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Publicado em 27/01/2023 as 9:00am

De Capitão Andrade (MG) para as Forças Armadas dos EUA como Fuzileira Naval

“Eu não diria que tenho vontade de ir para uma guerra, porque eu acho que no final ninguém tem vontade de ir, porque lá não é bonito. A gente aqui é preparada para isso. Ninguém quer, mas se acontecer, tem que estar preparado” (Emilly Lana).


Emilly Lana, jovem Capitão Andradense, destemida e visionária que serve no exército Americano como Fuzileira Naval_

Emilly Lana, é cidadã estadunidense naturalizada brasileira. Ela nasceu nos Estados Unidos e foi para o Brasil com apenas três anos de idade. Seus pais são naturais de Capitão Andrade, MG, José de Lana e Marilândia Nicolau Lana. Emilly viveu por dez anos em Capitão Andrade e regressou para os Estados Unidos com 13 anos.

A ideia de servir o exército surgiu quando estava no início do ensino médio, nos Estados Unidos, quando chegou ao final do curso, pensou que ser Fuzileiro Naval seria uma oportunidade de crescimento: “Poderia ser bom como pessoa, poderia melhorar a minha forma de ver o mundo, iria começar a ser adulta vendo o mundo de uma forma diferente, já sendo mais dona de mim”.

A jovem soldada nos conta sobre como entrou para o corpo de Fuzileiros Navais Norte Americano: “O recruta ligava e conversava com as pessoas que estavam para se formar, e ele perguntou se eu tinha interesse em conhecer os Fuzileiros Navais, e explicou como funciona. Depois que entrei no programa, assisti a várias palestras. Quando estava na escola via eles lá, mas não reparava tanto. Somente depois que entrei para o programa é que comecei a ver a dedicação que eles têm. Os fuzileiros navais, diferente das outras forças armadas que são específicas, usam todos os elementos essenciais de combate: ar, terra e mar.  Uma outra diferença dos Fuzileiros Navais é que possui uma capacidade especial, o de realizar tarefas dadas diretamente pelo presidente norte-americano.” Explica a soldada.    

Emilly com a sua mãe Marilândia, o pai José de Lana e a irmã Julia

Perguntamos para Emilly sobre a reação dos pais quando ela declarou que queria servir no exército americano, ela diz que eles se assustaram um pouco, já que ela é a primeira pessoa da família a se alistar no exército. Eles ficaram com medo, como qualquer outros pais ficariam, mas deram todo suporte desde o começo. “Minha mãe me ajudou muito a olhar academia para eu me preparar fisicamente”.

Emilly relata um pouco sobre a sua experiência nas Forças Armadas Norte Americanas: no Basic Combat Training, traduzindo para o português, é o Treinamento Básico de Combate do Exército Americano. Vale ressaltar que de básico não tem nada, são treze semanas extremamente rigorosas.

 “A minha primeira experiência foi no acampamento militar. Foram 13 semanas bem árduas, mas são árduas porque precisa ser. São muitos testes físicos e psicológicos que você tem lá, mas é o que te faz ser quem você é. Agora estou estudando para começar a trabalhar. Estudando aviação, é muito louco a experiência que se tem depois do acampamento, porque eu sinto que mudei muito como pessoa, não de uma forma ruim, mas boa. Comecei a me portar de maneira diferente, a ser mais exigente comigo mesma. Eles te mostram isso, querem que você não seja apenas um militar muito bom, mas também querem que você seja uma pessoa muito melhor quando sair de lá. Agora me sinto incrível, é muito bom carregar esse título, de Fuzileiro Naval dos Estados Unidos, para mim, é uma honra. Eu gosto muito de ver onde estou, porque tenho só 18 anos. Estou correndo atrás das minhas coisas e já posso realizar os meus sonhos. Os Fuzileiros Navais me dão bastante suporte. É uma sensação muito boa, saber que na minha idade tenho uma segurança financeira e emocional, do jeito que tenho”.

Existem muitas curiosidades em torno da formação militar, se ouve muitas histórias. Por isso perguntamos a Emilly sobre o dia mais difícil dela no exército e ela contesta com muita convicção: “A parte mais difícil no acampamento foi na última semana de eu me tornar fuzileiro, porque é uma semana que tem bastante testes, é a última semana que te testa fisicamente e psicologicamente, querem ver se você tem companheirismo pelas pessoas que estão se formando com você. O treinamento inteiro é para saber o que você aprendeu. E tem o “Crucible”, que é um teste, como um ritual de passagem. É um momento muito importante pra gente. Para mim, acho que esse foi o mais difícil, porém, o mais necessário, depois dali você é considerada um Fuzileiro Naval. É realmente muito especial. São testes com os seus companheiros, eles testam para ver como você funciona com os seus companheiros, se você tem o que é necessário para ser um fuzileiro”.

Existem os castigos rigorosos do exército, perguntamos à soldada se ela recebeu alguma repreensão e ela responde com uma coragem que impressiona: “Eu não diria que seja castigo, mas sim, disciplina. Ações tem consequências e às vezes você tem que ter uma noção, mesmo que, a gente, não queira, ninguém pensa em ir pra guerra, mas se tiver nessa situação a gente tem que estar preparado pra isso, a gente tem que estar preparado para lidar com os nossos companheiros. A pessoa não pode ser fechada, ela tem que ajudar o outro, então eu não diria que seja um castigo, diria mais que é disciplina: Você tem que ter a disciplina de ouvir o seu superior, você tem que ter disciplina, de ver o seu irmão, a sua irmã precisando de ajuda e você ir ajudar, você tem que ter a disciplina de se arrumar rápido. A disciplina de poder fazer isso. Porque se acontecer alguma coisa e a gente precisasse ir para uma situação de guerra, a gente estaria preparado para isso”.

Emilly revela sobre quem a encoraja a seguir a carreira militar: “A minha família, eu quero mostrar para os meus pais, quero mostrar para a minha irmã que eu posso ser muito mais, eu quero ser um exemplo, eu quero ter uma boa carreira. Eu vim de uma cidade pequena, então estar onde estou hoje é muito especial para mim. Os meus pais são o motivo que me faz continuar”.

Quero dizer para os meus pais que eu os amo muito. Se não fosse por eles eu não estaria onde estou hoje

O dia mais desafiador para Emilly foi no teste final. “O Crucible”, que foi o ritual de passagem, o dia que a desafiou bastante como pessoa. Já o momento mais feliz, foi quando reencontrou com os seus pais, depois de três meses de reclusão, foi quando ela se graduou. “Quando vi eles, e eles me viram de uniforme, eu acho que foi muito bom, mostrar para eles que eu consegui”.

A jovem fuzileira deixa um conselho para quem deseja servir a corporação: “É uma oportunidade incrível. Tem as suas dificuldades, as partes que te desafiam, mas é isso que faz você ser quem você é. É depois que você ver que vale a pena de verdade. Quando você luta e vê o resultado. Eu olho para baixo no meu uniforme e vejo US Marine, e vejo meu nome, é um orgulho muito grande. Então eu acho que é uma oportunidade de vida. O jovem vai parar de se ver como ele se vê hoje em dia e vai se ver como uma pessoa muito melhor”.

Ela nos conta sobre a sua rotina na base militar no Mississipi: “Acordo todos os dias às 4:30 da manhã porque faço academia, 6:30 fazemos uma formação e a gente vai marchando até a escola. A gente fica na escola até 11:30 e depois voltamos para o alojamento. A gente faz uma refeição na cafeteria e a 1pm volta para a escola, estuda até 4:30 e regressa, o resto do dia é nosso, para cuidar da limpeza e higienização dos ambientes e lavar roupas. A gente limpa as salas, os quartos e coletamos o lixo. Nós limpamos e eles fazem a inspeção para conferir se estamos com uma rotina de limpeza e higiene. Eles cuidam da gente, da nossa saúde e querem ter a certeza se estamos na linha”.

Emilly está estudando para se formar em Especialização Operacional Aérea. Ela vai ser a profissional responsável por fazer o mapeamento de todos os voos. A sua função será comandar onde é que os pilotos devem estar, o que eles devem levar, e o que eles precisam levar, qual avião eles devem usar. Ela está estudando para assumir essa grande responsabilidade.

A destemida soldada brasileira-americana almeja a patente de sargenta: “para mim, é aonde quero chegar. Tenho vontade de fazer faculdade porque eles promovem isso. Se eu chegar a ser sargenta vou me sentir muito bem”.

Emilly com os seus familiares

Em suas palavras finais Emilly esclarece: “Gostaria de explicar que as pessoas não precisam ter medo de militar e de deixar os filhos irem servir as forças armadas, porque vai dar uma oportunidade de vida incrível para os filhos”.

O recado especial é endereçado às pessoas mais queridas para Emilly: “Quero dizer para os meus pais que eu os amo muito. Se não fosse por eles eu não estaria onde estou hoje, tanto a minha mãe quanto o meu pai me deram muito suporte. Sempre conversaram comigo e conversam até hoje. Porque às vezes a gente fica com medo, porque não sabem o que tem aí fora, mas eles sempre estiveram comigo. Só tenho que agradecer a eles e a minha irmã também’.

Essa é a inspiradora história de uma jovem Capitão-Andradense, destemida e visionária que serve no exército Americano como Fuzileira Naval.

No Brasil, a partir de 2024 as mulheres terão a possibilidade de ingressarem no Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais, de acordo com a Agência Marinha de Notícias. Já nos Estados Unidos, a primeira mulher a se alistar no corpo de Fuzileiros Navais foi Opha May Johnson, em 13 de Agosto de 1918.



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Fonte: Eliana Marcolino

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