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Publicado em 2/10/2022 as 8:30pm

Escritora brasiliense recebe prêmio em New York na cerimônia de premiação do Focus Brasil 2021 e 2022

Ela é uma ávida leitora que já leu todos os livros de uma biblioteca. É uma professora que...

Escritora brasiliense recebe prêmio em New York na cerimônia de premiação do Focus Brasil 2021 e 2022 A escritora Dinorá Couto Cançado, nasceu em Bom Despacho, MG, mora em Brasília, DF

Ela é uma ávida leitora que já leu todos os livros de uma biblioteca. É uma professora que usa os meios de comunicação para dar dicas e sugestões de leitura, é uma avó que conta e escreve histórias para os netos, é uma esposa cuidadosa, que ama e respeita, mas também é uma mulher ousada que não se prende a nenhuma limitação para alcançar os seus objetivos. Ela declara com entusiasmo que viaja na leitura, viaja com a leitura e para a literatura. Começou a escrever já com uma bagagem de experiência. Apesar do sobrenome, Cançado, ela é uma incansável divulgadora da literatura Brasileira.

Nascida em Bom Despacho, MG, mora em Brasília, DF. Atua como agente cultural nas seguintes áreas: literatura; pesquisa e capacitação; produção cultural. Membro-fundadora da Biblioteca Braille Dorina Nowill, criando a AIAB – Academia Inclusiva de Autores Brasilienses. Publicou no gênero infantil duas trilogias. É Colunista virtual do Portal Sem Fronteiras. Pós-graduada em: Inclusão; Democracia Participativa e Movimentos Sociais. Facilitadora em Projetos Culturais pelo Ministério da Cultura. Recebeu Reconhecimentos, como Destaque ODM; Brasil Criativo; Mãos da Cidadania, Cidadã de Ouro, Cultura Viva, Direitos Humanos, Culturas Populares, Prêmio Ser Humano Brasília, Brasil Criativo. Diretora de Cultura e Projetos da AJEB DF e Presidente da AIAB.

Dinorá viajou a Nova Iorque, nos Estados Unidos, para receber duas premiações pela Academia Internacional de Literatura Brasileira

Em agosto de 2022, Dinorá viajou a Nova Iorque, nos Estados Unidos, para receber duas premiações pela Academia Internacional de Literatura Brasileira, no evento do Focus Brasil Nova Iorque. Em 2021 ela ficou em primeiro lugar, na categoria infanto juvenil e em 2022, foi Top 5 na categoria Ensino e Pesquisa.

Dinorá gentilmente concedeu uma entrevista ao jornal Brazilian Times.

Brazilian Times: Qual é o seu gênero literário?

Dinorá Couto Cançado: Meu gênero literário é um pouco difícil de falar, trabalhei na Rádio Nacional dando dicas de leitura, nas férias. A meninada da escola me cobrava, cadê o seu livro?

Eu também organizava coletâneas, mas coletâneas são coautores. E as pessoas perguntavam: Dinorá, cadê o seu livro? Até que despertei para o poema, mas esse despertar para os poemas tinha algum sentido que alguém poderia julgar meio erótico, como: Uma conquista especial. Só de ver o título poderiam pensar que conquistei alguém; Em busca do prazer. Eu queria dizer sobre o prazer de ler. Mas quem lia o título poderia pensar outra coisa, então eu vi que poderia ter problemas com isso. Como já sou casada há 50 anos com o mesmo marido,optei pelo gênero infantil, por quê? De tanto trabalhar com obras infantis para pessoas com deficiência visual, que é mais fácil para transcrever em Braile (é um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão) e para qualquer não leitor aprender a gostar de ler, eu vi que eu tinha condições de escrever para crianças. Crianças de quaisquer idades.

BT: Você já escreveu quantas obras?

DCC: Livros infantis são seis, são duas coleções onde esse foi o primeiro: Paçoca de avô, tem uma receita no final dele. Com isso eu intitulei como o primeiro de uma trilogia chamada Receita Saudável, depois veio o segundo: Travessuras, que também tem uma receita do lagarto recheado, e o terceiro: A pipa que tomou banho, que tem a receita da carne de lasquinha. Quando falei com a minha revisora que não iria colocar as receitas, que seria só no primeiro, ela não aceitou. Falou: ‘Dinorá o diferencial do seu livro é a união da literatura com a gastronomia, ficou excelente isso’. E já que você batizou o primeiro da trilogia como receita saudável, vai ficar incoerente se não colocar as receitas. Tudo isso, por quê? O lagarto que meu marido fez de verdade não ficou como nesta foto e o livro já estava na horinha de ser publicado para ir para Portugal, eu liguei para o ilustrador no Rio e falei: trate de recortar a gravura do lagarto para colocar junto com a receita, senão, quase que eu deixava cair essa junção da literatura com a gastronomia que também é uma arte, e das mais gostosas.

Depois veio a segunda coleção, eu fui a Portugal em 2017, como achavam que eu só escrevia livros de vovó para netos, eu fui mostrar o medo que eu tinha do calango, quando ia para a fazenda e o medo daquela lagartichinha rosa que às vezes aparece na casa da gente. Então os cuidados que devemos ter com as queimadas e preservação do meio ambiente. Em Brasília é  muito comum derrubar árvores para construir cidades, então resolvi passar esta história em forma de uma aventura entre essas duas admiráveis criaturinhas, para mostrar que devemos preservar o nosso planeta, o uso correto da água e de tudo, enfim. Esse foi o primeiro da coleção Por um mundo Melhor. O segundo, E eu sou isto vovó? É uma abordagem bem lúdica sobre cidadania, onde eu ensino para a minha neta o que é cidadania. O outro livro, Uai pai que bicho é este? Mostra os cuidados que devemos ter com todos os animais. Meus seis infantis publicados, são esses.

BT: O que representa este prêmio da Focus Brasil para você?

DCC: É mais uma responsabilidade adquirida ao longo do meu resto de vida, porque cada prêmio que já veio em minha vida triplicou a responsabilidade, eu quero fazer jus àquilo e continuo inventando os projetos e fazendo mais coisas, então com esse reconhecimento, essa visibilidade, essa alegria, esse conhecer pessoas, como que vou achar que já está pronto? Que já cheguei no Top5? que são os cinco mais votados, né, aí o ano passado eu ganho com esse livro ainda em Braille e letra ampliada e se eu ganhei, qual é a minha responsabilidade agora? Transformá-lo em tinta para as pessoas ditas normais, porque aqui é para cegos e baixa visão, aí a editora atrasou, e não deu para trazê-lo em tinta. Mas eu quero colocá-lo nas mãos de todo mundo, porque nada mais é do que um livro propaganda de todos esses seis filhinhos, onde eu resumi cada história em duas estrofes apenas. Observe que, em cada duas estrofes está o conteúdo de todo este livro, aí eu ilustro com uma cantiga de roda, porque foi como uma contrapartida ao Culturas Populares que eu ganhei. Então cada prêmio, a responsabilidade cresce e é muito bom.

BT: Dinorá, qual mensagem você quer deixar para as pessoas?

 DCC: Eu quero dizer que a leitura opera milagres na vida das pessoas, e eu sou a maior prova disso, eu tenho 50 anos de Brasília, sou casada, tenho três filhos e três netos, se não fosse a leitura em minha vida, acho que a minha vida seria muito sem graça. Eu viajo por meio dessas leituras, tanto é que estou aqui em Nova Iorque, então a leitura cura, a leitura realiza milagres, e a literatura casa bem com tudo, então leiam!

Fonte: Eliana Marcolino

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