Publicado em 11/08/2022 as 3:30pm
CABEÇA ADOLESCENTE
Divisão Pública de Saúde e Serviços Comunitários de Nashua (NH) realiza reunião com pais brasileiros sobre peculiaridades dessa fase
“Quero colo! Vou fugir de casa. Posso dormir aqui com vocês? Estou com medo, tive um pesadelo. Só vou voltar depois das três!” Quando Renato Russo escreveu a música Pais e Filhos, ele descreveu em poucos versos o turbilhão de emoções e sensações controversas tão inerentes à adolescência. Que a fase é complicada, todos sabem, não só de ouvir falar, pois já passaram por ela. A sensação de querer ganhar o mundo e de não ser compreendido por ninguém, em alguma medida, já fez parte da realidade da maioria dos adultos. Não é exagero afirmar que continua fazendo, já que muitos são os que hoje enfrentam os desafios da criação de seus filhos adolescentes.
Pensando nessa situação, a Divisão Pública de Saúde e Serviços Comunitários da cidade de Nashua / NH (DPHCS) realizou, no último 22 de julho, uma reunião com a comunidade brasileira que vive na região, com o intuito de conscientizar os pais sobre os processos psíquicos e até mesmo biológicos que acontecem na vida dos jovens, bem como apresentar soluções que busquem dirimir os atritos que costumam ocorrer entre pais e filhos nessa fase.
A organização do evento, que recepcionou os participantes com um coquetel de boas-vindas, contou com a colaboração das especialistas em saúde comportamental Lisa Vasques e Leah Elliott. Ambas expuseram um estudo detalhado sobre como ocorre o desenvolvimento biológico e funcional do cérebro de uma criança, ao ingressar na juventude, explicando quais os efeitos comportamentais que tais mudanças costumam causar.
Durante a exposição, ressaltou-se, por exemplo, que o lóbulo frontal é a parte do cérebro responsável por executar funções, pensamentos e planejamentos; organizar e resolver problemas. Entretanto, segundo Lisa, essa é uma área que não é muito acessada pelo organismo de um adolescente, permanecendo “dormente” até por volta da idade de 25 anos. Isso explica o porquê de os jovens frequentemente apresentarem aquele sentimento de urgência quando querem fazer algo, com uma atitude como se não fosse haver amanhã, gerando situações que ocasionam muitas discussões com os pais.
De acordo com Leah Elliott, é fundamental que cada família aprenda a lidar com esse tipo de reação dos adolescentes, considerando, inclusive, o auxílio de um terapeuta familiar. “Buscar a ajuda de um terapeuta familiar pode ser um tabu para algumas famílias, pois alguns pais costumam afirmar que seus filhos não precisam disso. Contudo, buscar a ajuda de um terapeuta é fundamental para evitar crises, discussões e impactos negativos gerados no ambiente familiar, o que prejudica ainda mais o desenvolvimento emocional dos jovens”, destacou a especialista.
Por outro lado, a participante Fátima Neles, brasileira que vive nos Estados Unidos há mais de 20 anos, pontuou que esses são problemas que podem ser reforçados, quando se trata de uma família de imigrantes, devido à pressão social que muitos sofrem. “Quando falamos nos imigrantes, vemos que a situação pode ser ainda pior em alguns casos, pois muitos não tem tido acesso à informação sobre quais são os benefícios que o ambiente escolar, por exemplo, pode fornecer para um adolescente que se sente pressionado pelos desafios que seus pais imigrantes enfrentam e acabam passando para toda a família.”
Silvia Petuck, coordenadora da DPHCS, afirmou que o objetivo do órgão é trabalhar de forma cada vez mais atuante junto à comunidade brasileira, de forma que a informação sobre os direitos dos imigrantes estejam cada vez mais acessíveis a estes, colaborando para que a saúde pública se torne uma realidade na vida dessa parcela tão significativa da população americana.
Com o sucesso da palestra, que tem acontecido mensalmente, o grupo já discute sobre qual tema será abordado na próxima reunião, já prevista para o mês de agosto.
A Divisão Pública de Saúde e Serviços Comunitários de Nashua oferece uma gama de serviços que conta com o apoio de diversos parceiros, além de oferecer treinamentos e apresentações à comunidade local, todos voltados para a área da saúde pública. Se você quiser conhecer mais sobre o trabalho ou desenvolver algum projeto de parceria com a DPHCS, entre em contato com coordenação: Silvia Petuck (603) 682-2272 ou Mara Lessard (603) 589-4511.
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Fonte: Anna Tygrezza Rodrigues, jornalista