Brasileiro fala da emoção de se tornar cidadão dos EUA em cerimônia em Northampton (MA)

Cinquenta e quatro imigrantes de todo o estado de Massachusetts se tornaram cidadãos dos Estados Unidos durante uma cerimônia realizada no dia 4 de julho na cidade de Northampton. Todos estavam bastante emocionados e destacam que estavam a realizar um sonho de infância.

A cerimônia, que foi realizada do lado de fora do Tribunal do Condado de Hampshire e organizada pela Center for New Americans and o Departamento de Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, sigla em inglês), atraiu uma multidão considerável familiares, amigos e novos cidadãos, bem como autoridades e legisladores locais e estaduais.

A juíza Katherine Robertson apresentou a cada novo cidadão um certificado de naturalização depois que eles fizeram um juramento coletivo de cidadania. Transmitido ao vivo pela estação de rádio WTCC, do Springfield Technical Community College, o evento também foi uma sessão formal do tribunal na qual a magistrada aprovou as mudanças de nome solicitadas para mais de 20 pessoas.

“Nós realmente damos as boas-vindas a você. Precisamos de vocês como novos cidadãos”, disse ela. "Você pertence aqui. Queremos você aqui. A diversidade em seu grupo representa a força na América”, acrescentou.

A diretora executiva do Center for New Americans, Laurie Millman, disse que o país precisa do “entusiasmo” que os novos cidadãos trazem. “Nem sempre alcançamos nossos ideais, mas sempre continuamos tentando. A democracia é um trabalho árduo”, disse. “Não precisamos falar sobre o trabalho duro. Você não estaria aqui hoje se não tivesse trabalhado duro para aprender a história e o governo dos EUA, pagar a taxa de solicitação de cidadania, viajar para sua entrevista e passar no exame”, acrescentou.

O brasileiro Aurélio Silva, um reservista do Exército dos EUA, cuja mãe o trouxe para os EUA em 2000, quando ele tinha 12 anos, disse que a cerimônia é uma das mais emocionantes de sua vida. “No começo não sabíamos muito. Pensávamos que América era uma viagem à Disney World a cada dois fins de semana, então ficamos animados em nos mudar para este país”, disse. “Foi uma longa jornada para chegar a este dia. Passamos por altos e baixos. Em 2013 recebi autorização de trabalho sob a política do programa Ação Diferida para Chegadas da Infância (DACA) e passei vários anos gerenciando restaurantes na área de Worcester”, explicou.

Em janeiro de 2020, poucas semanas antes da COVID-19 forçar grandes mudanças na vida social e profissional de todo o mundo, Silva decidiu servir ao seu país nas forças armadas. Ele partiu para o treinamento básico cerca de seis meses depois, quando a indústria de restaurantes começou a ter problemas, e treinou para se tornar um enfermeiro prático licenciado na Reserva do Exército. “Quando chegou a hora, eu disse, quer saber? Não tenho compromissos, deixe-me ir em frente e me alistar e ver do que se trata”, explicou. “Na verdade, comecei a trabalhar como enfermeiro em uma casa de repouso local, na região onde moro”, continuou.

Ele descreveu sua carreira no serviço militar como “divertida” e creditou aos militares o patrocínio de seu pedido de cidadania.

Além do Brasil, também se naturalizaram imigrantes da Albânia, Chile, Gana, Nicarágua, Rússia, Ucrânia e Venezuela.

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