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Publicado em 13/05/2022 as 10:00am

Brasileiro condenado a 203 anos de prisão por estupros em série tenta provar inocência

A família de Gleiston luta para provar a inocência. Ligiane Andrade, garantiu que o irmão é inocente e que estava no local e na hora errada. Ela afirma que o fato dele ser imigrante foi um fator que influenciou no julgamento desfavorável.

Da redação

No dia 23 de março de 2012, o brasileiro Gleiston Andrade foi condenado a 203 anos de prisão (prisão perpétua) por estupros cometidos em Oakland, na Califórnia, em 2009. De acordo com as informações, ele, que vive há mais de 30 anos nos EUA, trabalhava como caminhoneiro e mecânico quando foi preso. Na época do julgamento, a advogada de defesa disse que “as evidências de DNA estavam contaminadas”.

Desde então, a família de Gleiston luta para provar a inocência. Ligiane Andrade, garantiu que o irmão é inocente e que estava no local e na hora errada. Ela afirma que o fato dele ser imigrante foi um fator que influenciou no julgamento desfavorável.

Ela explica que, na época, a polícia estava sendo muito criticada por não conseguir resolver o crime e capturar o estuprador em série, que havia atacado cinco mulheres. “As vítimas diziam que o homem era russo. Meu irmão nunca teve medo do julgamento, mas no dia, por ele ser um imigrante, sem dinheiro, foi condenado”, afirmou.

Ligiane só consegue visitar o irmão uma vez por ano, pois ela mora na Costa Leste e ele está na Costa Oeste. O brasileiro tem dois filhos, um de 24 e outro de 20 anos, que moram a sete horas de distância do presídio.

A irmã disse que depois que ele foi preso, passou por vários problemas na cadeia. Ele foi agredido violentamente por um colega de cela e está cego de um olho, surdo de um ouvido e com vários problemas de saúde.

“Estamos tentando a extradição dele para o Brasil e também aguardamos uma reavaliação do presídio, que deverá acontecer em 2024, para a redução da pena”, afirma a irmã.

Assim como ele, outros brasileiros cumprem pena de prisões ao redor do mundo.  Dados divulgados pelo Itamaraty em 2020, havia 3.138 brasileiros que cumpriam ou aguardavam julgamento em 84 países. Deste total, 67,65% eram homens e 88,8% tinham mais de 18 anos.

Ainda de acordo com as informações, a Europa concentrava 40% dos brasileiros detidos, com 1.258 pessoas, ou 40% do total, com Portugal à frente (319). Em seguida estão América do Sul (32,5%), América do Norte (12,75) e Ásia (8,7%).



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