Julgamento de brasileiro acusado de matar a ex-companheira começa na próxima semana

 

A seleção do júri para o julgamento do brasileiro Marcus Spanevelo, suspeito de matar a ex-companheira Cassie Carli, de 37 anos, está marcada para a próxima segunda-feira, dia 17, no Tribunal do Condado de Santa Rosa, na Flórida. Ele pode enfrentar acusações adicionais no caso, após uma investigação em andamento no condado de St. Clair, Alabama, onde o corpo da vítima foi localizado em 3 de abril.

O relatório final da autópsia do Departamento de Ciências Forenses do Alabama considerou a causa e forma de morte como “indeterminadas”. De acordo com as investigações, o corpo dela foi descoberto em uma cova rasa dentro de um celeiro em Springville, Alabama, após uma semana de busca em vários estados.

O brasileiro já havia trabalhado em Springville.

Tudo começou no dia 28 de março quando pai de Carli relatou o seu desaparecimento ao Gabinete do Xerife do Condado de Santa Rosa depois que ela não foi mais vista após uma troca de custódia planejada um dia antes. Ela tinha guarda compartilhada da filha de 4 anos com Spanevelo.

O carro da mulher foi encontrado em 29 de março, no estacionamento da Navarre Beach Boat Ramp, que fica ao lado do restaurante em que a troca foi agendada.

Depois de ser detido no Tennessee com um mandado emitido pelo condado de Santa Rosa, Spanevelo, 34 anos, foi preso em 17 de abril na cadeia do condado de Santa Rosa por destruir provas e fornecer informações falsas à polícia sobre o caso, depois de supostamente se livrar do telefone de Carlie.

Ele também foi acusado de se recusar a fornecer uma amostra de DNA, mas os promotores retiraram a acusação.

Spanevelo permanece na cadeia do condado de Santa Rosa e enfrenta uma possível prisão e acusação no condado de St. Clair, Alabama, enquanto a a polícia deste estado continua sua investigação sobre a morte de Carli.

Na época da prisão, a família disse que Cassie descrevia o ex-companheiro como um homem abusivo, manipulador, passivo-agressivo e responsável por um relacionamento tóxico dentro de casa.

Pouco se sabe sobre Marcus e sobre quando e em que circunstâncias ele foi morar nos Estados Unidos. O homem tem raízes em Niterói (Rio de Janeiro) e, também, em Santa Catarina. Alguns vídeos publicados por ele nas redes mostram que, seja por hobby ou trabalho, sabia mexer com eletrônica, sobretudo em gadgets e aparelhos automotivos.