importante ter um profissional atento e preparado para dar o diagnóstico e conduzir o tratamento.”

Elisângela adverte que não desejaria que outras pessoas passassem por isso e ressalta a importância da informação para que as mulheres tenham conhecimento dos riscos antes de colocarem prótese de silicone. “A mulher precisa aprender a se amar, se valorizar, se aceitar e se for fazer algo que seja por ela. Viver com saúde é muito mais importante do que um par de próteses!”

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica diz que a doença é rara. Ainda há carência de pesquisas científicas e de políticas públicas que possam resguardar a saúde da mulher. Já nos Estados Unidos, o órgão regulador que é o FDA (Food & Drug Administration), desde agosto de 2020 determinou que as embalagens das próteses contenham uma etiqueta preta de advertência sobre o risco de câncer e outras doenças.

Diante desse cenário, por não haver notificação do número de casos e pouco incentivo à pesquisa sobre o tema, as mulheres estão se encontrando nas redes sociais para compartilharem as suas experiências e oferecerem acolhimento e ajuda.  Assim como faz a Doutora Fabiana, que além de dividir sua história, coloca o tema de maneira técnica e ética mostrando as possibilidades de complicações e efeitos com uso de adjuvantes.

A médica esclarece que não é para causar pânico, mas sim, conscientização. “O tratamento deve ser o explante em bloco, ou seja, a retirada das próteses com as cápsulas, para que nenhum resíduo permaneça no organismo”. Além disso, ela recomenda que as cápsulas sejam enviadas para exames.

Em suas palavras finais a doutora lembra que, a doença do silicone está em um contexto social majoritariamente feminino. “A mulher nasceu para parir e pela sua capacidade é cobrada socialmente a ser forte, boa mãe e esposa, profissional bem-sucedida, cuidar da casa, estar sempre bonita, ser magra, alta, não podendo ter cabelos brancos. Existe uma pressão e a qualquer queixa há sempre uma justificativa de que a mulher está cansada, ou que é hormonal, ou que é “coisa da cabeça”, não sendo escutada por alguém”.

“Eu mesma já fui operar me sentindo mal, tinha complicações como choques nas mãos, fadiga extrema, dores no corpo e ainda assim ia trabalhar. As pessoas olhavam para mim e diziam que não parecia que eu estava doente, mas por dentro eu estava em pedaços.”

 Este movimento de conscientização vem aumentando no mundo todo pelo acesso a informação em páginas como a da Dra. Fabiana, assim como o site que criou, disponibilizando informações e descrevendo as dúvidas mais frequentes sobre o tema.

Para conhecer mais sobre esse conteúdo acesse www.adoencadosilicone.com.br.


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Fonte: Eliana Marcolino

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