Publicado em 19/08/2022 as 9:00pm
Empresária de sucesso, brasileira revela que entrou nos EUA com nome falso
A revista Marie Claire revelou nesta semana a história da mineira Kellem Ostrowski, de 44 anos,...
A revista Marie Claire revelou nesta semana a história da mineira Kellem Ostrowski, de 44 anos, que entrou nos Estados Unidos usando documentos falsos. De acordo com as informações, na época com 23 anos, ela decidiu abandonar a faculdade de Engenharia para sair do Brasil e ir atrás de um amor. Hoje, ela conseguiu se legalizar, é mãe de dois filhos e se estabeleceu como empresária em terras norte-americanas.
Ela contou, na entrevista, que teve uma infância tranquila na cidade de Ipatinga, Minas Gerais, onde morou com os pais até os 18 anos de idade. Depois ela se mudou para Belo Horizonte para cursar Engenharia Metalúrgica, onde conheceu um rapaz com quem iniciou um relacionamento.
Os dois já estavam juntos há quase três anos quanto ele resolveu se mudar para os Estados Unidos e tentar uma vida melhor. Na época, o rapaz foi para Jacksonville, na Florida. Impulsionada pelo amor, ela também resolveu seguir o mesmo caminho e tentou conseguir o Visto.
Kellem disse que o Visto foi negado e isso a deixou muito frustrada. Mesmo assim a vontade de se mudar para os EUA não parou. “Eu não desisti facilmente e tove a ideia de pegar ‘emprestado’ o nome da minha melhor amiga, com quem dividia apartamento em BH. Em um ato de extrema amizade e irmandade, ela me deu seu passaporte e coloquei minha foto no lugar da dela. Tudo feito por um profissional do ramo, é claro. Assim, consegui meu visto através do nome e do passaporte dela para ir atrás do meu grande amor”, explicou.
Após conseguir o Visto e embarcar no avião, o medo de ser flagrada pelos agentes de imigração e ser deportada era muito grande. Mas desistir não estava nos seus planos. Ela viajou com um grupo de estudantes universitários e entrou nos Estados Unidos pelo Aeroporto Internacional JFK, em New York. Ao contrário do que ela esperava, a entrada foi bem tranquila.
Kellem chegou aos EUA em 2002, aos 23 anos, com nome falso, levando duas malas e mil dólares no bolso. Apesar de ter pouco dinheiro, a sua vontade de trabalhar era muito grande e seu sonho eta vencer ao lado ao lado do seu namorado.
Já em solo norte-americano, ela passou a usar o próprio nome e seus documentos brasileiros para tudo. A estudante universitária que no Brasil não precisava fazer nada em sua casa, começou a trabalhar na área de faxina de casas.
No começo foi bastante difícil para ela, que trabalhou de domingo a domingo e ganhava pouco. Focada em vencer, ela estudava inglês nos horários de folga e em seis meses tinha tantas casas para limpar que precisou de uma assistente para dar conta do serviço.
Enquanto ela tinha sucesso na vida profissional o amor que a fez deixou os estudos e a família no Brasil não seguia bem. Ela contou que, durante oito anos, viveu um relacionamento tóxico com o namorado. “Ele me anulava como mulher. Eu não podia cumprimentar as pessoas, vestir determinadas roupas, ser quem eu era antes: aquela menina alegre e cheia de sonhos. Com isso, fui deixando de ser eu. Já não me arrumava mais, não tinha amigas, só ia de casa para o trabalho e do trabalho para a casa”, explicou.
Durante este tempo, ela engravidou do seu primeiro filho, em 2005, seu ex teve trombose e morreu.
Em 2011, começou a encontrar Fabiano, também é brasileiro. Os dois começaram a se aproximar e um novo amor surgiu e os dois se casaram. Como ele é neto de cidadãos dos EUA, ela teve um caminho para regularizar a sua situação imigratória.
Os dois começaram a empreender juntos. Fabiano, que também já trabalhava na área de construção, se juntou a ela abriram a própria empresa. “Com muita luta e trabalho, fomos prosperando juntos e realizando muitos dos nossos sonhos”, disse.
Em 2019, eles abriram uma empresa na área automotiva e durante a pandemia iniciaram trabalhos na área de moda e beleza. “Analisando toda a minha vida até chegar aqui, acho que faria tudo de novo só para ter a família linda e estruturada que tenho hoje. Através dos nossos negócios damos oportunidades de trabalho a muitas pessoas, principalmente aos brasileiros que chegam aos Estados Unidos em busca de uma vida melhor, como foi nosso sonho um dia’, destacou.
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